Brookfield tem novo dia de alta; B2W e CCX avançam mais de 9%; veja 16 destaques

Vale ajuda a manter o índice no positivo e sobe mais de 2%, enquanto Eletropaulo avança 1,5% mesmo com notícia que poderia ser negativa

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Após sete quedas em oito pregões, o Ibovespa conseguiu encerrar esta terça-feira (28) com alta de 0,29%, aos 47.840 pontos, em uma sessão de realização. Foram 5 das 72 ações do índice encerrando com queda superior a 1%, sendo que apenas um papel caiu mais de 2%. Enquanto isso, na ponta positiva foram 6 ativos com valorização superior a 2%.

Ajudando no repique do benchmark, destaque para os papéis da Vale (VALE3+2,02%, R$ 31,75; VALE5,+1,19%, R$ 28,88). Está marcado para hoje o procedimento de coleta de intenções de investimento (bookbuilding) no âmbito da oferta da 8ª emissão de debêntures simples da mineradora, não conversíveis em ações, no total de R$ 750 milhões. Os recursos da emissão devem ser utilizados para financiar o Ramal Ferroviário Sudeste do Pará.

Pressionando um pouco o Ibovespa no fim do pregão, os papéis da Petrobras (PETR3, 0,00%, R$ 14,02; PETR4, -0,40%, R$ 15,05) perderam força após chegarem a subir mais de 2% no intraday. Entre as notícias, na véspera foi publicada a notícia de que a petroleira terá que pagar R$ 10 milhões por violar o direito de greve durante uma paralisação na Refinaria de Duque de Caxias, em 2009. Apesar das últimas informações sobre a empresa não agradarem, aliada ao pessimismo gerado no mercado devido à intervenção do governo, os analistas da XP Investimentos ressaltaram que o case de investimento em Petrobras começa a ficar “interessante”, tendo em vista a forte queda das ações nos últimos meses.

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Outros destaques:

Brookfield
Mais uma vez com fortes ganhos, ganhou destaque a Brookfield (BISA3), que subiu 2,33%, a R$ 1,32, dando sequência aos fortes ganhos da véspera, quando avançaram na esteira da confirmação de que a empresa estaria estudando uma oferta pública de aquisição para fins de cancelamento ou uma capitalização através da emissão de novas ações. Na última segunda-feira, as ações fecharam em valorização de 4,03%.

B2W
Outro papel que dá continuidade ao movimento positivo é o da B2W (BTOW3), que registrou nesta sessão ganhos de 11,62%, a R$ 24,50. Na véspera, as ações dispararam 41,61%. A empresa continua sendo beneficiada pelo aumento de capital no valor de R$ 2,38 bilhões que será feito pela controladora Lojas Americanas (LAME4, +2,55%, R$ 15,28) – com 62,23% de participação – e o fundo norte-americano Tiger Global. 

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Eletropaulo
Já as ações da Eletropaulo (ELPL4) avançaram 1,47%, a R$ 8,99, apesar da decisão desfavorável da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). Segundo operadores, o mercado acabou deixando de lado a decisão da Aneel de não reconsiderar o pedido apresentado pela empresa contra decisão do órgão regulador que condenou a empresa a ressarcir os consumidores em R$ 626,052 milhões pela remuneração de ativos inexistentes em revisões tarifárias anteriores. A determinação da restituição aos consumidores pela Eletropaulo foi dada pela diretoria da Aneel no mês passado. A Eletropaulo já anunciou que irá acionar a Justiça para reverter a punição.  

Cesp
As ações da Cesp (CESP6) se valorizaram 0,09%, a R$ 21,74 – após chegar a avançar 2,58% na máxima do dia -, repercutindo a notícia de que o Ministério de Minas e Energia adiou, novamente, o leilão da Usina Hidrelétrica de Três Irmãos. Inicialmente agendado para setembro do ano passado, o leilão foi remarcado para janeiro deste ano e agora tem nova data prevista para 28 de março de 2014.

Telecomunicações
Novamente entre as maiores perdas do dia, ficaram os ativos preferenciais da Oi (OIBR4, -0,99%, R$ 4,00). Reflete na empresa a notícia sobre concorrência entre operadoras. Segundo pesquisa da Anatel, o País chegou ao fim de 2013 com 271 milhões de linhas ativas de celulares, uma expansão de 3,5% ante 2012. Dentre o total de novas linhas, a Claro ficou com 37,7%, seguida pela TIM (TIMP3), Vivo (VIVT4) e Oi, com 32,8%, 11,9% e 10,5%, respectivamente.

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Anhanguera
Os papéis da Anhanguera (AEDU3) avançaram 0,15%, a R$ 13,10, após ter atingido valorização máxima de 3,52% neste pregão, a R$ 13,54, favorecida pelo comentário positivo do Bank of America Merrill Lynch para o setor de educação, apesar de não citar o papel como um dos preferidos. Em relatório, os analistas demonstraram preferência por ativos de educação ante saúde neste ano

Rossi
Entre as maiores altas do Ibovespa, destaque também para a Rossi (RSID3), com valorização de 3,17%, a R$ 1,95, apoiada na demanda para cobertura de venda a descoberto ou posição “short”, no jargão do mercado. Segundo operadores, apesar do cenário desafiador para 2014, as vendas e os lançamentos do setor no ano passado foram melhores do que o esperado, o que acabou animando um pouco as apostas para a temporada de balanços de construtoras e incorporadoras. A Rossi, no entanto, foi uma das poucas que não divulgaram suas prévias. 

Rede Energia
As ações da Rede Energia (REDE4) avançaram 23,58%, a R$ 1,31, refletindo a notícia de que a diretoria da Aneel aprovou a aquisição, pela Energisa, do controle das distribuidoras do Grupo Rede Energia, e que estão sob intervenção federal desde 2012. A operação envolve a transferência do controle das empresas Cemat (MT), Enersul (MS), Companhia Força e Luz do Oeste (PR), Caiuá (SP), Bragantina (SP), Vale Paranapanema (SP), Nacional (SP) e Celtins (TO).

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Energias do Brasil
Um dia após ficar entre as maiores perdas do Ibovespa – com queda de 4,12% -, as ações da Energias do Brasil (ENBR3) lideraram os ganhos do índice, avançando 3,44%, para R$ 9,62. O volume negociado com as ações superou e, R$ 12 milhões a média dos últimos 21 pregões e atingiu R$ 29,7 milhões.

OGX 
Fora do Ibovespa, chamaram atenção as ações da OGX (OGXP3), agora Óleo e Gás Participações, que subiram 3,45%, a R$ 0,30, após atingirem na máxima do dia alta de 6,90%, a R$ 0,31. A empresa está prestes a chegar a um acordo seus credores. Um dos principais pontos pendentes foi destravado na véspera. O juiz da recuperação judicial da petroleira, Gilberto Clovis Farias, autorizou a empresa a usar seus bens como garantia para novos empréstimos. As mesmas garantias aprovadas por Matos irão valer para o financiamento DIP – debtor in possession – que será utilizado para a viabilização da injeção de capital de US$ 200 milhões a US$ 215 milhões. 

CCX
Já a CCX Carvão (CCXC3) passou pelo seu segundo pregão de forte arrancada, seguindo a notícia da véspera de que a venda da empresa de Eike Batista, dona das minas de carvão na Colômbia, para o grupo da Turquia Yildrim estaria próxima de ser concluída, conforme informou a coluna Radar, da Veja. Nesta sessão, a ação registrou alta de 9,40%, sendo cotada a R$ 1,28. O volume financeiro foi de R$ 10,76 milhões, bem acima da média diária dos últimos 21 pregões, de R$ 3,763 milhões. 

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Providência
Por sua vez, as ações da Providência (PRVI3) tiveram um dia de realização, após terem disparado 20,23% na véspera com a notícia de que o grupo norte-americano Polymer comprou a maior fabricante de não-tecidos do País. Nesta sessão, os papéis registraram desvalorização de 3,53%, a R$ 8,20. 

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.