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SÃO PAULO – Não se pode dizer que o Santander é um desconhecido. Embora seja apenas um novato na BM&F Bovespa, a unidade brasileira busca a disputa com líderes domésticos, fazendo parte de um dos maiores grupos financeiros globais.
Braço nacional de um grupo nascido há 150 anos na Espanha, o Santander Brasil é dono de 10,2% do mercado doméstico, sendo protagonista em uma das maiores ofertas da história da BM&F Bovespa e uma das principais unidades globais da instituição financeira.
Líder da invasão
Embora muitos esperassem por uma invasão dos bancos estrangeiros no Brasil a partir da abertura na década de 1990, as operações de instituições como Bank of America e Citigroup ficaram limitadas a segmentos, nichos do mercado.
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O Santander aparece como um caso à parte. Com estratégia de aquisições agressiva impulsionada pela Matriz, a instituição teve como passos decisivos a aquisição do Banespa em 2000 e a incorporação do Banco Real, como decorrência da aquisição do ABN Amro pelo grupo Santander.
Como reforça o prospecto da oferta de ações do Santander Brasil, a aquisição do Real lhe permitiu atingir o posto de terceiro maior banco privado do Brasil, considerando-se a base de ativos, entrando de modo definitivo no restrito clube bancário brasileiro, há longa data dominado por instituições como Itaú Unibanco e Bradesco.
“A aquisição do Banco Real consolidou nossa posição como um banco múltiplo com cobertura nacional e escala suficientes para competir de forma efetiva em nosso mercado alvo”, destacou o Santander.
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Outros países
O Santander também possui posição de destaque em mercados de peso como o Reino Unido, onde desempenhou papel ativo na consolidação do setor com a aquisição – em 2008 – do Alliance & Leicester e de ativos do Bradford & Bingley, em meio à fragilidade das instituições financeiras do país por conta da crise global.
“Um importante estágio da afirmação do Santander como um grupo financeiro de destaque foi a fusão com o Banco Central Hispano, em 1999”, analisa a Standard & Poor’s, que vê a exposição do banco à América Latina como um dos fatores que podem impulsionar o crescimento nos próximos anos, ao passo em que o banco sofre com a deterioração da base de ativos no país de origem.
Desde o fundo atingido pelos ADRs (American Depositary Receipts) da instituição em nove de março deste ano, a valorização acumulada pelos ativos negociados em Nova York é superior a 230%.
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