Petrobras defende atuação de estrangeiros no Comperj; Ultrapar, CPFL e mais 3 notícias no radar

Confira os principais destaques do noticiário corporativo da noite desta segunda-feira (23)

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – A noite desta segunda-feira (23) tem um radar bastante agitado com novidades envolvendo a Petrobras, que defendeu sua decisão sobre licitação para empresas estrangeiras atuarem no Comperj. Além disso, a noite tem notícias sobre a CPFL Energia, Ultrapar e mais. Confira os destaques:

Petrobras (PETR3; PETR4)
Em nota divulgada nesta segunda, a Petrobras fez uma defesa enfática da sua escolha de lançar uma licitação com 30 empresas estrangeiras para disputarem uma obra no Comperj. Segundo a empresa, a recuperação da economia “passa pela retomada de investimentos e geração de empregos”.

“As discussões sobre as melhores políticas para alcançar esse consenso são sempre bem-vindas, mas argumentos simplistas sobre uma inexistente preferência por empresas estrangeiras versus empresas brasileiras nessa retomada não colaboram, além de serem desrespeitosos aos milhões de brasileiros que neste momento buscam trabalho”, afirma a nota da estatal. A Petrobras diz que a Constituição “não diferencia empresas de acordo com a origem de seu capital”. 

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A estatal chegou a comparar o caso com o que ocorre no setor automotivo, que no país é formado por empresas estrangeiras com fábricas locais. “Criticar a Petrobras por convidar empresas estrangeiras para retomar as obras de escoamento de gás do pré-sal que serão feitas no Comperj, no Rio de Janeiro, é tão absurdo quanto dizer que todos nós dirigimos carros importados fabricados em São Bernardo, Betim ou Resende por empresas que estão estabelecidas no Brasil há décadas”, afirma a nota.

Ainda no noticiário, a Petrobras informou que obteve na Justiça a autorização, por meio de um recurso junto ao Tribunal Regional Federal da 5ª Região, para poder retomar a venda de concessões de petróleo em águas rasas no Ceará e Sergipe.

A Petrobras afirmou, no entanto, que a assinatura dos contratos depende de um pronunciamento do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre ajustes solicitados na sistemática de desinvestimentos da companhia, que a empresa espera concluir “no menor prazo possível”, segundo fato relevante publicado pela estatal.

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CPFL Energia (CPFE3)
A chinesa State Grid disse nesta segunda-feira que irá oferecer R$ 25,51, corrigidos pela taxa Selic, por ação remanescente da CPFL Energia, maior companhia privada de eletricidade do Brasil, após ter concluído também nesta segunda-feira a operação para assumir o controle da elétrica brasileira, segundo fato relevante.

Mais cedo, uma fonte havia dito à Reuters que a operação seria concluída nesta data. A State Grid fechou recentemente acordos para comprar o bloco de controle a CPFL Energia por cerca de US$ 13 bilhões.

Ultrapar (UGPA3)
Os acionistas da holding Ultrapar, reunidos em assembleia geral extraordinária nesta segunda, aprovaram a compra pela subsidiária Ultragaz da Liquigás, distribuidora de gás de cozinha da Petrobras. O contrato de compra e venda foi firmado pelas companhias em 17 de novembro de 2016, por R$ 2,8 bilhões, e a operação está sujeita a outras condições precedentes.

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Rodobens (RDNI3)
A construtora Rodobens divulgou sua prévia operacional reportando que seus lançamentos no quarto trimestre de 2016 somaram R$ 18 milhões. No ano passado, a empresa mais que dobrou o valor em lançamentos, para R$ 273 milhões. Segundo a empresa, o desempenho melhor no segundo semestre foi resultado da força tarefa implementada de junho a dezembro, com o objetivo de comercializar os estoques.

As vendas brutas totais atingiram R$ 173 milhões nos três últimos meses do ano, um aumento de 40% em relação ao mesmo intervalo do ano anterior. No acumulado do ano, o volume vendido somou R$ 365 milhões, queda de 5,3%.

Ouro Fino (OFSA3)
A Ouro Fino Saúde Animal anunciou um programa de recompra de até 1,5 milhão de ações, o equivalente a 6,3% do papéis em circulação no mercado. A validade será de um ano. Em fato relevante, a Ouro Fino informou que a recompra de ações visa a “maximização da geração de valor” aos acionistas da empresa veterinária.

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Advanced Digital Health (ADHM3)
Vale lembrar que nesta segunda-feira, as ações da Advanced – antiga Vitalyze.Me – passou a ser negociada agrupada na razão de 4 para 1. Com isso, os papéis desabaram 19,19%, cotados a R$ 3,62, após uma forte alta nos últimos dias, com os papéis acumulando ganhos de 410% nos últimos sete dias. O volume financeiro ficou acima da média de 21 dias (R$ 531,1 mil) e fechou em R$ 926,4 mil

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.