PMI de serviços da Alemanha cai a 54,1 em junho e confirma projeções, diz S&P Global

PMI composto alemão, que engloba serviços e indústria, caiu de 53,9 a 50,6 no mesmo período, o menor patamar em cinco meses

Estadão Conteúdo

Bandeira da Alemanha (Foto: Getty Images)
Bandeira da Alemanha (Foto: Getty Images)

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O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) de serviços da Alemanha caiu de 57,2 em maio para 54,1 em junho, atingindo o menor nível em três meses, segundo pesquisa final divulgada nesta quarta-feira (5) pela S&P Global, em parceria com o banco HCOB A leitura definitiva de junho confirmou a estimativa preliminar e também veio em linha com a projeção de analistas, segundo o consenso Refinitiv.

Já o PMI composto alemão, que engloba serviços e indústria, caiu de 53,9 a 50,6 no mesmo período, tocando o menor patamar em cinco meses. Originalmente, o PMI composto havia sido estimado em 50,8.

Apesar das quedas, os resultados acima da marca de 50 indicam que a atividade econômica alemã segue se expandindo, mas em ritmo mais contido.

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Cyrus de la Rubia, economista-chefe do HCOB comentou em nota que que este pode ter sido o ponto de virada no setor de serviços. “Depois que o índice de atividade aumentou nos primeiros cinco meses do ano, sinalizando uma aceleração sustentada do crescimento, o ritmo de expansão está abrandando. Paralelamente, o crescimento de novos negócios também abrandou”, disse.

Para ele, essa evolução não surpreende, pois a perda de dinamismo na França, Itália e Espanha já havia começado um mês antes. “Também era inevitável que a queda da demanda no setor manufatureiro, iniciada em meados do ano passado, tivesse que deixar sua marca no setor de serviços em algum momento”, afirmou

“A Alemanha provavelmente escapará de uma continuação da recessão que se instalou durante o quarto trimestre do ano passado. Isso pode ser deduzido do PMI composto, que em média sinalizou crescimento sólido na economia como um todo no segundo trimestre. Mas em junho ficou apenas um pouco acima do limite de expansão. No entanto, o risco de a economia voltar a cair em recessão na segunda metade do ano aumentou”, alertou.

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(Com Dow Jones Newswires)