Publicidade
*por Arthur Solowiejczyk, editor do Terraço Econômico
Estamos passando pela maior crise econômica da história brasileira. Nunca antes na história desse país 14,2 milhões de pessoas (ou 13,7%) permaneceram fora do mercado de trabalho. Simplesmente procuram e não acham emprego.
Nesse primeiro de maio, Dia do Trabalhador, vale pensarmos com carinho sobre essa questão. O Estado precisa criar condições para que a própria sociedade forneça empregos. Precisa desburocratizar, tornar os processos mais simples, mais rápidos. Ao menos, o Estado pode não atrapalhar, o que já seria um bom começo.
Continua depois da publicidade
E quanto a essa última observação, não faltam exemplos nos últimos anos: (1) Quebras de Contrato com a MP 579, pela qual as Elétricas tiveram de cobrar preços menores ao consumidor; (2) Redução de Juros na “caneta”; episódio no qual a Presidente da República, para fazer cumprir uma promessa de campanha, interviu diretamente nas decisões do banco central para redução de juros; (3) Política das Campeãs Nacionais, via BNDES; talvez a mais nefasta das políticas, transferiu recursos de impostos e contribuições diretamente para empresas escolhidas por um critério obscuro, mesmo sabendo que elas poderiam se financiar via mercado com taxas competitivas. Lembrou da Odebrecht, BRFoods?
Ronald Reagan disse certa vez que o melhor programa social é o emprego. Hoje temos outros bons programas de distribuição de renda como Bolsa Família, Bolsa Escola, etc. Contudo, o emprego tem a mágica de influenciar a autoestima do indivíduo. E, essa sem dúvidas, anda abalada no Brasil.
Para retomarmos o caminho do crescimento econômico, necessariamente, precisamos passar pela redução do desemprego. Precisamos pensar menos no Estado e mais nas pessoas; são elas que geram renda e empregos, e afinal, que pagam impostos.