Light mantém esforço para reforçar caixa sem descuidar da segurança do sistema, diz CEO

Em recuperação judicial há três meses, companhia aumentou fluxo de caixa em R$ 87 milhões em relação a igual período de 2022

Lucinda Pinto

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Os esforços da Light para conter a perda de caixa foi o ponto mais destacado durante a teleconferência sobre o balanço relativo ao segundo trimestre. Segundo o CEO da companhia, Octavio Pereira Lopes, a nova gestão da empresa, em recuperação judicial há três meses, tem priorizado a contenção de consumo de caixa da distribuidora, o que envolve uma estratégia de investimento voltada a combater  perdas.

Segundo a empresa, o Totex (soma do Capex e o PMSO) caiu 30% no primeiro trimestre. Já o fluxo de caixa em R$ 87 milhões em relação a igual período de 2022. No semestre, a empresa teve um fluxo de caixa positivo em R$ 230 milhões, enquanto, nos seis primeiros meses do ano passado, a empresa havia reportado um consumo de caixa da ordem de R$ 59 milhões.

profissionais da Light em ação
(Divulgação)

Para isso, a Light reduziu investimento e descontinuou medidas que trariam retornos apenas no longo prazo, diz Lopes.  “A companhia consegue maximizar o fluxo de caixa no curto prazo com ótimos indicadores operacionais, sem abrir mão da segurança do sistema”, afirmou. Segundo ele, a nova gestão tem perseguido o objetivo de atender às metas de qualidade impostas pela Aneel e aos clientes, ao mesmo tempo em que combate o desequilíbrio financeiro, priorizando iniciativas de curto prazo.

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A teleconferência da Light durou exatos 13 minutos. Ao final, não surgiram perguntas dos analistas.

O Ebitda da Light ficou em  R$ 424 milhões no trimestre, uma queda de 31% ante igual período de 2022. O resultado ficou 21% abaixo da expectativa de mercado. Segundo o Morgan Stanley, as perdas de energia maiores do que o previsto explicam esse resultado mais fraco. Por outro lado, o lucro líquido, de R$ 109 milhões, superou as estimativas em função de resultados financeiros mais favoráveis,  impulsionados principalmente pela variação cambial positiva, atualização de ativos financeiros setoriais e créditos de PIS/Cofins.

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Lucinda Pinto

Editora-assistente do Broadcast, da Agência Estado por 11 anos. Em 2010, foi para o Valor Econômico, onde ocupou as funções de editora assistente de Finanças, editora do Valor PRO e repórter especial.