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A força da economia dos EUA e o mercado de trabalho ainda apertado podem justificar novos aumentos da taxa de juros pelo banco central, disse o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, nesta quinta-feira, em comentários que pareciam contrariar expectativas do mercado de que os aumentos das taxas do banco central dos EUA tenham chegado ao fim.
“Estamos atentos aos dados recentes que mostram a resiliência do crescimento econômico e da demanda por mão de obra. Evidências adicionais de crescimento persistentemente acima da tendência, ou de que o aperto no mercado de trabalho não está mais diminuindo, podem colocar em risco o progresso da inflação e justificar um novo aperto da política monetária”, disse Powell em comentários ao Clube Econômico de Nova York.
Para que a inflação retorne de forma duradoura à meta de 2% do Fed, “é provável que seja necessário um período de crescimento abaixo da tendência e um pouco mais de abrandamento nas condições do mercado de trabalho”, disse Powell.
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Assim, Powell reforçou que os dirigentes tomarão decisões sobre a extensão do reforço adicional da política, como novas altas de juros, e por quanto tempo a política permanecerá restritiva com “base na totalidade dos dados recebidos, na evolução das perspectivas e no equilíbrio dos riscos”.
“Uma série de incertezas, tanto antigas como novas, complicam a nossa tarefa de equilibrar o risco de apertar demasiado a política monetária com o risco de apertar demasiado pouco”, avalia Powell.
Em sua visão, “fazer muito pouco poderia permitir que a inflação acima da meta se consolidasse e, em última análise, exigir que a política monetária arrancasse da economia uma inflação mais persistente, com um custo elevado para o emprego”. Por outro lado, “fazer demasiado também pode causar danos desnecessários à economia”, afirma.
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Segundo ele, no momento, a orientação da política é restritiva, o que significa que está a exercendo pressão descendente sobre a atividade econômica e a inflação.
Dado o ritmo acelerado do aperto, ainda poderá haver efeito significativo para ser sentido, avalia.
(com Reuters e Estadão Conteúdo)