Perdas do HSBC diminuem, mas baixas contábeis atingem US$ 4,8 bilhões

Enquanto nos EUA a situação piorou, na Ásia as operações do banco continuaram mostrando forte rentabilidade

Giulia Santos Camillo

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SÃO PAULO – Maior banco europeu por valor de mercado, o HSBC Holdings anunciou na manhã desta segunda-feira (10) os resultados não auditados do terceiro trimestre deste ano. No período, o banco registrou prejuízo líquido de US$ 271 milhões, mostrando melhora em relação às perdas apresentadas um ano antes, de US$ 1,102 bilhão.

De acordo com comunicado do banco, a melhora se deve à operação na Ásia e no Oriente Médio, que continuaram registrando forte rentabilidade, apesar de mostrarem sinais de desaceleração devido à crise.

“À época de nossos resultados preliminares, eu descrevi nossa performance como resiliente, nos possibilitando equilibrar a necessidade de conservar capital e o cumprimento de nossos compromissos de continuar a investir no futuro. Apesar de não sermos imunes aos efeitos da forte desalavancagem do sistema financeiro, nós fomos capazes de reforçar e aumentar alguns de nossos franchises mais importantes”, afirmou o presidente do grupo, Stephen Green.

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Apesar da melhora em relação ao ano passado, os resultados do terceiro trimestre foram fortemente prejudicados pelo enfraquecimento das operações nos EUA, onde o banco registrou provisões de US$ 4,3 bilhões para perdas com crédito, quantia acima do esperado pelos analistas. Ao todo, o HSBC reportou US$ 4,8 bilhões em baixas contábeis relativas a ABS (Asset-Backed Securities), títulos de dívidas lastreados em ativos.

Perspectivas

O cenário futuro esperado pelo HSBC não anima: para o banco, não há dúvidas de que as condições econômicas e financeiras irão piorar nos próximos trimestres, com uma recessão atingindo diversos países desenvolvidos e afetando também os mercados emergentes.

Entretanto, o banco afirma previsões positivas para a Ásia, que deve se mostrar mais resiliente, embora não seja ainda visível até que ponto os governos conseguirão encorajar a demanda doméstica para contrabalancear o enfraquecimento das exportações.

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Por fim, o banco informa que “a continuidade das incertezas está dentro do próprio sistema financeiro já que ainda não é claro se há maiores concentrações de risco a serem descobertas dentro do setor, com o processo de desalavancagem do setor e desaceleração da economia”.

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