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As apresentações da cantora americana Taylor Swift na turnê “The Eras Tour” têm tudo para bater o recorde de faturamento na indústria musical mundial. Com cerca de US$ 700 milhões em vendas de ingressos para shows até o momento, há expectativa de que a artista ultrapasse o até então detentor do recorde, Elton John, como turnê com maior faturamento na história.
A estimativa de analistas nos Estados Unidos é de que o fenômeno da música pop arrecade valores entre US$ 2 bilhões e US$ 4 bilhões nos shows da artista que ocorrem entre 2023 e o início de 2024 no mundo.
De acordo com um relatório da consultoria QuestionPro feito a pedido da CNN Business americana, apenas nos Estados Unidos a turnê deve ter um faturamento bruto de US$ 2,2 bilhões (R$ 10,7 bilhões). Mas a artista pode arrecadar ainda mais. Segundo estimou o professor associado de administração da Babson College ao Washington Post, “The Eras Tour” pode arrecadar, ao todo, US$ 4,1 bilhões (R$ 19,94 bilhões).
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Hoje, o recorde de arrecadação de uma turnê está com o pianista e cantor britânico Elton John com a Farewell Yellow Brick Road Tour (2018-20, 2022-23). A turnê de John está no topo do ranking da Billboard, revista americana especializada na indústria da música, que faturou US$ 939,1 milhões (R$ 4,5 bilhões).
O potencial do feito de Swift já chamou a atenção até mesmo de autoridades da economia dos Estados Unidos. Em junho deste ano, o escritório do Federal Reserve (Fed, Banco Central dos Estados Unidos) na Filadélfia creditou à artista um aumento expressivo no faturamento do setor hoteleiro e de reservas em função das datas de shows da artista na região. Estima-se que os 53 concertos da cantora nos EUA este ano acrescentaram US$ 4,3 bilhões (R$ 20,91 bilhões) ao produto interno bruto (PIB) do país.
No Brasil, Swift faz seis apresentações: três no Rio, nos dias 17, 18 e 19 de novembro, e outras três em São Paulo, nos dias 24, 25 e 26 de novembro. Devido à alta demanda, houve necessidade de que uma nova data fosse aberta para os fãs cariocas, que teriam apenas dois dias de show.
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De acordo com a Bloomberg News, impulsionado pelo frenesi da turnê, que já rendeu US$ 225 milhões de lucro (antes dos impostos), Taylor agora possui um patrimônio líquido de US$ 1,1 bilhão — (R$ 5,39 bilhões). Feito emblemático, dado que ela é uma das únicas artistas a atingir o marco apenas com suas músicas e shows.
A marca Taylor Swift
Há cinco anos, Taylor Swift mostrou-se plenamente disposta a assumir autoridade da própria carreira após romper com a gravadora Big Machine Records, de Nashville, que lançou sua carreira após o descontentamento pela venda dos direitos sobre a “master” de seus primeiros seis álbuns – que pertenciam à gravadora.
Segundo a legislação dos EUA, uma música possui os direitos autorais, pertencente ao compositor, e os direitos sobre a “master”, primeira gravação de uma música, a partir da qual são feitas cópias para vendas e distribuição.
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Swift começou a regravar as produções, garantindo o controle sobre os direitos e simultaneamente diluindo o valor de seus produtos originais, o que levou músicas com mais de uma década de volta ao topo das paradas da Billboard e influenciou os algoritmos de streaming para priorizar músicas denominadas “Taylor’s version”.
O lançamento mais recente foi em 27 de outubro com a regravação do álbum 1989, lançado há nove anos e que deve ser um dos discos mais vendidos de 2023.
Um acréscimo dos cinemas
Taylor Swift foi ainda mais longe, contornando os estúdios de cinema para financiar pessoalmente o filme da The Eras Tour, que gerou US$ 92,8 milhões de bilheteria no fim de semana de estreia.
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Patrimônio da artista
De acordo com a Forbes, mais de US$ 500 milhões da riqueza da artista foram ganhos com royalties musicais e turnês.
Outros US$ 500 milhões vem do crescente valor de catálogo de suas músicas, além de US$ 125 milhões em imóveis, incluindo seis casas e um avião particular.