Inadimplência em escolas privadas é menor nas que têm educação financeira

A inadimplência nas escolas particulares cresceu em 2016, atingindo a alta de 8,83% em São Paulo, segundo o Sieeesp (Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino). Entretanto, em escolas em que a educação financeira está na grade curricular, a realidade observada é outra: a inadimplência não subiu, mesmo com a crise.O tema é tão relevante que o […]

Reinaldo Domingos

Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

Publicidade

A inadimplência nas escolas particulares cresceu em 2016, atingindo a alta de 8,83% em São Paulo, segundo o Sieeesp (Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino). Entretanto, em escolas em que a educação financeira está na grade curricular, a realidade observada é outra: a inadimplência não subiu, mesmo com a crise.

O tema é tão relevante que o Ministério da Educação (MEC) estuda estabelecer a obrigatoriedade da inclusão da educação financeira em todas as escolas brasileiras. Nas que são pioneiras na implementação, os benefícios já vem sendo sentidos tanto pelos alunos e seus familiares, que estão se engajando junto às crianças, quanto pelas instituições de ensino, que observam a diminuição da inadimplência.

Hoje, a realidade nos mostra que as novas gerações estão cada vez mais expostas ao consumismo exacerbado. Por isso, é imprescindível que aprendam a lidar adequadamente com o dinheiro, para que possam, acima de tudo, aprender a se planejar para conquistar seus sonhos de curto, médio e longo prazo.

Continua depois da publicidade

Por oferecer subsídios para atravessar o momento atual, de instabilidade financeira, o tema também beneficia o corpo docente e, em consequência, toda a comunidade, contribuindo para a formação de uma sociedade mais consciente e sustentável. Em 2016, foram cerca de 200 mil estudantes aprendendo sobre o assunto em sala de aula.

A educação financeira dialoga diretamente com os conteúdos das disciplinas formais ensinadas nas escolas. Com a linguagem adequada para cada faixa etária, é possível mostrar aos alunos como lidar com as finanças do dia a dia, se planejar, poupar para os sonhos e conquistar a independência financeira.

Tem-se muita informação sobre macroeconomia, no entanto, quando se trata de microeconomia, pouco se sabe. Para mudar a situação de endividamento e inadimplência nacional, é preciso educar financeiramente os cidadãos desde pequenos, na fase da infância e juventude, para que possam controlar seus recursos e respeitar seu orçamento.

Autor avatar
Reinaldo Domingos

Reinaldo Domingos é presidente da Abefin (Associação Brasileira de Educadores Financeiros), autor de vários livros e criador da Metodologia DSOP de Educação Financeira.