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Após o anúncio de acordo vinculante para venda da The Body Shop, o CFO da Natura&Co (NTCO3), Guilherme Castellan, afirmou que a venda de ativos será uma parte importante da operação da companhia no próximo ano. “Ainda temos alguns ativos que podem ser vendidos”, comentou, nesta terça-feira (14), na teleconferência sobre os resultados do terceiro trimestre de 2023, divulgados ontem.
Tanto os números do trimestre quanto o anúncio da operação e as afirmações dos executivos da companhia foram bem recebidos pelo mercado e os papéis da companhia subiram 2,88%, cotados a R$ 14,30, fechando em alta, ainda que longe das máximas do dia.
Sobre a operação em si de venda da companhia inglesa, o executivo afirmou todos os detalhes que podem ser fornecidos no momento foram apresentados no comunicado oficial. “A venda da The Body Shop está de acordo com a nossa estratégia para região e modelo de negócio”, comenta Castella.
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O CFO da companhia destacou que as informações sobre a operação serão fornecidas ao longo do tempo, conforme acontecer o avanço do processo.
“A venda de ativos será um aspecto muito importante da nossa operação em 2024”, diz CFO, sobre a reestruturação das operações. A visão de Fábio Barbosa, CEO, é de que a a estratégia atual é focada nas propriedades da empresa e na estrutura de capital, principalmente.
Assim, a venda atual corrobora, em termos práticos, com o discurso de foco em geração de caixa para 2024 e promoção de investimentos das marcas principais do grupo, assim como nos esforços de internacionalização.
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“Estamos muito felizes e confiantes com relação aos resultados e ao que se apresenta diante de nós, em relação à integração na América Latina”, destaca o CFO, reforçando que é possível que problemas sejam enfrentados durante a integração mas há visibilidade de melhora em resultados e nas tendências.
Os executivos também destacaram que há esforços atuais para se estabelecer as melhores práticas referentes aos preços praticados das marcas. “Estamos aprendendo a gerir nosso portfólio de uma maneira mais dinâmica”, afirma Barbosa. O executivo esclareceu que a companhia tem conseguido cobrir um amplo mercado, em relação aos preços.
“A racionalização do negócio segue como prioridade da empresa”, conclui o CEO da Natura.
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Sobre os resultados em si, o Bradesco BBI destacou que o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) ajustado consolidado ficou 5,0% acima da estimativa da casa somando R$ 751 milhões, impulsionado por números melhores que o estimado na Avon International e na agora quase vendida The Body Shop.
A receita líquida consolidada da Natura&Co caiu 10% em termos de reais, 2,0% abaixo da sua estimativa e 5,0% abaixo do consenso. Em moeda constante, o faturamento consolidado caiu 0,7% em base anual, com a The Body Shop (TBS) e a Avon International compensando o crescimento na América Latina. A margem Ebitda ajustada consolidada excedeu nossa estimativa em 0,60 p.p., para 10,0%, devido a menores despesas corporativas e à margem Ebitda ajustada melhor que o previsto na Avon Internacional e TBS.
O BBI espera que a integração Natura e Avon produza melhores resultados no 2S24, uma vez que a base de consultoras comece a melhorar a produtividade e os custos de integração diminuam substancialmente. “Por enquanto, mantemos a nossa visão otimista sobre a tese numa perspectiva de médio e longo prazo. Mantemos a recomendação de Compra e novo preço-alvo de R$ 23,00 para 2024, ante R$ 24/ação anteriormente, dada a introdução de novas estimativas”, aponta.
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