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SÃO PAULO – O Ibovespa fechou em queda pela terceira vez seguida nesta segunda, mostrando que o mercado está bastante preocupado com o cenário político em meio à possibilidade de uma saída do ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Esta terça-feira (15) será dia de olhar para a nova pesquisa Ibope sobre o desempenho do governo da presidente Dilma e para a nova fase da Operação Lava Jato, com busca e apreensão na casa do presidente da casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e do senador Edison Lobão (PMDB-MA).
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Veja quais são os cinco assuntos que você não pode deixar de prestar atenção nesta terça:
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1. Bolsas Mundiais
Enquanto as bolsas asiáticas fecharam em baixa na sessão desta terça-feira, o dia é de ganhos para os mercados europeus. Os índices chineses terminaram as operações desta terça-feira com leve queda, com a correção das ações bancárias e de matérias-primas contendo uma alta das empresas imobiliárias provocada por esperanças de mais medidas de suporte para o setor. O líderes do país comprometeram-se a manter o crescimento econômico do país em uma “faixa razoável” em 2016 através da expansão da demanda doméstica e de aperfeiçoamentos do lado da oferta. As ações imobiliárias subiram com o governo prometendo adotar mais medidas no próximo ano para ajudar as companhias a reduzirem seus custos, combater os grandes estoques de casas não vendidas e conter os riscos financeiros. Na Europa, o dia é positivo repercutindo os dados do setor automotivo, com alta nos registros de novos carros, enquanto repercute uma recuperação dos preços do petróleo, com o barril do brent em alta de cerca de 1%.
2. Busca e apreensão nas casas de Cunha
Em mais uma fase da Operação Lava Jato, a Polícia Federal cumpriu na manhã desta terça-feira (15) mandado de busca e apreensão na residência oficial do presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em Brasília. Além disso, a Polícia também cumpriu mandados na casa do peemedebista no Rio de Janeiro. As buscas também foram realizadas nas residências do deputado federal Aníbal Gomes (PMDB-CE) e do senador Edison Lobão (PMDB-MA). A ação foi batizada de Catilinárias. Cabe lembrar que, hoje, o novo relator no Conselho de Ética da Câmara que investiga se Cunha cometeu quebra de decoro parlamentar, deputado Marcos Rogério, deve apresentar seu parecer preliminar sobre o caso. A reunião do colegiado está marcada para 9h30. Ontem, a ministra do STF Rosa Weber negou o pedido do PRB de devolver a Fausto Pinato (PRB-SP) a relatoria do caso. Ela apontou na decisão que o Supremo já considerou que o funcionamento de comissões é questão interna do Congresso.
3. Ibope
A CNI (Confederação Nacional da Indústria) divulgará a pesquisa CNI/Ibope do quarto trimestre de 2015. Realizada entre os dias 4 e 7 deste mês, com 2.002 pessoas em 143 municípios, o levantamento revela a avaliação dos brasileiros sobre o desempenho do governo federal. A pesquisa mostra ainda o grau de confiança na presidente Dilma Rousseff e a aprovação do governo em dez áreas de atuação, entre elas, a saúde, a educação, a segurança pública e o combate à fome e ao desemprego. Na última pesquisa, divulgada em 30 de setembro, a popularidade de Dilma havia caído para 14%, a pior da história.
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4. Inflação nos EUA
O CPI (Índice de Preços ao Consumidor, na sigla em inglês) dos Estados Unidos no mês de novembro será divulgado às 11h30 (horário de Brasília). A expectativa mediana dos analistas é de que o número fique estável, depois de subir 0,2% em outubro. É um dos últimos indicadores importantes do país antes da decisão do Fomc (Federal Open Market Committee) desta quarta, que deverá trazer a primeira elevação de juros da maior economia do mundo desde 2006.
5. Meta Fiscal
Voltando ao noticiário brasileiro, destaque para o noticiário sobre a meta fiscal de 2016. De acordo com a informação de diversos jornais, a presidente Dilma Rousseff deve reduzir a meta de superávit de 0,7%, contrariando o ministro da Fazenda, Joaquim Levy. A presidente ainda não se definiu, mas sinais dados por ela desde sexta-feira e conversas correntes em Brasília dão como certo de que o Palácio do Planalto já decidiu reduzir a meta para 0,50% do PIB. Mesmo ao peso de contrariar Levy, que indicou que pode deixar o governo se não tiver os 0,7%. Conforme informa o blog Primeiras Leituras, depois dessa declaração, Levy ficou mais ameno, dando sinais contraditórios de que pode ficar. Porém, registram alguns jornais, auxiliares dele na Fazenda apostam num desenlace em breve. O ministro foi ontem à luta no Congresso pelo seu número. E reclamou que o ajuste precisa também do aumento de receitas ainda não aprovado pelo Congresso. De acordo com a consultoria de risco político Eurasia, aumenta risco de saída descoordenada de Levy por mudança da meta. Ainda no noticiário econômico, o presidente do Banco Central Alexandre Tombini na CAE do Senado.
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