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paladar da comida? Francês, claro, porém com sotaque de praia. Fico absolutamente maravilhado com a cor e o sabor. É a primeira vez que vejo um atum apresentar cor rosada. É a primeira vez, também, que sinto um sabor suave porém marcante deste que é um dos peixes mais celebrados do mundo. E aqui, seja no Tahiti ou em qualquer uma das outras 117 ilhas, é um dos pratos mais celebrados e apreciados! Na chapa, na brasa, guisado, com molho, no leite de coco ou cru, como sashimi, é simplesmente irresistível! Único!
Carvão, atum, batata frita e só! | Crédito: Paulo Panayotis e Adriana Reis
Roulottes de Papeete
Foi aqui, na capital Papeete (leia pá-pê-tê) que tive meu primeiro encontro com essa iguaria. Mais precisamente nos chamados roulottes, espécie de food trucks, ou comida de rua do Tahiti. Na praça principal, Vai’ete, chapada de turistas e locais, saboreei meu primeiro atum. Foi na brasa e, inicialmente, não tive o impacto sensorial estético (lembram que o peixe é rosado, certo?). Mas estava sensacional. Acompanhado de batatas fritas e só! Os roulottes são a opção gastronômica mais em conta no Tahiti.
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Atum ao molho de baunilha e basta! | Crédito: Paulo Panayotis e Adriana Reis
Le Coco’ s. Papeete, Tahiti
Considerado um dos restaurantes mais sofisticados – e badalados – do Tahiti, o Le Coco’s bomba todas as noites. Mais uma vez, persegui o atum. Mais uma vez perdi o impacto estético: fois foi servido selado na chapa com molho de baunilha. Estava divino, ao ponto. Aliás, a baunilha em favas é mais um dos tesouros deste conjunto de ilhas que fica no meio do nada e longe de tudo (ao sul do oceano Pacífico sul entre o Chile e a Nova Zelândia). Não desisti. Perseverei. Venci!
Finalmente, atum quase como veio ao mundo!Golfo Sarônico, Grécia | Crédito: Paulo Panayotis e Adriana Reis
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Restaurante K ‘gastronomique’. Sofitel, Moorea
Rosado. Selado. Em crosta de dois tipos de gergelins torrados (brancos e pretos), ele chegou à mesa. Estou no fantástico restaurante K, do hotel Sofitel, Ia Ora. Estou na ilha de Moorea. O peixe fisgou meu olhar de tal maneira que até me esqueci do perfeito risoto de aspargos no qual repousava. A foto está linda? Nem passa perto do que é o peixe cru, ao vivo, estalando de sabor!
Um vinho único | Crédito: Paulo Panayotis e Adriana Reis
‘Blanc de Corail’, um milagre Tahitiano!
Persegui o atum rosado do Tahiti até meus últimos dias neste paraíso. Quase ao final, encontrei seu companheiro ideal. Um insólito vinho branco produzido em um atol, praticamente em cima dos corais. Não acredita? Nem eu. Mas ele existe. E se chama Vin Blanc de Corail. Sim, isso mesmo. Vinho branco do coral. Um francês maluco, chamado Dominique Auroy, pesquisou tanto, trabalhou tanto, que planta, desde 1990, uvas no atol de Rangiroa. E produz – bom – vinho com as uvas Muscat de Hambourg e Itália no Domaine Ampelidaces em Rangiroa! Salut!
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Atum rosa selado : saudades! | Crédito: Paulo Panayotis e Adriana Reis
The Brando: Les Mutinés by Guy Martin, Tetiaroa
A força e a extraordinária beleza da natureza são, de dia, os atrativos do atol de Marlon Brando, em Tetiaroa. O refinamento e o sabor do restaurante três estrelas Michelin, Les Mutinés, são os destaques da noite. Estou no The Brando, o mais exclusivo e auto sustentável resort de luxo que conheci em todo o mundo. No atol de Tetiaroa, ele reina absoluto. O atum rosa está lá. E disputa lugar com os melhores produtos trazidos diretamente da França. Do meu ponto de vista, vence todos! Afinal, o primeiro atum rosa do Tahiti a gente nunca esquece.
O jornalista viajou a convite do escritório de Turismo do Tahiti, representado no Brasil pela Atout France, e da Air Tahiti Nui, com seguro viagem Travel Ace.