Braskem (BRKM5): ações chegam a cair 6% após UBS BB rebaixar recomendação para venda, mas amenizam e fecham quase estáveis

Banco suíço citou principalmente o recuo dos preços dos produtos comercializados pela empresa para justificar revisão

Vitor Azevedo

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Em um dia positivo para o Ibovespa, as ações preferenciais série A da Braskem (BRKM5) chegaram a ficar entre as maiores quedas do índice, mas amenizaram as perdas ao longo do pregão. As ações caíram apenas 0,31%, a R$ 22,52, após chegarem a ter baixa de 6,02%, a R$ 21,23, na mínima do dia.

O movimento de baixa ocorre após o UBS BB rebaixar a recomendação dos papéis para venda. Fora isso, a casa também reduziu o preço-alvo de R$ 26 para R$ 20, downside de cerca de 6% frente o fechamento da véspera.

Como justificativa maior para a decisão, o time do banco suíço, liderado por Luiz Carvalho, cita os “fundamentos” do setor petroquímico.

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“No início de 2023, acreditávamos que a indústria havia atingido o fundo do poço no quarto trimestre de 2022, enquanto a CMA [Associação dos Fabricantes de Produtos Químicos dos EUA] previa um aumento gradual e sequencial ao longo do ano, o que nos levou a ser um pouco mais construtivos no caso da Braskem. No entanto, desde o início de fevereiro, houve uma deterioração significativa na perspectiva do spread principal, com uma reviravolta inesperada para o segundo semestre e 2024”, fala o UBS BB.

A previsão para os spreads da companhia está agora de 20 a 30% abaixo das expectativas anteriores, com potencial para revisões em baixa dos lucros consensuais, a depender da entrada de novas capacidades do lado da oferta.

No polietileno de nafta, os preços devem ficar entre US$ 250 e US$ 270 toneladas no próximo ano, 50 a 60% abaixo da média histórica. No polietileno de etanol, os preços devem ficar de US$ 650 a US$ 700, 20% a 30% abaixo da média, e no propileno, a tonelada deve ficar em US$ 441, 30% abaixo da média.

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Ao mesmo tempo, os especialistas mencionam que um possível acordo no que tange ao imbróglio sobre a venda de fatia da Braskem pela Novonor – a antiga Odebrecht vem tentando se desfazer da sua posição na empresa – fica mais longe. O mau momento de mercado acaba jogando as ações para baixo, tornando uma transação menos interessante aos acionistas.

Se não fosse o suficiente, problemas políticos e a questão de Alagoas também atrapalham, este último referente ao colapso do solo em Maceió, que obrigou cerca de 50 mil pessoas a deixar suas casas em 2018 e que demanda negociações de acordos pela companhia.

“Esperamos com isso que as ações sejam negociadas em linha com os fundamentos e rebaixamos para venda”, explicam.

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