Ata do Fomc: principal evento da semana, mas com um pouco menos de brilho

Número do mercado de trabalho de setembro e o revisado de agosto reduzem expectativa em torno do documento

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O Banco Central norte-americano (Federal Reserve) publica na próxima terça-feira (9) a ata da última reunião de política monetária da instituição, quando, em um movimento inesperado, cortou a taxa básica de juro em 50 pontos-base.

A decisão foi encarada como um “divisor de águas” no mercado financeiro e da crise do subprime. Para muitos, o movimento do Banco Central norte-americano teve caráter preventivo, que visava amenizar possíveis efeitos de maior porte na economia.

“(…) a ação de hoje tem como objetivo ajudar a conter parte do efeito adverso sobre a economia como um todo que poderia do contrário ocorrer por conta dos problemas dos mercados financeiros e promover um crescimento moderado ao longo do tempo”, disse o Fed em comunicado.

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A última vez em que a autoridade monetária aplicou uma redução de 0,50 ponto percentual foi em novembro de 2002, quando esta foi reduzida de 1,75% para o patamar de 1,25% ao ano.

A ata

Amanhã os mercados devem conhecer, de uma forma mais detalhada, os motivos que levaram o Fed a realizar o afrouxo monetário.

“O comunicado sugere que o cenário de crescimento moderado do Fed pouco se alterou, mas que as incertezas sobre o futuro cresceram consideravelmente”, avalia o banco de investimentos Commonwealth em relatório publicado nesta sessão.

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Segundo os analistas, o breve comunicado deixa o Fed com a opção de realizar ainda mais cortes na taxa básica de juro.

“Amanhã teremos a publicação da minuta da última reunião do Fomc [comitê de política monetária], que trará informações novas e importantes”, avalia o banco UBS em relatório publicado nesta manhã.

Menos brilho

Para os analistas do ABN AMRO Real Corretora, apesar da ata do Fomc ser o principal destaque da semana, depois da publicação do Payroll, “perdeu um pouco do brilho”, mostra relatório publicado nesta manhã.

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Os analistas referem-se aos números da criação de empregos em setembro, que chegou a 110 mil. Em agosto, o indicador havia registrado a perda de 4 mil postos de trabalho, o que abalou os mercados na época. No entanto, o resultado foi revisado e mostra que, no mês passado, foram criados 89 mil novos postos.

Ou seja, os diretores do Fed decidiram cortar a taxa básica de juros com números que mostravam um cenário muito mais depreciado do que este realmente estava. Assim, os números do mercado de trabalho reduziram as apostas de um corte na taxa básica de juro.

Ao lado desta previsão, a expectativa em torno da publicação da ata, conforme avaliaram os analistas do ABN, perdeu um pouco do brilho.

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