Grécia convida o FMI para negociações sobre terceiro pacote de ajuda financeira

A delegação, que irá supervisionar o programa de resgate, formada por membros da Comissão Europeia, era esperada inicialmente para chegar em Atenas nesta sexta-feira para se reunir com autoridades gregas a partir deste sábado

Estadão Conteúdo

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O governo da Grécia convidou o Fundo Monetário Internacional (FMI) para se juntar às negociações com os credores europeus do país sobre o terceiro pacote de ajuda financeira, no valor de 86 bilhões de euros (US$ 95 bilhões), que a Grécia espera concluir antes do vencimento de uma dívida de 3,2 bilhões de euros com o Banco Central Europeu (BCE) em 20 de agosto.

“Gostaríamos de informar que estamos buscando um novo empréstimo do FMI”, escreveu o ministro das Finanças grego, Euclid Tsakalotos, em uma carta para a diretora do FMI, Christine Lagarde.

A delegação, que irá supervisionar o programa de resgate, formada por membros da Comissão Europeia, do Banco Central Europeu, do fundo de resgate da zona do euro e do FMI era esperada inicialmente para chegar em Atenas nesta sexta-feira para se reunir com autoridades gregas a partir deste sábado. No entanto, o cronograma foi atrasado por causa da logística e preocupações do FMI.

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O FMI disse na ontem que não poderia considerar formalmente um terceiro resgate, enquanto a Grécia não pedisse um empréstimo. O FMI também disse que a Europa deve assinar um plano de reestruturação da dívida para Atenas – algo que a Alemanha descartou a possibilidade.

Autoridades do governo disseram hoje que a delegação é esperada para chegar em Atenas neste fim de semana e que as conversas devem começar a partir de segunda-feira.

A porta-voz do governo grego, Olga Gerovasili, disse que o acordo final sobre a ajuda financeira será levado ao Parlamento da Grécia para aprovação no dia 18 agosto, dois dias antes do vencimento da dívida com o BCE.

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Nos últimos cinco anos, os inspetores internacionais da chamada troika – FMI, Comissão Europeia e BCE – fizeram visitas regulares em Atenas para avaliar o progresso da Grécia na implementação de medidas de austeridade. Mas, desde que chegou ao poder no final de janeiro, o governo de esquerda tem tentado manter a troika longe da Grécia e deslocar as negociações para Bruxelas. Os governos da zona do euro, porém, viram isso como um impedimento para as inspeções adequadas e estipularam o retorno da troika para Atenas como uma das condições para as novas negociações para um resgate. Fonte: Dow Jones Newswires.

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