Beaune, na Borgonha, é muito mais que grandes vinhos e alta gastronomia.

Beaune, França. Vinhos de altíssima qualidade? Claro! Existem hoje na Borgonha 336 brancos e tintos com a denominação Gran Crus. Restaurantes Michelin? Entre uma, duas e três estrelas são 31! O perfeito paraíso da alta eno-gastronomia. Ah, você não toma álcool e comida não é a sua praia predileta? Então meu amigo, pode ir para […]

Paulo Panayotis

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Beaune, França. Vinhos de altíssima qualidade? Claro! Existem hoje na Borgonha 336 brancos e tintos com a denominação Gran Crus. Restaurantes Michelin? Entre uma, duas e três estrelas são 31! O perfeito paraíso da alta eno-gastronomia. Ah, você não toma álcool e comida não é a sua praia predileta? Então meu amigo, pode ir para a Borgonha sem susto. Ou melhor: com algum susto.
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Grandes vinhos da Borgonha
Foi o que senti na primeira vez que coloquei os pés nesta região que fica a a um “tirinho” de Paris. Me assustei com a beleza, a riqueza o agito e a tranquilidade do lugar. Tudo ao mesmo tempo? Tudo ao mesmo tempo.
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Mapa dos vinhedos do Hospício de Beune e suas infinitas possibilidades
Você embarca na Gare du Nord, em Paris, em modernos e velocíssimos trens de alta velocidade(TGVs) e desembarca na cidade de Lyon duas horas e meia depois. Não. Não se estresse em correr para a estação de trem. Por dia, 32 trens fazem o trajeto. Em média, há um trem a cada meia hora.
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Alta gastronomia faz par com vinhos únicos na Borgonha

De Lyon para Beaune, a capital da Borgonha, eu sugiro que vá de carro. Há trens? Com certeza. Muitos. Mas só a viagem, atravessando vinhedos centenários e paisagens icônicas a bordo do seu próprio caro vale o passeio. Alugue um. Fora da alta temporada, o aluguel de um carro econômico na Borgonha custa menos do que no Brasil. Inclusive com o euro nas alturas.
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Infinitas possibilidades e tentações pelas estradas da Borgonha

Direto para Beaune( com paradas para uma foto aqui e um belisco ali) são pouco mais de 150 KM. O percurso, sem paradas, leva outras duas horas. Mas, se você for como eu, vai levar bem mais tempo: a paisagem pela janela parece um filme de tão danada de bonita.
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Alunos franceses e turistas visitam o Hospice de Beaune
Sugiro algo entre três e seis noites na região. Note que seis noites são sete dias. Para um aperitivo é suficiente porque, acredite, voltará! Muito que fazer. Se for na baixa temporada, o custo cai pela metade. O risco é o tempo, especialmente no inverno.
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Mesmo no inverno a paisagem deixa saudades

O que? A sorte te acompanha? Então Borgonha em qualquer época do ano meu amigo. Vai anotando:
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Passeio imperdível pelos sabores e história de Beaune

A- Museu do Hotel de Dieu, ou, Hospice de Beaune. Um clássico. Imperdível. Antigamente era um grande hospital. Por tratar – e curar – muitos nobres, recebia o pagamento em terras. Terras, obviamente, com videiras. De arquitetura única, o lugar, preservado até hoje, ainda conserva as terras e produz um dos melhores vinhos tintos do mundo.
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O Hospital que virou o coração da Borgonha
Anualmente, durante o leilão que faz de sua produção, você pode arrematar um barril e, surpresa: colocar seu nome no rótulo! Sensacional né?
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Enogastronomia, história, agito e tranquilidade andam de mãos dadas

B – Visitar uma grande vinícola, tipo a Bouchard Ainê & Fils. Produz alguns dos melhores vinhos do mundo. No Brasil, seus vinhos quando chegam, chegam caríssimos. In Loco, vais saborear vinhos complexos, poderosos e, comparativamente, baratinhos.
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Marca de tradição na região

Experiência única é identificar os aromas de tabaco, couro, veludo, etc, e, simultaneamente, tocar em pedaços de tabaco, couro, veludo.
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O tato, o olfato e o paladar
Em seguida, cheirar mel, cogumelos e canela e os identificar no sabor do vinho que está tomando. Genial hein?
C – Tomar vinho Chablis, para mim o melhor branco do planeta, logo depois de visitar as parreiras.
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Após descobrir porque os vinhos da Borgonha são tão bons, sentar-se, olhar para as parreiras, abrir uma garrafa e, com o sabor na boca, sonhar!
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Navegando suavemente pelos canais da Borgonha

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D – Navegar, por um ou mais dias, pelos canais que cortam a Borgonha. Ao suave balanço de barcos restaurante ou barcos hotéis, a verdadeira vida da região passa pela proa. Com fome? Uma parada em um bistrô centenário. Com sede? Outra(s) taça(s)!
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Belíssimos tintos que, no Brasil, chegam caríssimos

E isso é apenas um aperitivo. Difícil mesmo será parar de sonhar e voltar para a realidade. Então, considere seriamente sua próxima viagem para a Borgonha que, além de tudo, foi considerada recentemente Patrimônio Mundial pela Unesco.
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Os terroirs da Borgonha se tornaram Patrimonio da Unesco em 2015

Se Deus quiser, eu vou morar lá em 2020 e, claro, receber convidados para dividir esse lugar icônico ainda desconhecido pelos brasileiros. Vamos?
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Jornalista Paulo Panayotis trabalhando na Borgonha
Fotos Paulo Panayotis/Adriana Reis/Divulgação
O jornalista Paulo Panayotis viajou para a Borgonha a convite do Escritório de Turismo da Borgonha com seguro Travel Ace e apoio da CC Hotels

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