Custo nacional da construção desacelera para 0,08% em novembro, diz IBGE

Indicador mostra alta de 2,36% nos últimos 12 meses, e de 2,28% no acumulado do ano; tanto materiais como mão de obra perderam força

Roberto de Lira

(Getty Images)
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O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), teve alta de 0,08% em novembro, uma queda de 0,06 ponto percentual (p.p.) em relação a outubro (0,14%), informou nesta terça-feira (12) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Assim, o indicador mostra alta de 2,36% nos últimos 12 meses, e de 2,28% no acumulado do ano. Em novembro do ano passado, o índice mensal foi de 0,15%.

Segundo Augusto Oliveira, gerente do Sinapi, os índices acumulados são os menores da série para o mês de novembro desde 2014. “Isso significa que o setor da construção tem tido menor elevação de custos ao longo de 2023. Até novembro, não tivemos um impacto tão grande nos índices, tanto da mão de obra quanto de materiais, diferentemente do que ocorreu em 2020 e 2021, durante a pandemia”, comentou em nota.

O custo nacional da construção, por metro quadrado, que em outubro fechou em R$ 1.716,30, passou em novembro para R$ 1.717,71, sendo R$ 999,15 relativos aos materiais e R$ 718,56 à mão de obra.

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A parcela dos materiais apresentou variação de 0,08%, ante a estabilidade observada no mês anterior (0,02%) e em novembro de 2022 (0,01%). “Os materiais apresentaram muitas flutuações ao longo de 2023. No ano, houve deflação na parcela de materiais em cinco meses – janeiro, maio, junho, agosto e setembro. Maio, junho e setembro tiveram índices de queda mais forte, acima de 0,2%”, lembrou Oliveira.

Já o custo com a mão de obra não teve impacto de dissídios coletivos em novembro. “Entretanto Rondônia se destacou na parcela da mão de obra com uma variação de 1,43%, a mais alta entre os estados, mas esta variação não tem origem em ganhos salariais decorrentes de dissídio coletivo”, disse o gerente.

Com alta na parcela dos materiais, Maranhão foi o estado que registrou a maior taxa em novembro, 0,73%.A Região Norte com alta na parcela dos materiais em cinco dos seus sete estados, ficou pela terceira vez consecutiva com a maior variação regional, de 0,18%. As demais regiões apresentaram os seguintes resultados: 0,14% (Nordeste), 0,06% (Sudeste), 0,13% (Sul) e -0,17% (Centro-Oeste).