Menos burocracia na exportação de carne de frango do Brasil ao Reino Unido

Britânicos também aceitam modelo de regionalização sanitária para o caso de ocorrência de gripe aviária em granjas comerciais

Fernando Lopes

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O Ministério da Agricultura informou que as autoridades sanitárias do Reino Unido restabeleceram um sistema de habilitação que agiliza a autorização para que plantas produtoras de carne de frango do Brasil exportem seus produtos para aquele mercado.

Com o sistema, chamado de “pre-listing”, as empresas interessadas em exportar podem receber o sinal verde do próprio ministério brasileiro, sem a necessidade do aval de missões técnicas enviadas pelos britânicos. Tais missões concentrarão esforços em avaliar como um todo o sistema de inspeção do Ministério da Agricultura.

Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que representa empresas como BRF (BRFS3), Seara (controlada pela JBS (JBSS3)) e Aurora, a medida desburocratiza o processo de habilitação e demonstra “elevada confiança das autoridades do Reino Unido no sistema de inspeção brasileiro”.

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No primeiro semestre deste ano, os embarques de carne de frango do Brasil ao Reino Unido, somando-se vendas dentro e fora da cota estabelecida para os exportadores brasileiros (96,5 mil toneladas por ano), somaram 53,3 mil toneladas e renderam US$ 166,3 milhões. No total, as exportações de carne de frango do país alcançaram 2,6 milhões de toneladas, que geraram receita de US$ 5,2 bilhões.

Gripe aviária

A ABPA destaca que o Reino Unido também aceitou seguir o modelo de regionalização sanitária se casos de gripe aviária forem registrados em granjas comerciais brasileiras. Assim, vendas de cortes produzidos em áreas sem ocorrência da doença poderão continuar sendo escoadas para aquele mercado.

Ainda não houve casos de influenza em granjas comerciais no Brasil. Das mais de 60 ocorrências confirmadas no país, duas foram em aves de subsistência e as demais em aves migratórias.

Fernando Lopes

Cobriu o setor de energia e foi editor do semanário Gazeta Mercantil Latino-Americana até 2000. Foi editor de Agro no Valor Econômico até fevereiro de 2023.