C, de Consumidor

Nova classe média e seus hábitos de consumo não tradicionais tem potencial para alavancar o crescimento do mercado de seguros.

Rafael Monsores

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C, de Consumidor

Nova classe média e seus hábitos de consumo não tradicionais tem potencial para alavancar o crescimento do mercado de seguros

Mais de 50% da população economicamente ativa está na classe média. E é nesse grupo cada vez maior que se encontra o que o mercado, de forma geral, passou a identificar como a nova classe C emergente. Um público enorme que, nos últimos anos, passou a usufruir de condições inéditas de consumo, de serviços e bens, duráveis ou não.

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Ou seja, um público considerável, com poder de compra e ao alcance do mercado segurador. A questão é que, além de hábitos de consumo, esse público também tem novos hábitos de comunicação. E será que o mercado está conseguindo conversar com esse enorme contingente de pessoas?

Primeiro, um exemplo básico: a nova classe consumidora começa a adquirir o seu primeiro  carro seminovo ou 0km. Geralmente esse carro é comprado por meio de parcelamentos longos, de 48 ou até 60 meses. Mas e se ocorre um acidente com perda total ou um roubo? Esse consumidor terá de continuar pagando o financiamento sem usufruir desse bem e sem a capacidade de repor.

Pois é nesse momento que o seguro exerce efetivamente sua função precípua, que é restabelecer o equilíbrio econômico perturbado. E esse novo consumidor já percebe e convive com essas possibilidades e começa a entender a real necessidade de se contratar seguros, entrando no segundo step da pirâmide de Maslow. Mas ele tem novos hábitos de consumo, já chegou ao mercado completamente conectado, e se acostumou a buscar informações e tomar decisões por conta própria.

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É característica da internet entregar a informação de forma prática e simples, com linguagem direta e sem tecnicismos. Porém somente há bem pouco tempo o mercado passou a investir nessa linguagem, nessa nova forma de prospecção. Um canal em que o cliente passa a ter na sua mão, a possibilidade de conhecer os produtos, identificar suas necessidades, comparar preços e fazer a contratação. Exercendo o que já está acostumado para a aquisição de serviços e produtos em outros mercados.

É preciso entender que há diferentes perfis de público, e para cada um é necessário se criar ou aperfeiçoar uma forma de atuação, de atendimento do consumidor. A comercialização de seguros pelos meios eletrônicos tem o potencial de alavancar o mercado de seguros com novos entrantes e gerar real ganho de mercado. Não perceber isso é perder oportunidades.

Ou perder tempo. Como na velha discussão de que a internet acabaria com os jornais. Pois os portais de notícias estão, a cada dia, mais numerosos e influentes. E os jornais continuam nas bancas sendo vendidos.

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