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SÃO PAULO – A libra esterlina voltou a subir faltando menos de 24 horas para o referendo decisivo que irá definir sobre a saída – ou não – do Reino Unido da União Europeia. A moeda registrou ganhos de 0,9%, chegando a US$ 1,4844, seu maior nível desde dezembro do ano passado.
Mais cedo, diversas pesquisas foram divulgadas e agitaram o mercado. No fim do dia, a pesquisa ComRes mostrou a vitória da manutenção do Reino Unido com 48% dos votos, contra 42% para o “Brexit”, enquanto uma pesquisa da YouGov mostrou 51% “permanência” e 49% para a saída da União Europeia. Porém, o cenário volátil dos últimos dias mostra que ninguém trabalha com certezas.
Enquanto subia contra o dólar, a libra recuou 0,1%, para 76,83 pence por euro, encerrando uma sequência de cinco dias de alta. Com as pesquisas mistas até o último dia antes da votação, um indicador sobre a volatilidade dos preços da libra para a próxima semana registrou alta pela primeira vez em três dias.
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Especialistas lembram que o desempenho da moeda está muito parecido com o que ocorreu no referendo da independência da Escócia, em 2014. Na época, a libra teve forte alta nos dias anteriores à votação, atingindo seu pico cerca de duas horas e meia após o fechamento das urnas, quando as pesquisas mostravam que a união entre os dois países continuaria.
Desde que o lado que quer permanecer na UE ganhou força na última semana, a libra já ganhou muita força, retomando os níveis que alguns analistas previam que seria o patamar da moeda após o referendo em caso de vitória da permanência. A estimativa mediana compilada pela Bloomberg no início deste mês projeta que a libra fique entre US$ 1,45 e US$ 1,50 no dia após o referendo caso o Reino Unido fique na União Europeia.
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