Azul (AZUL4) reduz prejuízo ajustado em 10% no primeiro trimestre, para R$ 727,6 milhões

Sem ajustes, o prejuízo líquido foi de R$ 322,2 milhões no 1T23, revertendo lucro líquido de R$ 2,658 bilhões de um ano antes

Felipe Moreira

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A Azul (AZUL4) registrou baixa de 10% no prejuízo líquido ajustado no primeiro trimestre de 2023 em relação a igual período do ano passado, saindo de R$ 808,4 milhões para R$ 727,6 milhões, informou a companhia aérea nesta manhã de segunda-feira (15).

Sem ajustes, o prejuízo líquido foi de R$ 322,2 milhões no 1T23, revertendo lucro líquido de R$ 2,658 bilhões de um ano antes.

O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) foi de R$ 1,030 bilhão, alta anual de 73,8%. Isso levou a uma alta da margem Ebitda de 4,4 p.p. (pontos percentuais), para 23%.

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A receita líquida somou R$ 4,478 bilhões no primeiro trimestre deste ano, crescimento de 40% na comparação com igual etapa de 2022 e em linha com a expectativa de analistas consultados pela Refinitiv.

O custo operacional dividido pelo total de assentos-quilômetro oferecidos (CASK) no 1T23 foi de R$ 37,19, 8% acima do 1T22, principalmente devido ao aumento de 23,6% no preço dos combustíveis. O CASK excluindo combustível aumentou 1,7%, especialmente devido às nossas iniciativas de redução de custos e ganhos de produtividade.

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A Azul registrou despesas operacionais de R$ 4,0 bilhões em comparação com R$ 3,1 bilhões no 1T22, um aumento de 28,6%, principalmente devido aos preços dos combustíveis 23,6% maiores, além do aumento de capacidade de 19,1%, parcialmente compensado por menor queima de combustível, maior produtividade dos funcionários e iniciativas de redução de custos.

O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 784,6 milhões no primeiro trimestre de 2023 revertendo ganhos financeiros de R$ 2,588 bilhões da mesma etapa de 2022.

Em 31 de março de 2023, a Azul tinha uma frota operacional de 182 aeronaves e uma frota contratual de 194 aeronaves, com uma idade média de 7,2 anos, excluindo as aeronaves Cessna.

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Liquidez e endividamento da Azul

A liquidez imediata da Azul encerrou o trimestre em R$1,8 bilhão. As entradas de caixa operacional superaram as saídas em mais de R$ 1,4 bilhão, e a companhia continuou com seu processo de desalavancagem com cerca de R$ 1,0 bilhão em amortizações de dívidas, pagamentos de arrendamentos recorrentes e diferidos durante a COVID-19, e R$ 765,5 milhões em pagamento de financiamento da cadeia de suprimentos.

A dívida bruta reduziu R$ 194,5 milhões no trimestre para R$ 21,6 bilhões. Excluindo a entrada de novas aeronaves na nossa frota, a dívida reduziu R$ 378,3 milhões. A alavancagem, medida como dívida líquida em relação ao Ebitda, diminuiu 0,5 vez, de 5,7 vezes no 4T22 para 5,2 vezes no 1T23.

Projeções

A Azul espera aumentar a capacidade em aproximadamente 14% em 2023 em comparação com 2022.

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A companhia estima Ebitda de 2023 em torno de R$ 5,5 bilhões, “dadas as suas expectativas de crescimento, aumento de RASK, maior produtividade e preços de combustível mais favoráveis”, diz relatório.

A Azul também projeta alavancagem ao redor de 3,5 vezes ao fim de 2023 e 3 vezes ao fim de 2024.

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