[BB]Comentário da Semana: tensão diminui no cenário político e beneficia mercado

Entretanto, dólar mostra recuperação no período; no cenário externo, inflação e política monetária foram os focos

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Mais curta, a terceira semana de novembro foi novamente dominada pelo cenário político. Os dados da economia mantiveram-se positivos, apesar das piora das perspectivas do mercado. Nos Estados Unidos, inflação e política monetária foram os focos.

Neste contexto, a bolsa brasileira encerrou a semana em leve alta de 1,94%, enquanto o dólar comercial avançou expressivos 3,08%. Os juros futuros caíram e o risco país, por sua vez, teve leve alta.

Cenário interno: cenário político predomina

A semana mais uma vez foi marcada pela predominância do cenário político. No geral, no entanto, o mercado reagiu bem às turbulências e pareceu satisfeito com a sinalização de que a política econômica será mantida.

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No cenário econômico, o relatório Focus trouxe piores perspectivas para a economia do País na segunda-feira. O mercado elevou significativamente sua expectativa para a inflação oficial este ano, além de ajustar para baixo sua estimativa para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) e para cima a da Selic no final de 2006.

A inflação corrente, no entanto, não apontou na mesma direção. O IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor – Semanal) mediu suave desaceleração na evolução dos preços, enquanto o IGP-10 (Índice Geral de Preços – 10) e a segunda prévia do IPC-Fipe (Índice de Preços ao Consumidor – Fipe) mostraram desaceleração mais acentuada.

Cenário externo: inflação acelera, mas não preocupa

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No cenário externo, o destaque ficou com a divulgação dos índices de preços ao consumidor e ao produtor norte-americanos. Enquanto os índices cheios vieram acima do esperado, seus núcleos, que excluem os preços mais voláteis e são considerados mais relevantes, não preocuparam o mercado.

Ainda sobre a inflação norte-americana, outra indicação positiva durante esta semana, foi dada pelo sucessor de Alan Greenspan na cadeira principal do Fed, Ben Bernanke. O próximo presidente da entidade reiterou sua preocupação com a estabilidade da economia e afirmou que a adoção de um regime de metas inflacionárias não entra em conflito com a atual política monetária.

Após dez quedas, dólar se recupera

O dólar comercial encerrou a semana em forte alta de 3,08%, sendo cotado a R$ 2,2300 no fechamento de sexta-feira, quando acabou encerrando em valorização de 1,78%. Além da recuperação na segunda-feira, após dez quedas consecutivas, a retomada dos leilões de swap na sexta-feira promoveu a forte alta da divisa norte-americana.

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No mercado de juros futuros, o contrato futuro com vencimento em janeiro de 2007, que apresenta maior liquidez, projetou taxa de 17,13% na sexta-feira, pequena variação frente à taxa de 17,12% no encerramento da semana anterior. Já a taxa anual do CDB pré-fixado de 30 dias fechou a 18,44%, bem abaixo da taxa de 18,61% registrada no encerramento da semana passada.

Finalmente, o Ibovespa, principal índice da bolsa paulista, encerrou a semana em leve alta de 1,94%, sendo cotado a 31.102 pontos. O alivio das tensões no cenário político contribuiu para o desempenho positivo do índice no período.

Próxima semana: Copom e Fed

Na quarta semana de novembro, o mercado deve ficar atento à reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que na quarta-feira deve anunciar a nova taxa básica de juro da economia brasileira. Além disso, o IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15) sai na sexta-feira.

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Nos Estados Unidos, o destaque fica com a ata da última reunião do Fomc quando o juro básico norte-americano foi elevado para 4% ao ano.

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