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SÃO PAULO – A prisão do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) no âmbito da Operação Lava Jato abalou o mundo político, que está acompanhando com lupa uma possível delação premiada do deputado cassado. A delação poderia, inclusive, abalar o governo Michel Temer.
Porém, outras notícias sobre Cunha ganharam destaque em seus primeiros dias na prisão. Se, na última quarta-feira, as redes sociais repercutiram o “hipster da Federal”, policial que escoltou o político na ida de Brasília para Curitiba, a quinta-feira foi repleta de notícias sobre a rotina do peemedebista.
Na manhã de hoje, Cunha saiu de sua carceragem na PF em Curitiba para fazer o exame de corpo de delito no IML (Instituto Médico Legal). Quando chegou ao local, o ex-deputado disse “bom dia” aos jornalistas.
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O cardápio do peemedebista na cadeia também foi destaque nos jornais. Após jantar em restaurantes caríssimos durante sua vida parlamentar, na noite de quarta, sem o cargo de deputado e preso, Cunha jantou arroz, feijão, frango e salada, o mesmo prato dos outros presos.
Ele terá direito a uma hora de banho de sol por dia e, embora possa receber a família uma vez por semana, não deve utilizar esse benefício.
Por fim, outra notícia ganhou destaque. Logo após a notícia de sua prisão, na tarde de ontem, o ex-deputado foi excluído do grupo de WhatsApp formado pela bancada do PMDB na Câmara. Apesar de ter tido o mandato cassado há mais de um mês, o peemedebista ainda era membro do grupo no aplicativo. De acordo com relatos de parlamentares do PMDB ouvidos pelo Estadão, o deputado Hildo Rocha (PMDB-MA), administrador do grupo, excluiu Cunha às 13h35, meia hora depois da prisão e após saber que a PF havia apreendido o celular do ex-deputado.
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Pelo que parece, os próximos dias na prisão devem ser agitados para o ex-deputado. E mais notícias – relevantes ou não para o governo Temer – devem seguir nas manchetes.