13º salário: o que fazer?

O ano está chegando a sua reta final e, com isso, surgem mais gastos, especialmente por conta de presentes de Natal e viagens. Para ajudar, nessa época, muitos trabalhadores recebem o 13º salário. Mas será que a maioria sabe usar esse benefício de maneira consciente? Pela minha experiência como educador e terapeuta financeiro, posso dizer […]

Reinaldo Domingos

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O ano está chegando a sua reta final e, com isso, surgem mais gastos, especialmente por conta de presentes de Natal e viagens. Para ajudar, nessa época, muitos trabalhadores recebem o 13º salário. Mas será que a maioria sabe usar esse benefício de maneira consciente? Pela minha experiência como educador e terapeuta financeiro, posso dizer que não, e é por isso que vamos falar sobre esse assunto no artigo de hoje.

O primeiro tópico que costumo abordar é o pagamento de dívidas. É muito normal as pessoas receberem o salário extra e não pensarem duas vezes antes de pagar contas. Mas sempre oriento para tomar cuidado com essa atitude; vale antes uma análise. Essa conta está parcelada? Já estava no planejamento do orçamento? Então, por que quer quitar? Deixa tudo como está, controlado, e use esse dinheiro para investir, realizar sonhos. Não se pode viver apenas pra pagar dívida!

O que quero dizer é que há uma boa diferença entre endividado e inadimplente. Caso se encaixe na segunda opção, aí, claro, parte do 13º pode, e deve, ser usada com o objetivo de amenizar ou até quitar este valor que está em atraso.

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Em que perfil você se encaixa?

A partir daí, é hora de descobrir se você é endividado, equilibrado ou investidor. Para a primeira opção, já falamos um pouquinho acima. Tem que saber o nível real da situação em que se encontra, avaliar a fundo o orçamento e ver as possibilidades do que se pode fazer para melhorar.

Se for muito grave, é extremamente indicado fazer uma verdadeira faxina financeira, buscar se educar financeiramente (por meio de livros, cursos e palestras) e mudar radicalmente o comportamento em relação às finanças, para que o problema nunca mais volte a acontecer. Só a partir disso é que se deve procurar os credores para negociar o pagamento das dívidas. E aí o 13º pode ajudar de fato!

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Se você está no grupo dos sem dívidas, você é um consumidor equilibrado financeiramente, que não deve, mas que também não poupa. Uma boa opção é iniciar um investimento. Pode ser poupança, previdência privada, enfim, são inúmeras as opções. Em relação ao dinheiro do 13º salário, parte deverá ser utilizada para as compras e gastos de fim e início de ano e uma porcentagem maior para a criação de uma reserva, evitando imprevistos. Recomendo que se guarde, pelo menos, 50%. A ideia é se tornar um investidor iniciante.

O terceiro grupo é se você já atingiu o status de investidor. Acredite, mesmo sendo jovem, você já pode adotar esse perfil. Nesse caso, a opção mais indicada para utilizar o 13º é com os gastos do período e investimentos, planejando saltos maiores, como fundos de investimentos ou mesmo a bolsa, sempre acompanhado por um especialista. 

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Reinaldo Domingos

Reinaldo Domingos é presidente da Abefin (Associação Brasileira de Educadores Financeiros), autor de vários livros e criador da Metodologia DSOP de Educação Financeira.