Dólar cai 0,47% e vai a R$ 4,78 com fluxo de recursos, na contramão do exterior

Na semana, a moeda norte-americana acumulou queda de 0,30%.

Reuters

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O dólar comercial fechou a sexta-feira em queda ante o real em meio a um movimento de venda da moeda norte-americana por exportadores e a um fluxo de recursos, enquanto no exterior a divisa dos EUA se mantinha em alta ante a maior parte das demais.

O dólar à vista fechou o dia cotado a R$ 4,780 na compra e R$ 4,781 na venda, com baixa de 0,47%. Na semana, a moeda norte-americana acumulou queda de 0,30%.

Na B3, às 17h15 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,46%, a R$ 4,7855.

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No início do dia, o dólar comercial chegou a marcar a máxima de R$ 4,8261 (+0,51%), dando continuidade ao movimento da véspera e se mantendo em sintonia com o exterior, onde o sinal também era positivo.

Com a moeda na faixa dos R$ 4,82, no entanto, exportadores aproveitaram para vender divisas, o que pesou sobre as cotações. Além disso, conforme um profissional ouvido pela Reuters, investidores estrangeiros internalizaram recursos, o que reforçou o viés negativo para a moeda norte-americana.

O dólar comercial marcou a mínima a R$ 4,762.

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“O Brasil ainda mantém um carrego elevado de juros, que tende a manter o fluxo positivo de dólares. Temos visto uma boa entrada de fluxo investidor estrangeiro há alguns dias, porque o carrego do real ainda é muito bom”, comentou Luiz Felipe Bazzo, CEO do Transferbank.

“Enquanto o juro do Brasil não estiver em baixa, enquanto a Selic não estiver em um dígito, o que não deve acontecer tão cedo, tem uma janela boa para ficar apostado em real, e a cabeça do estrangeiro é essa”, acrescentou.

A sexta-feira foi de agenda esvaziada no exterior e no Brasil, o que deixou os mercados sem fatos novos para operar. Por aqui, o Ministério do Planejamento e Orçamento e o Ministério da Fazenda divulgaram o relatório bimestral de receitas e despesas, com as novas projeções para a área fiscal em 2023.

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O governo passou a projetar déficit primário de R$ 145,4 bilhões este ano, o equivalente a 1,4% do Produto Interno Bruto (PIB), resultado pior que os R$ 136,2 bilhões de rombo previstos em maio.

Apesar do resultado, o secretário de Orçamento Federal, Paulo Bijos, pontuou durante entrevista coletiva sobre os números que a meta fiscal autorizada na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2023 é de um déficit de R$ 238 bilhões e que o governo se mantém abaixo dela.

Os números não fizeram preço no mercado de câmbio.

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No exterior, no fim da tarde o dólar se mantinha em alta ante as moedas fortes e em relação à maior parte das divisas de países exportadores de commodities ou emergentes. O real brasileiro era uma exceção.

Às 17h15 (de Brasília), o índice do dólar –que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas– subia 0,28%, a 101,050.

Pela manhã, o BC vendeu todos os 16.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados na rolagem dos vencimentos de setembro.

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