Reguladores pretendem dar maior transparência ao mercado de CDS

Plano inclui desenvolvimento da câmara de compensação, com lastro para saber a procedência dos contratos negociados

Rafael Souza Ribeiro

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SÃO PAULO – Está em trâmite nos Estados Unidos uma nova lei para regular o mercado de CDS (Credit Default Swaps), famosos derivativos de crédito que afundaram o sistema financeiro do país e levaram empresas como a AIG à falência.

Collin Peterson, presidente do Comitê de Agricultura da Casa dos Representantes nos EUA, lançou na última quarta-feira (28) um projeto de lei para banir as transações em balcão de CDS que não tenham lastro.

Por trás deste plano, Peterson almeja que todas as transações envolvendo os contratos de CDS passem por uma câmara de compensação, visando maior transparência. Por aqui, a BM&F Bovespa exerce semelhante função no mercado de derivativos.

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Caso seja aprovado o plano, a maioria dos contratos de CDS em circulação, um mercado que gira mais de US$ 29 trilhões, pode ser barrada, afetando principalmente os grandes bancos norte-americanos.

Ruim para os bancos

Estimativas da CreditSights apontam que mais de 40% dos lucros de bancos como Goldman Sachs e Morgan Stanley partem desse mercado.

JP Morgan e Bank of America detinham até 30 de setembro cerca de US$ 87 trilhões e US$ 38 trilhões, respectivamente, no segmento de derivativos de crédito.

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