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Diante da alta dos juros nos Estados Unidos, que representa um desafio às economias emergentes, o diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse nesta terça-feira, 17, que o cenário externo vem sendo, desde agosto, predominante na precificação de ativos.
Na avaliação dele, o ceticismo do mercado quanto à promessa do governo de zerar o déficit primário, como previsto no Orçamento do ano que vem, parece já estar incorporado nos preços. Por outro lado, a situação das economias emergentes ficou mais difícil com os títulos públicos dos Estados Unidos, os treasuries, pagando 5,5% nos vencimentos curtos.
Para fins de política monetária, o canal de transmissão desse cenário internacional “bem mais desafiador”, em contraponto a um ambiente doméstico “mais benigno”, é o câmbio. Isso leva a uma preocupação, conforme pontuou Galípolo, sobre como o dólar vai afetar a política monetária.
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Ele considerou “difícil” a tentativa do Federal Reserve de puxar para baixo a ponta longa dos juros para, simultaneamente, não precisar subir a taxa de curto prazo.
Em relação aos efeitos do conflito entre Israel e Hamas na cotação tanto no petróleo quanto no câmbio – e por extensão na inflação -, Galípolo ressaltou que o momento é de aguardar os desdobramentos da guerra.
Dada a possibilidade de os Estados Unidos precisarem financiar mais gastos com o apoio militar a Israel, ele reconheceu, porém, que existe pressão para colocação de mais treasuries no mercado, o que, em tese, pressiona os juros norte-americanos para cima.
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