Inteligência artificial e 5G vão andar juntos para melhorar experiência do consumidor, diz executivo

'Casamento' de tecnologias vão criar novos serviços em áreas como saúde e mobilidade

Giovanna Sutto

(Getty Images)
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O hype em torno da inteligência artificial (IA) causa emoções diferentes: se há quem fique assustado com o que já é possível fazer nas interações com a tecnologia, outros vislumbram novas experiências. O que nenhum grupo pode negar é o potencial de transformação que a IA terá no cotidiano, o que será potencializado com o 5G.

“A inteligência artificial e o 5G vão andar juntos para melhorar a experiência do cliente”, afirmou Rodrigo Assad, diretor da BeOn, hub de inovação da Claro. O executivo participou de painel sobre inteligência artificial na terça-feira (3), no Futurecom 2023, evento de telecom realizado em São Paulo.

Em entrevista ao InfoMoney, chamou a atenção para os “edge data centers”, que já testam cases de IA e funcionam com 5G. “Mandamos as informações para o edge que as processa perto do cliente e conseguimos responder a uma demanda desse cliente muito mais rápido, como ter vários aparelhos conectados sem fricção para usá-los”, explica.

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Os edge data centers são centros de dados menores instalados fisicamente em locais estratégicos e, por isso, são capazes de entregar conteúdos diversos (como acesso a sites de streaming), para qualquer dispositivo móvel, em tempo real, ou com uma latência mínima.

Eles podem ser usados no âmbito do 5G, internet da coisas, na área da saúde, para veículos autonômos, só para exemplificar. “Com essa tecnologia em pleno funcionamento e IA estamos falando de casos de realidade aumentada, por exemplo, e um novo mundo em termos de experiência ao cliente”, diz o executivo.

Casos de uso em andamento

Assad também compartilha uma outra tendência que já pode ser observada: a inteligência artificial sendo utilizada no mercado de saúde. “Sobretudo com wearables [como relógio e anéis] para monitoramento de atividades e prevenção de algumas doenças”, afirma.

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Ele pondera que há um grande desafio quando se trata de administrar o volume de dados, além da cautela necessária para lidar com dados pessoais de clientes, sobretudo, de saúde.

“Tratar a massa de dados demora um pouco. Não se consegue de uma hora para outra. São processos. Temos alguns casos dentro de casa e estamos tratando deles com cuidado”, diz.

Regulação entre IA e ser humano

Artur Sabbat, diretor da ANPD (Autoridade Nacional de Proteção de Dados), que também participou da discussão, afirmou que, até 2026, cerca de US$ 300 bilhões serão investidos em inteligência artificial ao redor do mundo, a partir de dados estimados pela consultoria global IDC.

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“Por que tanto investimento? Há uma quantidade volumétrica de dados pessoais que serão usados para construir novos serviços. Essa discussão é tão importante que vários países do mundo começaram a criar regulações para inteligência artificial”, explica o diretor.

“Não é para regular as máquinas que vamos utilizar, mas a interação da IA e os potenciais riscos disso. A ANPD precisa proteger os dados pessoais e vamos trabalhar nessa direção”, complementa.

Giovanna Sutto

Repórter de Finanças do InfoMoney. Escreve matérias finanças pessoais, meios de pagamentos, carreira e economia. Formada pela Cásper Líbero com pós-graduação pelo Ibmec.