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O dólar hoje fechou com queda de 1,54% impulsionado pelos dados de emprego nos EUA – o payroll –, que trouxeram números abaixo do esperado. Assim, a moeda norte-americana terminou com queda de 1,54%, cotada a R$ 4,896 na compra e a R$ 4,869 na venda – na mínima, bateu nos R$ 4,877.
“Acho que o movimento (de hoje) está intimamente relacionado com o ‘payroll’, que veio mais fraco em outubro”, disse Fernando Bergallo, diretor de operações da FB Capital.
A criação de vagas não agrícolas totalizou 150.000 empregos no mês passado, abaixo do previsto por economistas consultados pela Reuters, que era de 180.000 vagas.
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“Acredito que, após muitas semanas sem rumo claro, o mercado está apostando que o teto do juros definido pelo Fed (neste ciclo de aperto monetário) já foi atingido… e isso beneficia demais os emergentes, que naturalmente são ajudados pelo fechamento do diferencial de juros”, completou Bergallo.
“Nem o fluxo natural sazonal de final de ano (de saída de dólares do Brasil) e aquela busca natural por proteção que geralmente se inicia nessa época do ano estão tendo força para se contrapor ao fator externo.”
O economista-chefe da Frente Corretora, Fabrizio Velloni, acrescenta que o mercado de câmbio ajusta-se à queda do dólar ante pares rivais e algumas divisas emergentes, na esteira do recuo dos juros dos Treasuries de dez e 30 anos, após a manutenção de juros pelo banco central americano na quarta-feira e também ajusta-se ao corte de 0,50 ponto da taxa Selic, a 12,25% ao ano, na quarta-feira.
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“A abordagem do FED foi serena sobre o alcance da meta de inflação com a manutenção das taxas juros altos por longo período e continua pesando no dólar e juros dos Treasuries”, justifica o economista.
Dólar cai, mas fiscal segue no radar
Outro fator que ajuda na desvalorização do dólar frente ao real é o Copom, que na quarta-feira anunciou corte de 0,5 ponto porcentual, sinalizando novas diminuições em mesma magnitude.
Velloni destaca que, além de indicar novos cortes, o Copom ressaltou que o governo deveria buscar metas fiscais já estabelecidas e a possível mudança na meta zero de déficit fiscal em 2024 em discussão no governo deve trazer incertezas sobre o seu cumprimento, mesmo que seja alterada para abrir espaço para os gastos planejados pelo governo Lula.
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“Se o governo der esse passo atrás no fiscal, o mercado de câmbio pode mudar de humor”, avalia.
Para ele, o mercado vê com um pé atras os indicadores da China e, por isso, a alta no setor de serviços em outubro no país pelo décimo mês consecutivo poderia ter efeito positivo maior sobre as moedas emergentes ligadas a commodities.
Enquanto isso, o dólar futuro (DOLFUT) fechou com menos 1,31%, aos 4.915,50 pontos.
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(Com Reuters e Estadão Conteúdo)
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