XP (XPBR31) tem vantagens frente à B3 (B3SA3) no curto prazo, segundo BBI; seguradoras contam com mais desafios

Recuperação de atividade de subscrição e melhores volumes de negociação beneficiarão XP no curso prazo

Camille Bocanegra

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Players de mercado de capitais são a principal aposta do Bradesco BBI entre as instituições financeiras não bancárias. Em relatório, o banco destacou que, entre os nomes sob sua cobertura do setor, a preferência relativa é para XP (XPBR31), no curto prazo, em relação à B3 (B3SA3).

“Durante os últimos meses, os investidores têm lidado com muita incerteza relacionada ao timing/magnitude dos cortes nas taxas de juros e ao ritmo da recuperação da atividade econômica, o que resulta em um ambiente muito desafiador para a seleção de ações”, explica o BBI.

Na análise, o banco destaca que o cenário econômico atual motiva a preferência por nomes do mercado de capitais e, por isso, a atualização de modelos com os resultados do segundo trimestre de 2023 evidenciaram que o melhor momento operacional da XP a torna a preferida em oposição à B3.

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Mercado de Capitais com melhor risco-recompensa

Investidores enfrentam muita incerteza no momento, de acordo com o banco, em razão tanto do timing quanto da magnitude dos cortes nas taxas de juros. Além disso, segundo o BBI, a estabilização das taxas após o ciclo de afrouxamento, unida ao ritmo de recuperação econômica, também trazem dúvidas.

“Nesse contexto, o nível de convicção na seleção de ações continua muito baixo na comunidade de investidores, e, portanto, preferimos favorecer exposição ao momentum dos lucros onde há maior visibilidade e, consequentemente, menos risco”, diz o BBI.

O setor tem se beneficiado da recuperação das atividades do mercado de capitais por alguns fatores, como os melhores volumes de negociação, maior apetite por risco por parte de investidores e recuperação das atividades de subscrição, entre outros pontos.

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Momento favorece XP

O aumento de atividade favorece especialmente a XP, que se apresenta com “bom momentum de lucros pela frente”. A B3, por sua vez, apesar de também apresentar potencial de alta, de acordo com o BBI, tem tendência mais cíclica e depende mais do segmento de ações e derivativos, apresentando maiores riscos.

Ainda assim, o banco classifica o papel da XP como neutro, com preço-alvo revisado para cima, de US$ 17,00 para US$ 27,00 – sua cotação atual é de US$ 25,22.

A B3 é vista como outperform (performance acima do índice de referência, equivalente à compra), com revisão de meta de preço mais discreta, de R$ 17,00 para R$ 18,00. O nome fechou a sessão de ontem cotado a R$ 13,16, o que representaria um potencial de valorização de 1,93%.

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Setor de seguros defensivo

A queda de juros deve tornar o cenário ainda mais desafiador para o setor de seguros, de acordo com o relatório. O banco enxerga o segmento como “defensivo” e entende que as adversidades podem aumentar no curto prazo.

Entre os nomes do setor sob a cobertura do BBI, estão BB Seguridade (BBSE3) e Caixa Seguridade (CXSE3). Ambos estão classificados como “neutros” pelo banco, mas passaram por discretas alterações nas metas de preço para 2024.

Anteriormente, o BB Seguridade tinha preço-alvo de R$ 36,00 por ação e foi elevado para R$ 37,00. O papel fechou a sessão, desta terça, negociado a R$ 31,95.

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Já para Caixa Seguridade, a meta de preço foi elevada de R$ 9,00 para R$ 10,00, valor abaixo da cotação no fechamento do pregão desta terça, aos R$ 11,34.

Adquirência

Para o setor de adquirência (responsável por intermediar pagamentos com cartão de crédito e débito), a visão de desafios à frente também está presente. O BBI entende que há desaceleração do TPV (volume total processado) e que a concorrência do setor deve aumentar nos próximos tempos.

“Os players que dependem mais da recuperação da economia real – ou seja, melhora nas vendas no varejo, maior apetite por risco para empréstimos e queda na alavancagem dos consumidores, o que deve impulsionar a retomada do crescimento do TPV – ainda enfrentam desafios”, analisa o banco.

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Entre os nomes sob sua cobertura, estão Stone (STOC31), Inter (INBR31) e PagSeguro (PAGS34). Para os dois primeiros, a classificação é underperform (desempenho esperado abaixo do índice de referência, equivalente à venda) e para PagSeguro, a visão é neutra.

O preço-alvo para Inter foi revisado e passou de US$ 2,5 por ação para US$ 3,4. O papel fechou a sessão de ontem negociado a US$ 4,27, na cotação atual.

Para Stone e PagSeguro, houve manutenção da meta, com ambos com preço-alvo de US$ 9.00. As ações da Stone eram negociadas ontem a US$ 11,54, enquanto os papéis da PagSeguro terminaram o dia cotado a US$ 1,80.

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