PIB da China, fala de Janet Yellen e decisão sobre Aécio Neves: os 9 destaques para a próxima semana

Confira os assuntos que agitarão os mercados nos próximos dias

Marcos Mortari

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SÃO PAULO – Após os dados de inflação nos Estados Unidos endossarem postura mais cautelosa por parte do Federal Reserve e a balança comercial chinesa impulsionar o mercado de commodities, a próxima semana voltará a ter indicadores internacionais dando o tom do comportamento dos investidores na B3. Enquanto no âmbito doméstico a pauta política e os dados de atividade e arrecadação se destacam, no exterior o resultado do PIB (Produto Interno Bruto) da China e o 19º Congresso do Partido Comunista chamam atenção, juntamente com a esperada fala da chairwoman do Fed, Janet Yellen.

As falas da comandante da autoridade monetária norte-americana, previstas para domingo às 11h (horário de Brasília) e sexta-feira às 21h15, tendem a dar novas sinalizações sobre os rumos do ciclo de alta de juros na maior economia do mundo, após a inflação abaixo do esperado em setembro reduzir as apostas de um tom mais ‘hawkish’ nas próximas reuniões do Fomc (Federal Open Market Committee). O Fed também divulgará o Livro Bege às 16h da quarta-feira (18).

Na noite de quinta-feira, a China divulgará os resultados do PIB do terceiro trimestre, testando o otimismo verificado no pregão desta sexta-feira. Segundo os analistas da Rosenberg Associados, as expectativas são de estabilidade na comparação trimestral livre de sazonalidade. Lá também serão apresentados os dados de produção industrial, varejo e inflação. Ainda na China, destaque para o 13º Congresso do Partido Comunista, marcado para terça-feira (17).

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Na agenda de indicadores domésticos, destaque para os dados do IPCA-15, a serem divulgados pelo IBGE  (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na sexta-feira (20) às 9h. A expectativa dos analistas da Rosenberg são de uma elevação de 0,33% no indicador inflacionário, puxado sobretudo pelo grupo de alimentos e bebidas. Na comparação do acumulado em 12 meses, eles acreditam que a inflação encerre o ciclo de arrefecimento observado desde setembro do ano passado, passando de 2,6% para 2,7%.

Ainda na agenda doméstica, o IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central), na quarta-feira, às 8h30, deve trazer novas sinalizações sobre o ritmo da retomada da economia. Para os especialistas da Rosenberg, o indicador possivelmente registrará leve recuo na margem, após dois meses consecutivos de crescimento, seguindo o que se observou com a indústria e o comércio. “De qualquer forma, deve continuar sinalizando melhora tanto no acumulado no ano como nos últimos doze meses”, escreveram em relatório a clientes.

O radar político também promete ser movimentado. Após o Supremo Tribunal Federal decidir que medidas cautelares contra parlamentares que afetem o exercício de suas funções legislativas precisam de aval do Congresso, o Senado articula uma votação secreta para que Aécio Neves retorne à casa. A manobra está marcada para terça-feira, mas a situação do tucano não é mais tão favorável se comparada a uma ou duas semanas atrás.

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Outra questão que pode evoluir na semana é a da leniência dos bancos, que teria gerado atrito entre presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e presidente Michel Temer. Segundo o Globo, presidente da Câmara quer votar na terça-feira um projeto alternativo à MP do BC. Proposta foi negociada com o governo e mantém o conteúdo original, relata o jornal citando Maia.

Também merece atenção a tramitação da denúncia contra Temer na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, após a apresentação do relatório de Bonifácio de Andrada (PSDB-MG) recomendando o arquivamento da peça. Por fim, o mercado também pode acompanhar os esforços da equipe econômica em reconduzir os debates sobre a reforma da Previdência, mesmo com a aproximação do calendário eleitoral.

(com Bloomberg)

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Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.