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SÃO PAULO – Assim como na terça-feira, o dia é de forte ânimo para as blue chips brasileiras, em meio à onda de otimismo com as captações de empresas no exterior. Bancos, Petrobras e Vale sobem mais de 1%, enquanto o Ibovespa também tem ganhos superiores a 1%. Confira os destaques desta quinta na B3:
Bancos
A sessão é de ânimo para os bancos brasileiros, em linha com o dia positivo do mercado. Banco do Brasil (BBAS3, R$ 37,29, +3,04%), Itaú Unibanco (ITUB4, R$ 45,45, +2,18%) e Bradesco (BBDC4, R$ 38,78, +2,14%) sobem mais de 2%. No noticiário, o Banco do Brasil também pretende lançar títulos no mercado internacional, ao passo que a estatal tem planos de levantar, pelo menos, US$ 750 milhões em bônus de até dez anos. A notícia, que já tinha sido aventada pelo Valor Econômico no final do mês passado, voltou a ganhar forças neste começo de mês em meio às captações da Petrobras e outras companhias. Vale (VALE3; R$ 33,16, +1,72%; VALE5, R$ 30,55, +1,80%) e siderúrgicas
As ações da Vale sobem forte seguindo também o movimento das mineradoras no exterior, em um semana de liquidez reduzida para os principais contratos das commodities com o feriado na China. O cobre opera em alta em Londres; já outros metais básicos negociados na LME, o zinco subia 0,26%, a US$ 3.287,50 a tonelada, o alumínio recuava 0,28%, a US$ 2.157 a tonelada, o estanho tinha ganho de 0,24%, a US$ 20.850 a tonelada, o níquel caía 0,28%, a US$ 10.605 a tonelada, e o chumbo tinha baixa de 0,37%, a US$ 2.558 a tonelada. Contudo, o grande destaque fica mais uma vez para as siderúrgicas: Usiminas (USIM5, R$ 9,49, +5,21%) salta 5%, enquanto Metalúrgica Gerdau (GOAU4, R$ 5,91, +3,68%), CSN (CSNA3, R$ 11,09, +3,07%) e Gerdau (GGBR4, R$ 11,75, +3,34%) sobem entre 3% e 4%. Sobre a Gerdau, a empresa acertou a venda da totalidade de sua operação no Chile para os grupos familiares locais Matco e Ingeniería e Inversiones por US$ 154 milhões. Segundo a siderúrgica, os ativos incluídos na venda são unidades industriais de aços longos, com capacidade anual instalada de aço de 520 mil toneladas. A conclusão da transação ainda depende da aprovação do órgão de defesa de concorrência chileno. O movimento está alinhado ao processo de otimização de ativos da companhia, com foco em rentabilidade e na redução de sua alavancagem financeira, disse a empresa. De acordo com o Bradesco BBI, o anúncio foi positivo, uma vez que mostra o compromisso da empresa com a alienação de ativos não essenciais e otimiza sua base de ativos, o que implica em maiores retornos estruturais; ativos na Índia e México podem ser os próximos. Veja mais: Alta de 120% ainda não é o bastante: por que os analistas seguem preferindo Usiminas à Gerdau? Petrobras (PETR3, R$ 16,71, +2,45%; PETR4, R$ 16,06, +2,62%)
Acompanhando o movimento do petróleo na sessão desta quinta-feira, que sobe em meio à pressão da Opep para que a Rússia apoie os preços do petróleo, as ações da Petrobras registram ganhos. O WTI sobe 0,94% e o brent avança 1,4%. O noticiário da companhia também é movimentado. A estatal anunciou novos reajustes nos preços dos combustíveis no início da noite de ontem e na manhã de hoje. Válido para essa quinta, o diesel teve um corte de 1,3% e a gasolina teve corte de 0,3%. Já na manhã desta quinta, a companhia anunciou corte de 0,7% na gasolina e elevação de diesel em 0,5% válidos a partir de sexta-feira. O Globo informou ainda que o governo federal quer que a Petrobras volte a fornecer gás para a usina térmica do grupo J&F, controlador da JBS, em Cuiabá. O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) — órgão que inclui o Ministério de Minas e Energia e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) — informou nesta quarta-feira que vai enviar “correspondência à Petrobras solicitando gestão da empresa no sentido de viabilizar o fornecimento de combustível” a essa e mais três usinas. Já em entrevista ao Financial Times, o presidente da Petrobras Pedro Parente afirmou que o IPO (oferta pública inicial de ações) da BR Distribuidora deve acontecer “o mais rapidamente possível”, para que a Petrobras aproveite as condições favoráveis do mercado. Parente, porém, disse que não poderia confirmar as expectativas do mercado de que a operação vai acontecer até o fim deste ano, nem que a oferta vai avaliar a BR entre R$ 30 bilhões e R$ 40 bilhões. Por fim, a Agência Nacional de Petróleo (ANP) acatou parcialmente o pedido de perdão pelo não cumprimento dos compromissos de conteúdo local (“waiver”) da plataforma de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos. O órgão regulador rejeitou o pleito do consórcio, operado pela Petrobras, de isenção para todo o projeto, mas decidiu conceder o perdão para alguns itens e reduzir as exigências de compra de outros bens e serviços nacionais. Eletropaulo (ELPL4, R$ 15,29, +10,56%) e Eletrobras (ELET3, R$ 22,12, +1,24%;ELET6, R$ 25,40, +0,40%)
A Eletropaulo informa que celebrou um Memorando de Entendimentos (MoU) com a Eletrobras, com o objetivo de estabelecer os critérios para a instauração de um procedimento de mediação para negociar as bases para um eventual acordo visando encerrar a disputa judicial (processo judicial nº 001002119.1989.8.19.0001) que envolve a Eletrobras e Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (CTEEP) quanto à responsabilidade pelo pagamento do saldo do empréstimo concedido em 1986 pela estatal à empresa que posteriormente foi cindida e criada a atual Eletropaulo e Cteep. Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa explica que no âmbito do MoU celebrado, Eletropaulo e Eletrobras solicitarão a suspensão do Processo Judicial mencionado pelo prazo de 60 dias a contar da data do despacho do juiz que assentir com o pedido, com o objetivo de concluírem, durante este período, o processo de mediação. “Não obstante os assessores legais da companhia manterem inalteradas as chances de êxito do caso – classificadas como possível – a companhia entende que ao encerrar a disputa judicial contra a Eletrobras estará contribuindo para sua estratégia de recuperação de valor”, diz. A Eletropaulo reforça que a assinatura do MoU não produz qualquer impacto imediato nos resultados da empresa, uma vez que a efetivação de eventual acordo estará ainda sujeita a determinadas condições precedentes, inclusive as aprovações societárias necessárias. Gol (GOLL4, R$ 15,00, +4,90%)
A Gol tem fortes ganhos nesta sessão, chegando a subir até 7,90%. A companhia informou que espera uma margem operacional de 12%-12,5% para o terceiro trimestre deste ano, acima dos 9,1% do mesmo período de 2016, excluindo resultados não recorrentes, segundo comunicado divulgado nesta quinta-feira. A receita unitária de passageiro para o trimestre aumentou entre 6%-6,5% comparada ao mesmo período do ano passado, à medida que a disciplina de capacidade e as estratégias de gerenciamento de receita da Gol continuam beneficiando os resultados, segundo a empresa. Os custos unitários ex-combustíveis, excluindo despesas não recorrentes, deverão apresentar uma redução de aproximadamente 6% comparativamente ao segundo trimestre de 2017, e deverão aumentar aproximadamente 3% em relação ao mesmo período do ano anterior. A companhia reduziu sua dívida total, incluindo arrendamento financeiros e operacionais, em aproximadamente R$ 285 milhões no trimestre, totalizando R$ 5 bilhões em redução de dívida nos últimos 21 meses. Após a divulgação do guidance, o Bradesco BBI elevou o preço-alvo para os ativos para R$ 18,00. Braskem (BRKM5, R$ 45,54, +2,31%) Dada a forte demanda, a captação total aumentou para US$ 1,75 bilhão em duas tranches, disse a companhia. A tranche de 5 anos teve precificação de 3,7%, para US$ 500 milhões, e a tranche de 10 anos teve volume de US$ 1,25 bilhão, com custo de 4,625%. B2W Digital (BTOW3, R$ 24,80, -3,39%) “A B2W esteve sob escrutínio dos investidores nos últimos anos, após a forte queima de caixa, seguidos prejuízos e vários aumentos de capital. Mais recentemente, a mudança de alguns categorias do B2C para o mercado trouxe mais incerteza sobre o modelo de negócios da B2W, uma vez que a queima de caixa acelerou no primeiro trimestre e as margens permaneceram sob pressão. No entanto, no segundo trimestre, a empresa mostrou sinais mais encorajadores de que está no caminho para se tornar rentável de forma sustentável. O risco de execução ainda pode impedir o sucesso rápido da estratégia da B2W, mas vemos a empresa como uma das potenciais vencedoras para se beneficiar do crescimento secular do e-commerce no Brasil nos próximos anos”, apontam os analistas do banco. Além disso, vale menção que o analista Fernado Góes, da Clear Corretora, recomendou a compra das ações da B2W no programa “Visão Técnica”, da InfoMoneyTV, da última sexta-feira (veja aqui). Na ocasião, ele comentou que acredita que a ação pode buscar pelo menos os R$ 27,00 no curto prazo, o que representa um potencial de valorização de 9% frente ao patamar atual. A ação foi mencionada também hoje pelo estrategista-chefe da Eleven Financial, Adeodato Volpi Netto, no programa “Comprar ou Vender”, da InfoMoneyTV. Clique aqui para assistir. Fibria (FIBR3, R$ 45,36, +1,05%)
As ações da Fibria registram ganhos de cerca de 1% nesta sessão. Durante coletiva de imprensa realizada na apresentação do Projeto Horizonte 2 em Três Lagoas (MS), o diretor de operações da companhia, Aires Galhardo, exaltou o fato do projeto ter iniciado as operações antes do esperado com um orçamento menor do que o previsto e já entregarando produção superior às expectativas. Isso tudo, somado com o cenário de continuidade do crescimento da demanda de celulose no mundo, mantém um cenário bem favorável para os resultados futuros da empresa: segundo Galhardo, a produção de Horizonte 2 deve chegar no teto de 1, 95 milhão de toneladas em 2020 (alta de 37% antes os níveis atuais) e quando atingir esse pico o Ebitda deve aumentar em 50% e o fluxo de caixa livre em 85%, isso tudo mantendo o mesmo patamar de câmbio no período. Educacionais
O Bradesco BBI revisou as ações do setor educacional, reduzindo a recomendação para Estácio (ESTC3, R$ 33,61, +0,90%) de outperform (desempenho acima da média do mercado) para neutra, com preço-alvo sendo elevado de R$ 20 para R$ 38, elevando recomendação de Anima (ANIM3, R$ 24,62, +1,32%) de neutra para outperform (subindo o preço-alvo de R$ 18 para R$ 30), e iniciando cobertura para Ser (SEER3, R$ 34,22, +2,12%) com recomendação outperform, com preço-alvo de R$ 42. Kroton (KROT3, R$ 21,38, +0,71%) seguiu com recomendação neutra, com preço-alvo passando de R$ 16 para R$ 23. “Após uma temporada de resultados relativamente positiva do segundo trimestre, as empresas de educação superaram o Ibovespa entre 20-80% desde meados de agosto de 2017. Apesar da coincidência do período, acreditamos que os resultados operacionais do primeiro semestre não foram o principal motivo dessa alta. Na verdade, acreditamos que os investidores estão mudando seu foco para o crescimento de longo prazo, e estão aceitando comprar ações de forma antecipada por isso”, afirmam. Para eles, os investidores com essa mentalidade serão recompensados com um novo ciclo de crescimento que deve gerar uma reavaliação do setor por alguns anos. “Nessa perspectiva, preferimos players menores como SEER3 e ANIM3, que possuem maior potencial de crescimento. Nós mudamos ESTC3 para neutro por falta de visibilidade em seu turnaround e permanecemos neutros em KROT3, que já é muito grande e pouco provável que cresça tanto como seus pares de mercado”, avaliam. Oi (OIBR3, R$ 4,82, -2,03%; OIBR4, R$ 3,53, -0,56%)
Muitas notícias agitam a Oi nesta sessão. Em destaque, o bilionário egípcio Naguib Sawiris, que figurou entre os interessados em investir na Oi, disse que está desencorajado em fazer isso agora por causa da má administração e das disputas internas na operadora brasileira. Sawiris teria condições financeiras para comprar uma participação na operadora e ainda pode fazer isso, embora seja improvável, disse ele em entrevista quinta-feira em Capri, na Itália, para a Bloomberg. Sawiris, que detém participação majoritária na egípcia Orascom Telecom Media e Technology Holding SAE, disse que está desapontado com o comportamento das partes interessadas que desperdiçaram tempo tentando encontrar uma solução para salvar a Oi. “A empresa perdeu valor por causa da falta de investimentos, falta de boa gestão, falta de mudanças estruturais – e para um investidor individual isso é ruim”, disse ele Já a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) marcou para hoje, às 14h, a reunião para debater a situação econômico-financeira da Oi. Em processo de recuperação judicial, a operadora acumula dívidas de R$ 65,4 bilhões em bônus, dívidas bancárias e responsabilidades operacionais. Na semana passada, a Anatel decidiu adiar a reunião para analisar a abertura de processo para cassar as concessões e autorizações da Oi para operar os serviço de telefonia fixa, celular, banda larga e TV por assinatura. A agência reguladora adiou o debate após a Justiça autorizar o adiamento da assembleia geral de credores que avaliará o plano de recuperação da empresa. A Justiça acatou o pedido da Oi e adiou para o próximo dia 23 a assembleia, inicialmente marcada para o dia 9.deste mês. A Anatel e a Oi travam uma batalha judicial em torno das dívidas da empresa junto à agência reguladora. O centro da disputa é a inserção do valor das multas, conseguido na Justiça pela Oi, no endividamento total da companhia. O montante é estimado em mais de R$ 11 bilhões. Ainda sobre a companhia, José Felix, presidente da Claro Brasil, afirmou que a Claro não tem o menor interesse em adquirir a Oi no momento, uma vez que ela precisa primeiro resolver a recuperação judicial. Porém, segundo ele, o setor de telecomunicações no Brasil precisa de consolidação. A receita das teles não cresce há muitos trimestres, disse ele, segundo informações da Bloomberg. Natura (NATU3. R$ 33,52, +2,13%)
As ações da Natura têm ganhos mesmo após o Carf decidir por manter a autuação fiscal recebida pela companhia por amortização de ágio realizada nos anos 2000. De acordo com o BTG Pactual, embora a autuação represente cerca de 50% do EBITDA reportado pela empresa em 2016, os analistas do banco não esperam que esse valor seja provisionado no curto prazo, visto que ainda cabe à Natura recorrer à instâncias superiores. “Seguimos com uma visão mais cautelosa no papel, com recomendação neutra, dado que mesmo com sinais gradualmente melhores no Brasil (sobretudo para a categoria de perfumaria), a Natura deve lidar no curto prazo com o complexo processo de integração/turnaround da operação da Body Shop, além da alavancagem crescente”, apontam. Magazine Luiza (MGLU3, R$ 79,25, -0,31%)
As ações do Magazine Luiza operam próximas da estabilidade nesta sessão. Vale destacar que, na noite da última quarta-feira, o CEO da empresa, Frederico Trajano, falou sobre a ‘revolução’ que fez na empresa e até sobre um antigo desejo: entrar na política. Confira clicando aqui.
A Braskem confirmou na noite de ontem uma captação de US$ 1,75 bilhão em uma emissão de bônus de cinco e dez anos. Segundo a petroquímica, a demanda superou em 8,2 vezes o volume da captação esperado pela companhia, com as ordens alcançando um montante superior a US$ 8 bilhões, de cerca de 360 investidores.
Após seis pregões de fortes ganhos e de sinalizar continuidade desse movimento nesta sessão, as ações da B2W viraram para queda no início da tarde desta quinta, chegando a cair 4%. No radar desta semana, o BTG Pactual divulgou um relatório apontando que um momento positivo para a ação, afirmando que a empresa está em uma nova fase. A recomendação do banco é de compra e o preço-alvo foi elevado de R$ 17 para R$ 29.
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