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O diretor financeiro da Petrobras (PETR3;PETR4), Sergio Caetano Leite, disse nesta quarta-feira que a companhia deve deliberar os dividendos do segundo trimestre já com base em uma nova regra.
Em café com jornalistas, ele afirmou ainda que o estudo sobre a nova política deve ser concluído até o fim do mês, e que os dividendos da Petrobras serão “como de empresas congêneres”, ou pares no setor.
Os mercados estão monitorando de perto como será a nova política depois que a gigante do petróleo pagou dividendos abundantes no ano passado, superando até os maiores produtores internacionais de petróleo.
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“Houve mudança de gestão e direcionamento, empresa estava preparada para ser vendida. Já que a decisão era vender, era interessante pagar muito dividendo…. se mostrar rentável e atrativa para que alguém viesse para fazer proposta”, disse o diretor financeiro.
“Com a nova gestão… e preocupação com o futuro da companhia, aliado com todo rumor que esse tema de dividendo causa, conselho de administração decidiu que deveria ser feito estudo”, acrescentou.
A companhia prepara, também, uma política de recompra de ações que, à frente, deve substituir uma fatia do que até aqui estava separado para proventos. A este respeito, Caetano Leite se limitou a dizer que a diretoria deve aconselhar uma política de recompra também em linha com a de empresas do mesmo porte.
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No ano passado, empresas como Shell, BP e TotalEnergies fizeram mais de um anúncio significativo de recompra de papéis. Segundo fontes ouvidas pelo Broadcast, a diretoria da Petrobras também quer fazer disso uma rotina.
Questionado pelo Broadcast, Caetano Leite disse que ainda não está claro se vai haver um primeiro anúncio de recompra já em agosto.
De acordo com a agência, a Petrobras se prepara para distribuir dividendos em porcentual do fluxo de caixa livre menor que o das gestões anteriores, mas, ainda assim, bem acima do mínimo legal de 25%. O executivo disse não haver um porcentual definido, muito embora os bancos esperem algo em torno de 40% ou mais.
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O presidente-executivo Jean Paul Prates disse à Reuters no início desta semana que os investidores não devem se acostumar com os dividendos que desfrutaram no ano passado, dizendo que a nova política seria “ajustada” à realidade de uma empresa que investe no futuro.
Analistas do Santander, que têm classificação “outperform” na Petrobras, disseram em nota aos clientes na segunda-feira que assumem que os dividendos da empresa serão 40% do fluxo de caixa livre a partir do segundo trimestre, abaixo dos atuais 60%.
Os analistas do Goldman Sachs disseram em nota separada que também modelam uma política de dividendos de 40% do fluxo de caixa das atividades operacionais, enquanto os principais produtores de petróleo devem alocar de 40% a 50% na remuneração dos acionistas nos próximos anos.
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(com Reuters e Estadão Conteúdo)
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