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A Marisa (AMAR3) vem, desde fevereiro, passando por um momento difícil que envolve mudança da diretoria, reestruturação financeira e reestruturação operacional. O resultado do segundo trimestre trouxe impactos dessa mudança – que de acordo com os executivos da companhia não são necessariamente “fáceis de entender” e que estão dentro do esperado para o momento.
A receita líquida da Marisa, por exemplo, ficou em R$ 555,1 milhões, queda de 25% na comparação anual. Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês), espécie de lucro operacional, ficou negativo em R$ 36,7 milhões, ante saldo positivo de R$ 11 milhões no segundo trimestre de 2022.
Os diretores, no entanto, defendem que alguns números podem ser vistos como positivos em meio à reestruturação pelo qual a empresa passa.
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Segundo eles, o balanço do segundo trimestre veio muito impactado, por exemplo, pelo fechamento das lojas, que trazem custos como com a rescisão de contratos com funcionários. Fora isso, eles também destacaram a performance do digital, que pela primeira vez trouxe um Ebitda positivo.
Até agora, em 2023, a varejista de moda aponta ter fechado 88 lojas. Além disso, dos 8 mil colaboradores do início do ano, cerca de 25% foram demitidos, liberando redução de custo de R$ 12 milhões. Acrescentando renegociações com fornecedores, a redução de despesas projetada deve ser de mais de R$ 35 milhões.
O esperado pela Marisa é que todas as decisões somem, no próximo ano, um incremento de R$ 100 milhões ao Ebitda.
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“Somos uma nova companhia. Em comparação a 2022, trazemos resultados inferiores. Dentro do plano, no entanto, estamos avançando”, defendeu a diretora financeira (CFO), Roberta Leal, na teleconferência de resultados feita nesta quinta, ao mencionar o recuo da receita e do Ebitda.
Após o fechamento das lojas, os diretores da Marisa defendem que o foco agora é focar na rentabilidade de cada unidade, estudando a particularidade de cada uma.
No Mbank, onde a empresa também teve problemas, a tendência é a mesma. “Temos como foco principal primeiro reduzir custos no MBank, que está ao nosso alcance, depois melhorar a eficiência”, disse.
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No segundo trimestre, o braço financeiro da Marisa teve uma redução de 50% no saldo de contas a receber, com restrição de crédito. A inadimplência, contudo, continua elevada, em 43,5% no private label e 59% no crédito pessoal.
“Nossa carteira de crédito está em redução controlada, buscando melhorar a margem de contribuição do private label. estamos focando na redução de inadimplência. No primeiro semestre, reduzimos a nossa exposição”, falou Alexandre Abreu de Andrade, diretor de operações.
Fora isso, os diretores afirmaram que a Marisa fará, em agosto, outra injeção de capital de R$ 30 milhões no Mbank – dessa vez com capital próprio. Em abril, os controladores da empresa, a Família Goldfarb, já havia injetado R$ 90 milhões.
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“Banco tem sido fonte de preocupação. Hoje, no entanto, está apresentando redução de perdas líquidas e de despesas. Tivemos de lidar com uma situação delicada”, falou o diretor executivo (CEO) João Pinheiro Nogueira Batista. “Conseguimos, em conjunto com o Banco Central, estruturar um plano de recuperação, que está sendo tocado com seriedade e eficiência”.
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