Decisão do Copom e ata do Fed vão ditar o rumo dos negócios nesta quinta-feira

SÃO PAULO – A quarta-feira marcou uma sessão de agenda cheia e mau humor nos mercados globais. Entretanto, depois de um dia complicado, os investidores parecem mais tranqüilos nesta manhã de quinta-feira, que reserva a segunda parte do discurso de Bernanke e a divulgação da ata do Fed.

No plano doméstico, o destaque da sessão deverá ser o ajuste dos mercados à decisão do Copom (Comitê de Política Monetária), que na última noite cortou a Selic em 50 pontos base, passando-a para 11,50% ao ano. O número era amplamente esperado, mas o placar apertado (4×3) sugere que o ritmo dos cortes pode voltar a ser mais moderado.

Além disso, a agenda do dia prevê a publicação de outros dados sobre a atividade econômica norte-americana, bem como a de diversos resultados corporativos. Por ora, o noticiário empresarial não assusta e os mercados futuros norte-americanos indicam uma abertura em alta para Wall Street.

Nesta quinta-feira, os investidores poderão analisar números de peso como os de Advanced Micro Devices, Bank of America, Continental Airlines, Dow Jones & Co., Google, Harley-Davidson, Honeywell, Microsoft, Motorola, Nucor, Bank of New York, Hershey e Nasdaq Stock Market. Isso sem falar na agenda econômica, cujos detalhes seguem abaixo:

No plano corporativo doméstico, os destaques da sessão ficam por conta dos resultados trimestrais de Net e Weg. Ademais, depois de vários rumores, a Telecom Italia vendeu sua participação minoritária na Brasil Telecom para o Citigroup e grandes fundos de pensão do Brasil em uma operação de cerca de US$ 530 milhões.

Ásia e Europa

Na Europa, o movimento também é positivo com as principais Bolsas em alta impulsionada pelos resultados trimestrais de importantes companhias. Os números da SAP, da Roche e da Motorola superaram as expectativas dos analistas. Além disso, a competição pelo ABN Amro continua movimentada e a última novidade é que o Barclays deverá aprimorar sua proposta.

Na Ásia, fusões e aquisições também movimentaram a última sessão, quando índice Nikkei fechou em alta de 0,6%, puxado principalmente por empresas do setor financeiro, que subiram em função dos rumores de que Promise e Sanyo Shinpan Finance estariam negociando uma fusão.

Já a Bolsa da China caiu 0,44% com o mercado de olho nos indicadores econômicos divulgados na última sessão. O PIB (Produto Interno Bruto) cresceu 11,9% no segundo trimestre de 2007, quando comparado ao mesmo período do ano passado.

Ao mesmo tempo, a inflação não se comportou conforme as expectativas, o que reforçou os receios de que a autoridade monetária deverá elevar o juro básico chinês a fim de conter a pressão inflacionária no país.

Petróleo segue em alta

Por sua vez, os preços do petróleo, que na última quarta-feira encerraram em alta depois que dados mostrando uma redução nos estoques norte-americanos de combustível e problemas geopolíticos envolvendo grandes países produtores, mais uma vez operam no campo positivo nesta manhã.

Finalmente, em termos de cronogramas de ofertas públicas de ações, o dia registra as seguintes ocorrências no mercado brasileiro: