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SÃO PAULO – Em um dia de alta para a maior parte das bolsas europeias em meio à alta das commodities, o Brasil fica atento ao noticiário sobre as reformas, com destaque para a leitura do relatório da Previdência, um dia após o governo sofrer uma vitória e uma derrota. Confira os destaques desta quarta-feira (19):
- Bolsas mundiais
As bolsas mundiais registram um dia misto, entre a alta de commodities e a tensão no Reino Unido: Thereza May, que defende hoje no Parlamento a convocação de eleições antecipadas para o próximo dia 8 de junho, de forma a fortalecer o “Brexit”. Assim, enquanto a maior parte dos mercados europeus registra alta, o FTSE tem leve queda.
- Já os principais mercados acionários da China recuaram pela quarta sessão consecutiva nesta quarta-feira, com a intensificação das preocupações dos investidores de que regulações mais rígidas contra especulações e o sistema bancário sem regulação vão prejudicar a recuperação do país. Analistas atribuem a recente fraqueza do mercado às preocupações de que a recuperação impulsionada por estímulo na China desde o final do ano passado está enfraquecendo, em meio à campanha do governo contra a alavancagem excessiva e as bolhas de ativos. As bolsas do restante da região também mostraram fraqueza, com exceção do Japão, cujo índice Nikkei fechou com variação positiva de 0,07 por cento.
- No mercado de commodities, o minério de ferro registra um dia de alta na China após dois dias de forte queda, enquanto os metais industriais avançam em Londres; já o petróleo tem leve ganho e sustenta nível de US$ 52, em dia de estoques de petróleo nos EUA.
Às 8h12, este era o desempenho dos principais índices:
*FTSE 100 (Reino Unido) -0,18%
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*CAC-40 (França) +0,29%
*DAX (Alemanha) +0,20%
*Xangai (China) -0,79% (fechado)
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*Hang Seng (Hong Kong) -0,41% (fechado)
*Nikkei (Japão) +0,07% (fechado)
*Petróleo brent +0,47%, a US$ 55,15 o barril
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*Petróleo WTI +0,34%, a US$ 52,59 o barril
*Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa chinesa de Dailian -0,41%, a 480 iuanes
*Minério de ferro spot negociado em Qingdao +2,21%, a US$ 64,60 a tonelada
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2. Agenda
O destaque doméstico fica com o fluxo cambial semanal, que será conhecido às 12h30. Nos Estados Unidos, atenção para o Livro Bege, às 15h, que reúne as condições da economia dos EUA e embasa a decisão de política monetária do Fed. Sinalizações sobre o ciclo de alta de juros por lá podem vir também do discurso do presidente regional do Fed de Boston, Eric Rosengren, às 13h. Os números dos estoques norte-americanos de petróleo serão conhecidos às 11h30. Mais cedo, na Europa, saíram os dados da balança comercial de fevereiro e da inflação ao consumidor de março, medida pelo CPI da zona do euro.
Veja a agenda completa de indicadores clicando aqui
3. Agenda política
Em Brasília, as atenções se voltam para a leitura do relatório da reforma da Previdência, adiada para as 9h desta quarta-feira. Na véspera, o governo cedeu em mais um ponto e aceitou reduzir a idade mínima para aposentadoria de mulheres de 65 para 62 anos em troca do apoio de 42 deputadas da bancada feminina. Vale destacar que o relator desistiu de idade mínima de 60 anos para policiais após tentarem invadir o Congresso contra reforma, diz Folha. A ideia é estabelecer idade mínima de 55 anos a partir de 2020, mas relatório pode não prever uma transição até 60 anos. Vale destacar que ontem o governo sofreu uma vitória e uma derrota na Câmara. Após um mês de tramitação, a base aliada do governo conseguiu vencer a obstrução da oposição e aprovou hoje (18) no plenário da Câmara dos Deputados o texto base do Projeto de Lei Complementar (PLP) 343/17, que trata da recuperação fiscal dos estados superendividados. Ainda falta votar os destaques. Por outro lado, a Câmara rejeitou urgência para reforma trabalhista, que teve apenas 230 votos, dos 257 necessários, o que foi considerada uma derrota para o governo. Segundo a coluna Painel, da Folha, o governo vai usar a reprovação do pedido de urgência para a votação da reforma trabalhista na Câmara para cobrar fidelidade de ao menos dois partidos que atuam de maneira dúbia, o PSB e o PPS. 4. Nova Operação da PF e Lava Jato
Em destaque nesta sessão, a Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (19) a Operação Conclave. A PF informou em nota que o objetivo da ação é investigar a aquisição possivelmente fraudulenta de ações do Banco Panamericano pela Caixa Participações S.A. (CAIXAPAR). De acordo com a PF, a transação tem “potencialmente causado expressivos prejuízos ao erário federal”. O inquérito investiga a se houve gestão fraudulenta e prejuízo a correntistas e clientes. Confira mais detalhes clicando aqui. Além disso, destaque para os depoimentos dos marqueteiros João Santana e Monica Moura , que afirmaram ontem que receberam dinheiro de caixa 2 para coordenar a campanha de Dilma Rousseff à presidência da República, em 2010. Em depoimentos anteriores, o casal havia dito que os pagamentos recebidos na Suíça eram referentes a campanhas realizadas fora do Brasil. “Na época, ainda atordoado pela prisão, preocupado com a estabilidade política e com a própria manutenção no cargo da presidente Dilma, eu menti”, afirmou Santana ao juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba. Esta foi a primeira vez que os publicitários são ouvidos na condição de delatores, após homologação do acordo de colaboração pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Por fim, parte dos documentos relacionados à delação dos executivos da Odebrecht, que ainda está sob sigilo, contém citação ao ex-presidente Lula, o ex-ministro Antônio Palocci e o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha. O jornal ‘O Estado de S. Paulo’ teve acesso a essas decisões do ministro Edson Fachin. Os delatores contaram que, para expandir os negócios do grupo em outros países, usavam o nome do ex-presidente Lula como cartão de visitas. 5. Noticiário corporativo
O Bradesco informou que o Banco Central autorizou seu aumento de capital no valor de R$ 8 bilhões, que levará seu capital de R$ 51,1 bilhões para R$ 59,1 bilhões, usando as reservas de lucro do banco. Já a AES Tietê, da norte-americana AES, celebrou nesta terça-feira contrato para a compra do complexo eólico Alto Sertão II junto à Renova Energia, controlada pela Cemig, segundo fato relevante divulgado pela companhia. Além do valor acordado para a compra, de R$ 600 milhões, a companhia assumirá a dívida do projeto Alto Sertão II no valor de R$ 1,15 bilhão. Já a Biosev, segunda maior processadora de cana-de-açúcar do Brasil, previu nesta terça-feira uma moagem de 31,5 milhões a 33,5 milhões de toneladas na safra 2017/18, ante um total realizado de 31,5 milhões de toneladas na safra passada. As vendas contratadas líquidas da construtora Gafisa totalizaram R$ 117,4 milhões no primeiro trimestre, alta de 76% em relação ao mesmo período de 2016. Sobre a Petrobras, a fundação Petros, que administra a previdência privada dos empregados da estatal, fechou 2016 com um deficit acumulado de R$ 27,3 bilhões, um rombo R$ 3,4 bilhões maior do que o de 2015, informa a Folha. (Com Reuters, Agência Estado e Bloomberg)
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