Goldman Sachs troca Net por TIM em recomendação de compra no setor telecom

Desempenho recente das ações de ambas as companhias é fundamental para alteração nas perspectivas do banco

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Os analistas do Goldman Sachs atualizaram perspectivas sobre suas representantes do setor de telecomunicações na América Latina. A principal novidade é a mudança na recomendação de “compra”, que saiu da Net (NETC4) e passou para as ações preferenciais da TIM Participações (TCSL4).

O desempenho recente dos papéis de ambas as companhias foi fundamental para a alteração proposta pelo banco norte-americano. “Os títulos PN da TIM estão 9% abaixo de seu preço ao final de novembro de 2008, enquanto o Ibovespa já subiu 49% no mesmo período”, aponta.

Em relatório, a equipe de análise atribui um preço-alvo para seis meses de R$ 3,80 às ações da segunda maior operadora de celulares do Brasil, o equivalente a um potencial de valorização de cerca de 27%. Nesta segunda-feira (13), os papéis da TIM fecharam em alta de 4,20%, cotados a R$ 2,98.

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O Goldman Sachs explica que a empresa vem sofrendo por enganos operacionais cometidos desde 2007. Mas já é possível ver luz no fim do túnel. “O novo time administrativo está no comando, com planos agressivos de mudança. Ainda que uma reestruturação rápida seja improvável, acreditamos em notícias positivas”, considerando o patamar reduzido das ações.

Net

Se a TIM foi elevada, a maior operadora de TV por assinatura do País sofreu corte na recomendação para “neutro”. Segundo avaliação do banco norte-americano, há descrença na capacidade dos papéis da Net em manter a performance acima da média do mercado. “O crescimento deve diminuir em 2009”, interpreta.

O preço-alvo para seis meses não foi alterado. Ele é estipulado em R$ 18,00, respondendo a um potencial de valorização de cerca de 7%. A instituição financeira anda preocupada com a desaceleração da economia e com o limite de penetração de novos produtos aos clientes já existentes.

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Ainda conforme o Goldman Sachs, a expansão de 28% na receita da companhia em 2008 tem por trás o efeito das venda adicionais dos serviços de telefonia e banda larga para clientes já portadores de TV por assinatura. Ou seja, há um limite para a manutenção de tal taxa de crescimento.

Além disso: “Nosso time de pesquisa global projeta uma contração de 1% no PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro em 2009, o que deverá reduzir os gastos supérfluos dos consumidores. Apesar de banda larga e telefonia, o produto principal da Net é TV a cabo. E isso permanece como um artigo de luxo para a maior parte dos brasileiros”.

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