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Um relatório da Rede InterPIG analisou os custos de produção de suínos nos principais 17 países produtores em 2016. Em todos eles houve redução nos gastos. A exceção fica por conta do Brasil, o único país a registrar aumento nos custos.
Segundo o levantamento, a elevação com os gastos na atividade no Brasil foi impulsionada principalmente pela alta no preço do milho, cuja valorização chegou a 76% em Mato Grosso e 59% em Santa Catarina.
Para o pesquisador da Embrapa Marcelo Miele, a depreciação do Real também foi impactante no custo de produção do suinocultor brasileiro.
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“Mesmo com a desvalorização da moeda brasileira em torno de 4,4% em relação ao euro, ocorreu um significativo aumento nos custos de produção nesta moeda. Com isso, a posição de liderança em custos da suinocultura de Mato Grosso e da região Centro-Oeste foi perdida para os Estados Unidos em função do preço médio da ração que se aproximou dos preços em alguns países europeus como Dinamarca, França e Alemanha”, disse, em nota.
Ainda segundo o pesquisador, em 2015 os preços no Mato Grosso eram 28% inferiores à média de preços nesses três países, enquanto que em 2016 essa diferença foi reduzida para apenas 6%. Ainda, todos os países apresentaram redução de custos em euro, exceto o Brasil. Miele também destaca que a suinocultura em Santa Catarina apresentou a ração mais cara entre os países da rede InterPIG. “A competitividade do estado vem da mão de obra e do custo de instalações e equipamentos”.
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