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SÃO PAULO – Nos últimos meses, os fundos de investimentos voltaram a apostar no mercado de commodities após as fortes perdas registradas desde a metade de 2008, especialmente por conta dos efeitos da crise financeira internacional.
Mas será que este é um bom momento para investir em matérias-primas? De acordo com o banco UBS Pactual, apesar de um ganho de 55% nas últimas 6 a 8 semanas, os índices ainda se mantém 60% abaixo dos patamares vistos em julho do ano passado.
A instituição financeira reitera que as altas estão sendo estimuladas pelos pacotes lançados por governos ao redor do mundo para incentivar o crescimento e, certamente, o consumo de matérias-primas.
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Por conta disso, muitos fundos – especialmente aqueles que apostam em mercados emergentes – estão controlando ações de companhias siderúrgicas, mineradoras e petrolíferas. “Esses mesmos fundos parecem ofuscar os temores de vendas em maio”.
Otimismo demasiado?
Para o UBS, as valorizações continuarão ocorrendo nos ativos de produtoras de matérias-primas, especialmente daquelas que produzem metais, além da indústria química e de papel. A realidade sobre a demanda das corporações ainda deve ser vista “com cautela”, inclusive nos dados de abril.
“Não estão sendo observadas melhorias no mês passado, principalmente entre grandes produtoras como BHP Billiton e Basf”, afirmam os economistas do UBS. Eles alertam também que os problemas relacionados a dívidas, reestruturação e recapitalização ainda afetam essas companhias.
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O que podemos esperar
Na opinião do UBS, cabe aos investidores observarem os dados macroeconômicos, pois serão eles que ditarão a performance das empresas produtoras de matérias-primas.
“Os dados econômicos da China e Estados Unidos centralizam a atenção”, diz o banco.
No gigante asiático, os olhares estarão atentos à trajetória de crescimento da economia após um primeiro trimestre bastante forte. Os empréstimos concedidos por bancos deverão recuar e uma cifra bastante inferior poderá atingir diversos setores.
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Já nos Estados Unidos, o desempenho do sistema financeiro e a recuperação da demanda são o ponto-chave. Contudo, as chances de desapontamento são bastante grandes na visão do UBS.
Cautela é necessária
“Nós estamos entrando em um período de cautela após a boa performance vista nas últimas oito semanas”, afirmou o UBS Pactual. No entanto, “permanecemos como compradores de ativos de mineradoras diversificadas”, conclui o banco suíço.