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O Índice de Preços de Alimentos da FAO) caiu 0,5% em outubro ante setembro, para uma média de 120,6 pontos, continuando a tendência descendente e situando-se 14,8 pontos (10,9%) abaixo do valor correspondente de há um ano.
Segundo a agência de agricultura e alimentos das Nações Unidas, o ligeiro recuo em outubro reflete descidas nos índices de preços do açúcar, cereais, óleos vegetais e carne, enquanto o índice dos produtos lácteos teve alta. A Reuters informou que este é o nível mais baixo do índice em mais de dois anos.
O índice de cereais da FAO atingiu média de 125,0 pontos em outubro, uma queda de 1,3 ponto (1,0%) em relação a setembro e de 27,3 pontos (17,9%) em relação ao seu valor há um ano.
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Os preços internacionais do trigo caíram 1,9% no período, refletindo ofertas superiores às anteriormente previstas nos Estados Unidos e a forte concorrência entre os exportadores. Em contraste, os preços internacionais dos cereais secundários estabilizaram-se marginalmente, aumentando 0,6% em termos mensais.
A redução da oferta de milho na Argentina colocou uma pressão ascendente sobre os preços mundiais da commodity, mas ela foi limitada por maiores ofertas sazonais nos EUA, onde a colheita avançou, e por uma forte concorrência de exportação do Brasil. Os preços internacionais do arroz caíram 2,0% em termos mensais.
O índice de lácteos da FAO, por sua vez, teve média de 111,3 pontos no mês, um aumento de 2,4 pontos (2,2%) em relação a setembro, após nove meses de quedas consecutivas. No entanto, ainda se encontra 28,0 pontos (-20,1%) abaixo de seu valor há um ano.
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Em outubro, os preços mundiais do leite em pó foram os que mais aumentaram, impulsionados principalmente por elevações na demanda por importações, tanto para fornecimentos a curto como a longo prazo, especialmente do nordeste asiático. A escassez de oferta de leite na Europa Ocidental e alguma incerteza sobre o impacto das condições climáticas do El Niño na próxima produção de leite na Oceania aumentaram ainda mais a pressão ascendente sobre os preços.
Já o índice de preços da carne teve uma média de 112,9 pontos em outubro, uma ligeira descida (0,7 pontos, ou 0,6%) em relação a setembro, marcando o quarto declínio mensal consecutivo, e situando-se 3,9 pontos (3,4%) abaixo do seu valor há um ano.
Os preços internacionais da carne suína caíram pelo terceiro mês consecutivo, impulsionados principalmente pela procura persistentemente lenta de importações, especialmente de alguns países do Leste Asiático, com novas pressões descendentes resultantes de elevadas disponibilidades de exportação em alguns dos principais fornecedores.
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Em contrapartida, os preços mundiais da carne de aves recuperaram ligeiramente, uma vez que os surtos de gripe aviária continuaram a restringir o fornecimento de vários fornecedores líderes mundiais, num contexto de procura robusta dos consumidores devido à relativa acessibilidade.
Os preços internacionais da carne bovina e ovina também aumentaram marginalmente, refletindo a procura persistente e robusta de importações por parte de alguns dos principais importadores, apesar das amplas ofertas de carne bovina da Austrália e do Brasil e de carne ovina da Oceania.
O índice do açúcar chegou a 159,2 pontos em outubro, em média, uma queda de 3,5 pontos (2,2%) em relação a setembro, após dois aumentos mensais consecutivos. As cotações internacionais do açúcar permaneceram, no entanto, 50,6 pontos (46,6%) acima dos níveis do mesmo mês do ano passado.
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A queda em outubro foi impulsionada principalmente pelo forte ritmo de produção no Brasil, apesar do impacto negativo das chuvas na moagem de cana-de-açúcar na primeira quinzena de outubro. O enfraquecimento do real frente ao dólar e a redução dos preços do etanol no Brasil também pesaram nas cotações mundiais.
No entanto, as preocupações persistentes sobre uma perspectiva de oferta global mais restritiva na temporada 2023/24 recentemente iniciada, juntamente com atrasos nos embarques do Brasil devido a restrições logísticas, limitaram as descidas dos preços mundiais do açúcar.