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A Eternit (ETER3), em recuperação judicial, registrou lucro líquido de R$ 22 milhões no primeiro trimestre de 2023, uma queda de 48% na base de comparação anual (1T22), ainda que com um avanço de 56,8% frente o 4T22. Já o lucro recorrente foi de R$ 23,137 milhões, queda anual de 27,3%.
A receita líquida, por sua vez, foi de R$ 296,38 milhões, um avanço anual de 14,1%.
O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) recorrente foi de R$ 42,394 milhões, queda anual de 12,5%. Isso levou a uma queda da margem Ebitda recorrente de 5 p.p. (pontos percentuais), para 14%.
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A companhia reportou crescimento no volume de vendas no segmento de fibrocimento, culminando com um volume vendido no 1T23 de 164 mil toneladas, crescimento de 4% frente ao 1T22, e pela performance das exportações de crisotila, que registrou um aumento de 14% em relação ao mesmo período de 2022.
O segmento de sistemas construtivos, que engloba placas e painéis cimentícios, registrou um volume de vendas de cerca de 4,1 mil toneladas, um recuo de 11% em relação ao 1T22, apesar da recuperação de 10% frente ao 4T22, destacou.
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O projeto greenfield da nova unidade de telhas de fibrocimento em Caucaia-CE prossegue com as atividades de implantação, com previsão de início de operação no segundo semestre de 2023. A capacidade inicial da unidade é de 6,5 mil toneladas por mês, com investimento total estimado em R$ 165 milhões, dos quais cerca de R$ 81 milhões já desembolsados.
Dando sequência ao desenvolvimento da tecnologia das telhas solares, no 1T23, a Eternit registrou vendas de 42 kWp das telhas solares de concreto e avançou na implantação de projetos-piloto para a telha solar de fibrocimento, inclusive, com o início da instalação de um gerador fotovoltaico com potência de 300 kWp em sua nova fábrica de fibrocimento localizada no Ceará.
No âmbito do Plano de Recuperação Judicial, a empresa realizou pagamentos no montante de R$ 1,8 milhão aos credores concursais da classe II e III. Assim, no fechamento de março de 2023, a dívida concursal da Eternit totalizou cerca de R$ 38 milhões, dos quais cerca de R$ 32 milhões se referem ao empréstimo contratado junto ao Banco da Amazônia para implantação da unidade de Manaus, responsável pela produção da fibra de polipropileno.
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“Para o encerramento da Recuperação Judicial, a empresa informou que aguarda o desfecho do julgamento dos embargos de divergência interpostos perante o STJ, visando o restabelecimento das condições de pagamento dos credores trabalhistas previstas no Plano aprovado em assembleia de credores”, destacou a companhia.
A Eternit também destacou que seu Conselho de Administração aprovou em reunião o pagamento de juros sobre o capital próprio (JCP) relativo aos resultados do 1T23 no montante de R$ 4,81 milhões, representando a remuneração bruta de
R$ 0,0779841 por ação, com pagamento previsto para 29 de setembro.
A data “ex-provento” é segunda-feira (15); ou seja, os acionistas com posição no papel na sexta-feira (12) terão direito ao JCP.
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