Bolsas operam em alta, com confiança da China na Europa e à espera de PIB nos EUA

Chineses dizem que não reduzirão investimentos europeus e nível de produto é destaque; se a queda foi rápida, recuperação será?

Publicidade

SÃO PAULO – Em tom de recuperação. Apesar das incertezas à frente, o que se traduz em volatilidade, as bolsas ao redor do mundo revelam valorização pela segunda sessão consecutiva, em meio às dúvidas se há um novo bear market ou uma correção de bull market.

Nesta quinta-feira (27), os mercados europeus operam em alta, assim como os mercados futuros dos EUA. As cotações do petróleo e do ouro sobem, desfavorecendo o dólar, que se desvaloriza frente à libra e ao euro, mas se aprecia diante do iene. 

Às 9h30, todos os olhos do mundo se voltam para os EUA, onde haverá o anúncio da segunda prévia do PIB (Produto Interno Bruto) do primeiro trimestre, com números mais apurados em relação àqueles da primeira divulgação. O nível de produto vem acompanhado de seu deflator.

Continua depois da publicidade

Simultaneamente, será divulgado o Initial Claims, que trará o número de solicitações de seguro desemprego registradas durante a última semana nos EUA. Ainda permeiam a agenda o discurso de James Bullard, presidente regional do Federal Reserve de St. Louis.

Confiança no Velho Continente
O governo da China declarou em nota oficial na agência Xinhua News que o país é um investidor focado no longo prazo e que a Europa será um mercado de investimentos no radar. Além disso, a agência de notícias afirmou que o fundo soberano estatal de US$ 300 bilhões manterá seus investimentos na região da Zona do Euro, citando Gao Xiqing, presidente do CIC (China Investment Corporation).

Recuperação rápida, pior no passado
Para Mehernosh Engineer, analista do BNP Paribas em Londres, “os mercados têm sido muito vendidos e uma retomada rápida é muito provável”. Conforme seu olhar, “o pior da correção presente – em termos de spread – está provavelmente atrás de nós e os investidores devem começar a construir o risco”.

Continua depois da publicidade

Menos gastos na Itália
Em referência ao plano de disciplina fiscal na Itália, Davide Stroppa – economista do UniCredit –, se vê feliz com as medidas tomadas. “É encorajador saber que a maior parte da correção na política fiscal ocorre através de cortes nos gastos do orçamento, ao invés de maiores impostos”.

Maiores provisões na China?
O Credit Suisse, através da dupla de analistas Vincent Chan e Peggy Chan, acredita que a China poderá sair fragilizada da desaceleração no Velho Continente. Para os analistas, a crise fiscal na Zona do Euro provavelmente fará com que o governo chinês fique mais preocupado com os empréstimos locais, podendo forçar os bancos a elevarem os níveis de provisão, o que afeta os lucros.

Inflação fraca, crescimento também
“Isso é apenas uma continuidade da deterioração no cenário macroeconômico, com a junção de inflação muito fraca e prospectos de crescimento, que podem justificar os yields correntes”, declarou Sean Maloney, estrategista de renda fixa da Nomura International. “É inegável que, por um ponto global, os dados macro foram relativamente robustos”.

Continua depois da publicidade

Brasil: emprego e setor público
No panorama doméstico, investidores direcionam o foco para a divulgação da Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de abril, às 9h30, com dados sobre a situação da mão-de-obra e o rendimento do trabalho. 

Por fim, às 10h30, haverá a publicação da Nota de Política Fiscal de abril, documento que compila os resultados fiscais não-financeiros do setor público, com informações sobre as dívidas do governo.

Newsletter

Infomorning

Receba no seu e-mail logo pela manhã as notícias que vão mexer com os mercados, com os seus investimentos e o seu bolso durante o dia

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.