BNDES tem 18 operações em análise que implicam R$ 3 bi em emissões, diz Coutinho

De acordo com o presidente do BNDES, as prospecções junto ao mercado sobre o interesse nos projetos foram feitas nos últimos 40 dias

Estadão Conteúdo

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O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, disse nesta sexta-feira, 5, haver 18 operações em análise no banco de fomento que podem se beneficiar da nova política da instituição anunciada hoje em São Paulo. Ela tem como objetivo trazer o mercado de capitais para o financiamento de projetos de longo prazo de grandes empresas. “Essas operações implicariam emissão de um volume mínimo de R$ 3 bilhões de debêntures”, previu Coutinho.

De acordo com o presidente do BNDES, as prospecções junto ao mercado sobre o interesse nos projetos foram feitas nos últimos 40 dias. Ele afirmou ainda que a expectativa do BNDES é de que já no terceiro trimestre as emissões comecem a acontecer. “A redução da participação máxima do BNDES, com a alavanca da TJLP, vai funcionar”, disse. “O incentivo de 200 pontos-base é poderoso”, acrescentou. “Sendo conservador, no terceiro trimestre temos expectativa de que as emissões comecem a acontecer”, pontuou.

Coutinho destacou também que a política anunciada tem potencial para atrair empresas e, neste sentido, citou a “economia” de 200 pontos-base que as grandes companhias terão no custo total dos recursos acessados junto ao banco quando as debêntures são inclusas. “O mercado de capitais tem um imenso potencial com os ajustes fiscais em curso na economia”, afirmou.

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Grandes empresas
Depois de realizar estudos com a Anbima, o BNDES informou que empresas de grande porte terão acesso a 50% dos recursos que tomarem junto ao banco pela taxa TJLP, a mais baixa da instituição, desde que emitam um mínimo de R$ 50 milhões em debêntures. Essas empresas devem ter faturamento anual superior a R$ 1 bilhão e projetos com uma demanda de recursos do BNDES mínima de R$ 200 milhões. Além das debêntures, serão aceitas emissões de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC), de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e do Agronegócio (CRA).

Sem a emissão dos títulos de renda fixa, as empresas têm acesso a somente 25% dos recursos pela TJLP. Dessa forma, o BNDES estima que, no todo, incluindo títulos de renda fixa, recursos tomados via TJLP e tomados a outras moedas, o custo cai 200 pontos-base de quando não há colocação de papel no mercado.

A ideia do BNDES é trazer o investidor privado para financiar projetos de longo prazo. Coutinho indicou que essa parceria com a Anbima para fomentar o recurso privado é o primeiro passo e que novos capítulos virão.

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