- SÃO PAULO – O noticiário corporativo é bastante movimentado, com destaque para a temporada de resultados, com números não-auditados da Braskem, além de Telefônica, WEG, Iguatemi, entre outras companhias. Confira outros destaques desta quarta-feira (22):
- Vale (VALE3;VALE5)
A coluna de Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo, informa que a atual diretoria da Vale está se movimentando para tentar reverter a decisão do governo de alterar o comando da empresa, mas tem plano B para o caso de Murilo Ferreira ter mesmo que sair: Clóvis Torres, diretor de recursos humanos da empresa e seu braço direito. Torres já circulou inclusive entre a bancada de deputados e senadores de Minas Gerais, que deve ter influência na escolha.
Outro nome seria o de Nelson Silva, que já foi da Vale e atualmente está na Petrobras e que teria o apoio de Pedro Parente. Outros nomes que circulam desde sempre como opção “de mercado” para o cargo são de Tito Martins, que já foi da Vale e hoje está na Votorantim Metais, e o de José Carlos Martins, ex-diretor da mineradora. Rômulo Dias, diretor do Bradesco, que é sócio da Vale via Bradespar, também é citado como alternativa. Luciano Siani e Peter Poppinga, da própria mineradora, são outros que já entraram na lista de candidatos ao comando da empresa.
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BTG Pactual (BBTG11)
O BTG Pactual informou que “está avaliando e negociando, dentre outras alternativas, uma potencial transação envolvendo a Brasil Pharma”, segundo comunicado em resposta a pedido de esclarecimento sobre notícia veiculada na imprensa.
Segundo o Valor e a coluna de Lauro Jardim, do jornal O Globo, o BTG estaria perto de vender a Brasil Pharma para ex-CEO da WTorre.
Petrobras (PETR3;PETR4)
O Bradesco BBI iniciou cobertura de títulos da Petrobras com recomendação outperform. O início de cobertura do título reflete a visão do Bradesco BBI de que há uma atrativa relação entre dívida líquida e o Ebitda para investidores, segundo relatório assinado pelo analista Gustavo Gregori.
O cenário otimista aponta para uma relação dívida líquida e Ebitda abaixo de 2,0 vezes até 2018, enquanto cenário pessimista vê essa relação em 3,0 vezes. O programa de desinvestimento/parcerias, política de preços para combustível, despesas de capital/produção serão os principais direcionadores para 2017. Os cenários positivos e negativos para PETBRA indicam relação favorável entre risco/recompensa, particularmente na barriga da curva dos títulos da Petrobras, segundo o relatório.
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Lojas Renner (LREN3)
A Lojas Renner informou que seu programa de ADR (American Depositary Receipts) Nível 1 foi aprovado pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e declarado efetivo pela SEC (Securities and Exchange Commission). Com isso, o programa de ADS (American Depositary Shares) fica disponível a partir de 21 de fevereiro.Segundo a companhia, o programa visa “aumentar a visibilidade da empresa no mercado de capitais, promovendo a liquidez das ações, ampliando a base de acionistas e facilitando o acesso ao papel por parte dos investidores estrangeiros”.
- Braskem (BRKM5)
A Braskem teve prejuízo líquido consolidado de 2,637 bilhões de reais no quarto trimestre do ano passado, em função da provisão da multa referente ao acordo de leniência com as autoridades no âmbito da operação Lava Jato. Em igual período do ano anterior, a empresa havia tido resultado líquido positivo de 35 milhões de reais.
A geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) consolidado somou 2,385 bilhões de reais no trimestre de outubro a dezembro, queda de 10 por cento ante o mesmo intervalo de 2015.
Os números divulgados pela petroquímica são prévia não auditada do balanço. Em fato relevante, a Braskem informa que decidiu postergar para 29 de março de 2017 o arquivamento das demonstrações financeiras auditadas. O cronograma foi alterado em função do acordo global com as autoridades anunciado em 21 de dezembro para encerrar acusações envolvendo denúncias levantadas pela operação Lava Jato.
Na época, a Braskem se comprometeu a pagar 957 milhões de dólares (3,1 bilhões de reais), submetendo-se ainda a monitoramento externo por até três anos.
Gerdau (GGBR4)
O grupo siderúrgico Gerdau teve prejuízo líquido consolidado ajustado de 205 milhões reais no quarto trimestre, ante resultado negativo de 41 milhões de reais no mesmo período de 2015.A maior produtora de aços longos das Américas apurou geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de 716 milhões de reais, recuo de 21,4 por cento em relação aos últimos três meses de 2015.
Telefônica Brasil (VIVT4)
A operadora de telecomunicações Telefônica Brasil, dona da marca Vivo, teve lucro líquido de R$ 1,21 bilhão no quarto trimestre, alta de 9% ante mesma etapa de 2015. O resultado da companhia medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) somou R$ 3,62 bilhões no trimestre, alta de 5,6% na comparação com um ano antes. -
A companhia também anunciou que prevê investir um total de R$ 24 bilhões entre 2017 e 2019 e que pretende pagar R$ 4,1 bilhões em remuneração a acionistas neste ano.
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Segundo o Credit Suisse, a Vivo reportou resultado melhor do que o esperado, tendo como grande destaque positivo a margem Ebitda de 33.8%, se beneficiando da redução do custo de serviço como resultado da conclusão da renegociação com a Globo. “Essa renegociação era chave para o plano de sinergia da companhia, fazendo com que as sinergias de opex somassem R$ 251 milhões no quarto trimestre, mais forte do que esperávamos”, afirmam os analistas.
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Por outro lado, a receita com celular desacelerou, crescendo 6.7% no trimestre. Porém, segundo os analistas, a receita de mobile deve acelerar esse ano e as ações devem reagir de forma positiva ao resultado, principalmente porque recentemente o consensos estava revisando para baixo as estimativas e performance foi modesta.
OdontoPrev (ODPV3)
A OdontoPrev reportou lucro líquido de R$ 216 milhões em 2106, o que representa uma queda de 2,2% sobre o ano anterior. A receita líquida, por sua vez, subiu 9,2%, para R$ 1,3 bilhão, no mesmo período. Apenas no quarto trimestre, o lucro líquido da companhia foi de R$ 59 milhões, queda de 1,6%, enquanto a receita líquida subiu 7,3%, para R$ 352 milhões.O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) ajustado teve queda de 8,3% para R$ 327 milhões no ano passado. Ao passo que a margem Ebitda também teve forte redução, de 4,2 pontos percentuais, para 22% no ano passado.
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O Credit Suisse afirmou que a Odontoprev entregou um trimestre fraco, mas no qual a empresa conseguiu reportar alguns dados positivos depois de três trimestres de base declinante. No lado negativo, o time destaca que o segmento corporativo ainda continua em uma tendência de queda com uma redução na receita de 1,4% na comparação anual.
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O Itaú BBA espera reação neutra a resultados “suaves, sem intercorrência”, “em linha com nossas estimativas”. Já o Santander aponta que os resultados foram “suaves e ligeiramente acima das estimativas do banco e em linha com o consenso”; “no entanto, permanecemos cautelosos com a ação, particularmente devido ao crescimento moderado de clientes que prevemos para 2017 e à baixa visibilidade sobre a evolução das provisões de inadimplência e DLR”.
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SulAmérica (SULA11)
A seguradora SulAmérica registrou lucro líquido de R$ 315,7 milhões no quarto trimestre de 2016, o que representa uma alta de 5,7% na comparação com o mesmo período do ano anterior. No acumulado do ano, porém, o lucro recuou 5,3%, para R$ 698,4 milhões.O total de receitas operacionais foi de R$ 4,31 bilhões nos três últimos meses do ano passado, umas alta de 6,8%. Segundo a companhia, as receitas foram impulsionadas pelo desempenho dos segmentos de saúde e odontológico, previdência e capitalização.
Minerva (BEEF3)
A Minerva teve lucro líquido de R$ 12,3 milhões no quarto trimestre, 81,5% inferior em relação ao mesmo período de 2015. O Ebitda caiu 25,8% na mesma base de comparação, para R$ 249,9 milhões. O BTG Pactual apontou que os números foram abaixo do esperado, principalmente por conta das margens baixas. Contudo, os analistas apontam que a perspectiva para o setor continua positiva e a recomendação segue de compra para os ativos, com preço-alvo de R$ 16,00. O conselho de administração da companhia aprovou ainda a proposta de distribuir R$ 60,162 milhões em dividendos aos acionistas. O valor corresponde a R$ 0,257818 por ação, o que corresponde a um “yield” (razão do dividendo pago sobre o preço atual da ação) de 2,23%. A proposta precisa ser aprovada pelos acionistas, em assembleia prevista para ser realizada em 31 de março. Se aprovada, as ações ficarão “ex-dividendos” em 4 de abril, ou seja, só terão direito aos proventos os acionistas que estiveram com ações até o fechamento do pregão de 3 de abril. A data de pagamento dos dividendos proposta pelos conselheiros da Minerva é no dia 17 de abril em parcela única, informa a companhia em fato relevante divulgado. Iguatemi (IGTA3) O Credit Suisse aponta que a Iguatemi conseguiu entregar um trimestre forte e reiterar o guidance mesmo dentro de um ambiente bastante difícil para o varejo. O resultado veio em linha com as estimativas do banco, com destaque para o crescimento de Ebitda de 13% em função do forte crescimento de receita líquida e esforços de corte de custo. “Continuamos a gostar do case de Iguatemi e enxergamos a empresa como um bom play para queda de juros”, apontam os analistas. Hering (HGTX3) O conselho aprovou a proposta da administração de destinação dos lucros de 2016, no montante de R$ 199,5 milhões, da seguinte forma: R$ 9,97 milhões vão constituir reserva legal; R$ 130,2 milhões vão para reserva de subvenção de incentivos fiscais e o restante como pagamento de dividendos. Por fim, também foi proposto um aumento do capital social de R$ 1,27 milhão, para R$ 360,69 milhões, sem emissão de novas ações. Esse aumento será feito por meio da capitalização da reserva de incentivos fiscais de reinvestimento de Imposto de Renda, relativos aos anos de 2011 a 2013. Marcopolo (POMO4) Weg (WEGE3) O Ebitda subiu 4,9%, para R$ 400,6 milhões. A margem no período ficou em 16,9% ante 14% no último trimestre de 2015. O conselho de administração da WEG aprovou ainda a distribuição de R$ 102,7 milhões em dividendos complementares, equivalente a R$ 0,064 por ação. O pagamento será feito em 15 de março, com base na posição acionária em 24 de fevereiro. Também em 15 de março, serão pagos os juros sobre o capital próprio declarados em setembro e dezembro do ano passado. Itaúsa (ITSA4) A siderúrgica Ternium, uma das donas da Usiminas, informou na noite de terça-feira que assinou acordo para comprar 100% de participação da Thyssenkrupp na CSA (Companhia Siderúrgica do Atlântico), numa operação avaliada em 1,5 bilhão de euros. “Com a venda da CSA, nos separamos definitivamente da Steel Americas. Isso é um marco importante no redirecionamento da thyssenkrupp para um grupo industrial forte”, disse o CEO da thyssenkrupp AG, Heinrich Hiesinger, em comunicado. “Dessa forma, mais de 75% do volume de vendas será gerado com os nossos negócios rentáveis de bens de capital e serviços”. De acordo com o comunicado, a CSA vai ceder para a Ternium um acordo de fornecimento de 2 milhões de toneladas de placas por ano para a antiga planta de laminação da Thyssenkrupp em Calvert, no Alabama, EUA. A Ternium afirmou que o valor da operação tomou como base dados de setembro do ano passado, que inclui dívida de 300 milhões de euros da CSA com o BNDES. A Ternium espera desembolsar 1,26 bilhão de euros na transação, tomando para isso empréstimo bancário. O Credit Suisse destaca que a transação veio no momento em que o mercado tem discutido se a Ternium e a Nippon Steel resolveriam as disputas no bloco de controle da Usiminas. “Apesar do resultado final ainda não estar claro, acreditamos que depois do anúncio a possibilidade de uma divisão de ativos aumentou. Para eles, o resultado mais natural seria a Ternium controlar pelo menos a planta de Cubatão. Falando ainda do setor no Brasil, acreditamos que a mudança de controle na CSA deve aumentar a competição no mercado doméstico de aço brasileiro, pressionando as margens das companhias”, afirmam os analistas. Cemig (CMIG4) Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, os detentores de bônus de dívida da operadora de telefonia Oi representados pela Moelis continuam achando ruim o plano reformulado de reestruturação apresentado pela empresa. Eles se reuniram na última segunda-feira (20) com a companhia. Na ocasião, a discussão girou em torno da nova versão do documento. Inaceitável: essa seria a resposta dada por essa classe de credores sobre as condições relativas à conversão da dívida em ações. PDG Realty (PDGR3)
De acordo com informações da coluna de Lauro Jardim, do O Globo, está tudo preparado para que hoje o advogado Eduardo Munhoz dê entrada na Justiça com o pedido de recuperação judicial da PDG. A construtora passou os últimos meses negociando suas dívidas com os bancos, sob o comando de Ricardo K, contratado em novembro para tocar a reestruturação da empresa. As dívidas somam cerca de R$ 7,7 bilhões. Banestes (BEES3)
O Banco do Estado do Espírito Santo informou em comunicado que estima uma carteira de crédito ampliada entre 2% e 6% em 2017. Além disso, o banco confirmou que Neivaldo Bragato vai integrar o Conselho de Administração do Banestes.
A Iguatemi viu seu lucro líquido subir 18% no quarto trimestre, para R$ 49,7 milhões, enquanto a receita líquida avançou 6,9%, fechando os três último meses do ano em R$ 183,7 milhões. No acumulado do ano passado, porém, o lucro líquido atingiu R$ 164 milhões, queda de 15,2% ante 2015. A receita líquida, por sua vez, ficou em R$ 668,1 milhões, alta de 5%.
O conselho de administração da Hering propôs o pagamento de dividendo adicional de R$ 74,99 milhões aos acionistas, valor que corresponde a R$ 0,4661 por ação. A proposta será votada pelos acionistas em assembleia no dia 26 de abril.
A Marcopolo informou que, “considerando a atual conjuntura econômica e a instabilidade política do Brasil, e considerando que o valor dos juros sobre o capital próprio imputados ao dividendo obrigatório declarado antecipadamente por conta do exercício de 2016 […] ultrapassa o limite mínimo”, irá deliberar em 30 de março sobre o não pagamento de dividendos e pela suspensão do programa de juros sobre capital próprio referente ao exercício de 2016.
A fabricante de motores elétricos e tintas industriais Weg teve lucro líquido de R$ 323,2 milhões no quarto trimestre de 2016, uma queda de 15,8% sobre o resultado obtido no mesmo período do ano anterior.
A Itaúsa informou que pagará no dia 3 de abril o dividendo do 4º trimestre de 2016, no valor de R$ 0,015 por ação, sem retenção de imposto de renda na fonte, com base na posição acionária do dia 24 de fevereiro.
A Cemig Geração e Transmissão reiterou junto ao Ministério de Minas e Energia, na terça feira, pedido de prorrogação por 20 anos dos prazos de concessão das UHEs de
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