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A Energisa (ENGI11) venceu nesta sexta-feira (31) o leilão de privatização da Companhia de Distribuição de Gás do Espírito Santo (ESGás), ao fazer uma oferta de R$ 1,423 bilhão, um ágio de 7,28% frente ao valor mínimo de outorga fixa de 1,326 bilhão.
O grupo, que tem sua atuação hoje concentrada no setor de energia elétrica, disputou a compra do controle da distribuidora de gás com a GR RJ 010.
A ESGás é uma sociedade de economia mista. O Estado do Espírito Santo vendeu a totalidade de sua participação, de 51% do capital votante. Os 49% restantes estão em posse da Vibra Energia (VBBR3). No processo, foi alienada a totalidade das ações da companhia.
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A concessionária é responsável pela distribuição do gás natural canalizado a mais de 60 mil unidades consumidoras do Espírito Santo, atuando nos segmentos residencial, comercial, industrial, automotivo, de climatização e cogeração e termoelétrico.
Após o leilão, as ações VBBR3 fecharam em alta de 1,55%, a R$ 14,41, e os ativos ENGI11 tiveram ganhos de 0,63%, a R$ 40,18, em um dia de queda de 1,77% do Ibovespa.
Segundo o Credit Suisse, a notícia é positiva para a Vibra, uma vez que o desinvestimento fornece caixa extraordinário e reduz a alavancagem.
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O Bradesco BBI também vai nessa linha e aponta que, embora estrategicamente a ESGás esteja alinhada com a transição energética, a venda desse ativo faz sentido para a Vibra, pois a empresa já fez investimentos significativos de transição na COMERC e na ZEG Biogás. A ESGás tornou-se um ativo secundário e, dada a atual alavancagem da Vibra de aproximadamente 2,6 vezes a dívida líquida/Ebitda e as altas taxas de juros brasileiras, o momento da venda faz sentido.
A Vibra detém 49% das ações com direito a voto da ES Gás, mas 60% do capital e, portanto, o valor recebido da Vibra será de R$ 853 milhões. Se aplicar um imposto de 34% sobre o ganho de capital da Vibra de R$ 429 milhões, dado que a participação da Vibra na ES Gás foi contabilizada em R$ 424 milhões, a entrada líquida de caixa da Vibra será de R$ 707 milhões (R$ 0,63 por ação).
“Esperamos que todo ou parte desse valor seja usado para desalavancagem. Após o desinvestimento, a dívida líquida da Vibra cairia para R$ 13,022 bilhões, de R$ 13.729 bilhões, enquanto a alavancagem cairia para 2,5 vezes, de 2,6 vezes no 4T22. Isso não deve ser suficiente para a Vibra aumentar o pagamento de dividendos, mas é um passo na direção da desalavancagem e aumento da remuneração dos acionistas”, apontam os analistas do BBI.
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(com Reuters)
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