Positivo (POSI3) lucra 43% menos, a R$ 28,9 milhões no 3º tri, e corta projeção de receita bruta para 2023

A Positivo Tecnologia (POSI3) registrou lucro líquido de R$ 28,9 milhões no terceiro trimestre de 2023 (3T23), queda de 42,9% na comparação com igual período de 2022 (3T22).

A companhia apontou que foi impactada pela menor receita no período e variação cambial proveniente do grande volume de contratos de hedge liquidados no trimestre. No 3T22 houve ganho de R$ 19 milhões com operação de TRS (total return swap).

Sem este efeito, o lucro deste trimestre teria caído 9%, e a margem líquida teria aumentado 0,4 ponto percentual (p.p.), destacou.

Já o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) foi de R$ 122 milhões no 3T23, em linha com o 3T22 (-1%), com margem Ebitda de 14,3%, alta de 2,8 p.p. contra o ano anterior, e 1,5 p.p. maior que o segundo trimestre.

Segundo a empresa, a margem foi impulsionada pela gradual recuperação em Consumer e por Projetos Especiais.

A receita líquida foi de R$ 849 milhões, queda anual de 20,2%.

Já a receita bruta de R$ 1,033 bilhão no 3T23 mostrou baixa de 19,1% sobre o 3T22, e com aceleração de 15% sobre a receita do segundo trimestre. “Comparada ao ano anterior, a receita deste trimestre foi impactada sobretudo pela postergação das compras por instituições públicas, efeito parcialmente compensado pelo crescimento em Consumer e por projetos especiais (início das entregas das urnas eletrônicas)”, disse.

O índice de alavancagem foi de 1,6 vez, com redução de 0,3 vez comparado com o 3T22, beneficiado pela menor dívida líquida.

A geração de caixa operacional de R$ 105 milhões no 3T23, ajudada pela melhora no capital de giro apesar da sazonalidade desfavorável do período, destacou.

Revisando projeções

A Positivo ainda informou nesta segunda-feira que revisou sua projeção para receita bruta de 2023 para entre R$ 4,6 bilhões e R$ 4,8 bilhões, conforme fato relevante.

Anteriormente, a estimativa para o ano era de R$ 5,5 bilhões a  R$ 6,5 bilhões.

“O cenário macroeconômico continua desafiador, com juros ainda elevados afetando ainda mais fortemente varejistas importantes que buscam reduzir seus estoques e endurecer suas condições de compra”, justificou a empresa.

(com Reuters)