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SÃO PAULO – Beneficiado pelo fluxo favorável de investimento estrangeiro e pelas boas perspectivas para o ano de 2007, o mercado acionário repetiu o bom desempenho verificado em diversos meses durante o ano de 2006 e assumiu a posição de melhor investimento do mês em dezembro.
O Ibovespa acumulou alta de 6,05%, encerrando o período cotado a 44.471 pontos, tendo inclusive marcado seu novo recorde histórico de fechamento, em pontos, no penúltimo pregão do ano.
A estabilidade do ambiente macroeconômico, a perspectiva de aceleração dos lucros corporativos e a manutenção do ciclo de queda da taxa Selic mantiveram o cenário favorável à renda variável doméstica. Este mercado foi também impulsionado pelo bom desempenho das bolsas norte-americanas e européias e pela manutenção do fluxo de recursos estrangeiros na ponta de compra.
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Destaques na Bolsa
Na esfera corporativa, destaque para a forte alta dos preferenciais da Brasil Telecom Participações (+16,25%). Perspectivas de melhor desempenho operacional nos próximos trimestres e de consolidação do setor telecom, que envolvem negócios com participações no bloco de controle da empresa e aquisição de ativos, influenciaram.
No outro extremo ficaram as ações ordinárias da Telemar (-19,51%). A forte queda dos papéis esteve inteiramente relacionada à não-aprovação da reestruturação societária do Grupo Telemar. No dia 15 de dezembro, em assembléia, os acionistas da empresa rejeitaram a operação, que previa uma relação de troca bastante favorável aos possuidores de ações ordinárias.
Ouro como o pior investimento do mês
Já o investimento de menor rentabilidade no mês de dezembro foi o ouro, que em novembro havia se consagrado como o investimento mais rentável, ao registrar forte valorização de 7,48% frente à cotação de fechamento de outubro.
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Além de um movimento natural de ajuste, os preços do metal foram pressionados pela relativa melhora do quadro externo. Nenhuma grande novidade veio à tona e os indicadores econômicos publicados sugeriram um maior controle inflacionário e que a desaceleração da atividade nas economias desenvolvidas não será muito drástica.
O ouro encerrou dezembro cotado a R$ 45,50 por grama na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), com desvalorização de 3,87% frente à cotação de fechamento de novembro.
No meio do caminho: dólar e renda fixa
No intervalo entre o melhor e pior investimento do mês, temos o dólar e as alternativas oferecidas pelo segmento de renda fixa.
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Sob influência do ainda satisfatório desempenho da balança comercial brasileira e considerável influxo de recursos por via financeira, o dólar comercial acumulou perdas de 1,33% em dezembro, a despeito das intervenções do Banco Central.
Já no mercado de renda fixa, a tendência declinante da taxa Selic se fez presente: os CDBs pré-fixados de 30 dias registraram modestos ganhos de 1,03%. A rentabilidade média, em termos reais, foi de 0,71%. Enquanto isso, o CDI ofereceu uma rentabilidade de 0,93%, em termos nominais, e de 0,61%, em termos reais.
Confira na tabela abaixo a rentabilidade dos principais investimentos:
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Investimento | Dezembro | Real* | Novembro | Real** |
Ibovespa | +6,05% | +5,71% | +6,80% | +6,00% |
CDI*** | +0,93% | +0,61% | +1,02% | +0,27% |
CDB **** | +1,03% | +0,71% | +1,06% | +0,31% |
Poupança | +0,63% | +0,31% | +0,63% | -0,12% |
Ouro | -3,87% | -4,17% | +7,48% | +6,68% |
Dólar Paralelo | -0,21% | -0,53% | +0,86% | +0,10% |
Dólar Ptax | -1,33% | -1,64% | +1,11% | +0,36% |
IGP-M | +0,32% | +0,75% |
* Deduzida a deflação pelo IGP-M que ficou em 0,32% em dezembro
** Deduzida a inflação pelo IGP-M que ficou em 0,75% em novembro
*** Taxa Efetiva Andima
**** Taxa pré 30 dias
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