Vale tem “plano B” caso Ferreira saia; Braskem amarga prejuízo de R$ 2,6 bi e mais 7 balanços no radar

Confira os destaques do noticiário corporativo desta quarta-feira (22)

Lara Rizério

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O Itaú BBA espera reação neutra a resultados “suaves, sem intercorrência”, “em linha com nossas estimativas”. Já o Santander aponta que os resultados foram “suaves e ligeiramente acima das estimativas do banco e em linha com o consenso”; “no entanto, permanecemos cautelosos com a ação, particularmente devido ao crescimento moderado de clientes que prevemos para 2017 e à baixa visibilidade sobre a evolução das provisões de inadimplência e DLR”.

Minerva (BEEF3)

A Minerva teve lucro líquido de R$ 12,3 milhões no quarto trimestre, 81,5% inferior em relação ao mesmo período de 2015. O Ebitda caiu 25,8%  na mesma base de comparação, para R$ 249,9 milhões. 

O BTG Pactual apontou que os números foram abaixo do esperado, principalmente por conta das margens baixas. Contudo, os analistas apontam que a perspectiva para o setor continua positiva e a recomendação segue de compra para os ativos, com preço-alvo de R$ 16,00.  

O conselho de administração da companhia aprovou ainda a proposta de distribuir R$ 60,162 milhões em dividendos aos acionistas. O valor corresponde a R$ 0,257818 por ação, o que corresponde a um “yield” (razão do dividendo pago sobre o preço atual da ação) de 2,23%.

A proposta precisa ser aprovada pelos acionistas, em assembleia prevista para ser realizada em 31 de março. Se aprovada, as ações ficarão “ex-dividendos” em 4 de abril, ou seja, só terão direito aos proventos os acionistas que estiveram com ações até o fechamento do pregão de 3 de abril. A data de pagamento dos dividendos proposta pelos conselheiros da Minerva é no dia 17 de abril em parcela única, informa a companhia em fato relevante divulgado.

 Iguatemi (IGTA3)
A Iguatemi viu seu lucro líquido subir 18% no quarto trimestre, para R$ 49,7 milhões, enquanto a receita líquida avançou 6,9%, fechando os três último meses do ano em R$ 183,7 milhões. No acumulado do ano passado, porém, o lucro líquido atingiu R$ 164 milhões, queda de 15,2% ante 2015. A receita líquida, por sua vez, ficou em R$ 668,1 milhões, alta de 5%.

O Credit Suisse aponta que a Iguatemi conseguiu entregar um trimestre forte e reiterar o guidance mesmo dentro de um ambiente bastante difícil para o varejo. O resultado veio em linha com as estimativas do banco, com destaque para o crescimento de Ebitda de 13% em função do forte crescimento de receita líquida e esforços de corte de custo. “Continuamos a gostar do case de Iguatemi e enxergamos a empresa como um bom play para queda de juros”, apontam os analistas.

Hering (HGTX3)
O conselho de administração da Hering propôs o pagamento de dividendo adicional de R$ 74,99 milhões aos acionistas, valor que corresponde a R$ 0,4661 por ação. A proposta será votada pelos acionistas em assembleia no dia 26 de abril.

  • O conselho aprovou a proposta da administração de destinação dos lucros de 2016, no montante de R$ 199,5 milhões, da seguinte forma: R$ 9,97 milhões vão constituir reserva legal; R$ 130,2 milhões vão para reserva de subvenção de incentivos fiscais e o restante como pagamento de dividendos.

    Por fim, também foi proposto um aumento do capital social de R$ 1,27 milhão, para R$ 360,69 milhões, sem emissão de novas ações. Esse aumento será feito por meio da capitalização da reserva de incentivos fiscais de reinvestimento de Imposto de Renda, relativos aos anos de 2011 a 2013.

    Marcopolo (POMO4)
    A Marcopolo informou que, “considerando a atual conjuntura econômica e a instabilidade política do Brasil, e considerando que o valor dos juros sobre o capital próprio imputados ao dividendo obrigatório declarado antecipadamente por conta do exercício de 2016 […] ultrapassa o limite mínimo”, irá deliberar em 30 de março sobre o não pagamento de dividendos e pela suspensão do programa de juros sobre capital próprio referente ao exercício de 2016.

    Weg (WEGE3)
    A fabricante de motores elétricos e tintas industriais Weg teve lucro líquido de R$ 323,2 milhões no quarto trimestre de 2016, uma queda de 15,8% sobre o resultado obtido no mesmo período do ano anterior.

    O Ebitda subiu 4,9%, para R$ 400,6 milhões. A margem no período ficou em 16,9% ante 14% no último trimestre de 2015.

  • Segundo o Itaú BBA, a companhia apresentou fortes resultados, com uma expressiva margem Ebitda e um sólido fluxo de caixa. 
  • O conselho de administração da WEG aprovou ainda a distribuição de R$ 102,7 milhões em dividendos complementares, equivalente a R$ 0,064 por ação. O pagamento será feito em 15 de março, com base na posição acionária em 24 de fevereiro. Também em 15 de março, serão pagos os juros sobre o capital próprio declarados em setembro e dezembro do ano passado.

    Itaúsa (ITSA4)
    A Itaúsa informou que pagará no dia 3 de abril o dividendo do 4º trimestre de 2016, no valor de R$ 0,015 por ação, sem retenção de imposto de renda na fonte, com base na posição acionária do dia 24 de fevereiro.

  • Usiminas (USIM5)

    A siderúrgica Ternium, uma das donas da Usiminas, informou na noite de terça-feira que assinou acordo para comprar 100% de participação da Thyssenkrupp na CSA (Companhia Siderúrgica do Atlântico), numa operação avaliada em 1,5 bilhão de euros.

    “Com a venda da CSA, nos separamos definitivamente da Steel Americas. Isso é um marco importante no redirecionamento da thyssenkrupp para um grupo industrial forte”, disse o CEO da thyssenkrupp AG, Heinrich Hiesinger, em comunicado. “Dessa forma, mais de 75% do volume de vendas será gerado com os nossos negócios rentáveis de bens de capital e serviços”.

    De acordo com o comunicado, a CSA vai ceder para a Ternium um acordo de fornecimento de 2 milhões de toneladas de placas por ano para a antiga planta de laminação da Thyssenkrupp em Calvert, no Alabama, EUA. A Ternium afirmou que o valor da operação tomou como base dados de setembro do ano passado, que inclui dívida de 300 milhões de euros da CSA com o BNDES. A Ternium espera desembolsar 1,26 bilhão de euros na transação, tomando para isso empréstimo bancário.

  •  

    O Credit Suisse destaca que a transação veio no momento em que o mercado tem discutido se a Ternium e a Nippon Steel resolveriam as disputas no bloco de controle da Usiminas. “Apesar do resultado final ainda não estar claro, acreditamos que depois do anúncio a possibilidade de uma divisão de ativos aumentou. Para eles, o resultado mais natural seria a Ternium controlar pelo menos a planta de Cubatão. Falando ainda do setor no Brasil, acreditamos que a mudança de controle na CSA deve aumentar a competição no mercado doméstico de aço brasileiro, pressionando as margens das companhias”, afirmam os analistas.  

  • A Usiminas informou ainda que a sua administração tem expectativa de realizar investimentos aproximados de R$ 300 milhões em 2017, a serem gastos principalmente com manutenção, segundo comunicado à CVM. O comunicado é divulgado em resposta a pedido de esclarecimento da BM&FBovespa sobre notícia publicada no Valor no dia 20, em que a siderúrgica projetou capex em 2017 de cerca de R$ 300 milhões em teleconferência realizada em 17 de fevereiro  para comentar o balanço do quarto trimestre. 
  • Cemig (CMIG4)
    A Cemig Geração e Transmissão reiterou junto ao Ministério de Minas e Energia, na terça feira, pedido de prorrogação por 20 anos dos prazos de concessão das UHEs de

  • Jaguara, São Simão e Miranda, disse a companhia em fato relevante.
  • Oi (OIBR4)

    Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, os detentores de bônus de dívida da operadora de telefonia Oi representados pela Moelis continuam achando ruim o plano reformulado de reestruturação apresentado pela empresa. Eles se reuniram na última segunda-feira (20) com a companhia. Na ocasião, a discussão girou em torno da nova versão do documento. Inaceitável: essa seria a resposta dada por essa classe de credores sobre as condições relativas à conversão da dívida em ações.

    PDG Realty (PDGR3)

    De acordo com informações da coluna de Lauro Jardim, do O Globo, está tudo preparado para que hoje o advogado Eduardo Munhoz dê entrada na Justiça com o pedido de recuperação judicial da  PDG. A construtora passou os últimos meses negociando suas dívidas com os bancos, sob o comando de Ricardo K, contratado em novembro para tocar a reestruturação da empresa. As dívidas somam cerca de R$ 7,7 bilhões. 

  • Banestes (BEES3)

    O Banco do Estado do Espírito Santo informou em comunicado que estima uma carteira de crédito ampliada entre 2% e 6% em 2017. Além disso, o banco confirmou que Neivaldo Bragato vai integrar o Conselho de Administração do Banestes.

  • (Com reuters, Agência Estado e Bloomberg)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.