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As ações das empresas que divulgaram resultado na noite da véspera, além de JBS (JBSS3), registraram fortes reações na sessão desta quarta-feira (22) aos balanços, com destaque para a alta muito expressiva de Positivo (POSI3) e a forte baixa das ações da Vibra (VBBR3). POSI3, depois de chegar a subir mais de 20% no intraday, fechou com ganhos de 13,51%, a R$ 7,48, enquanto VBBR3 caiu 6,46%, a R$ 13,33.
Outras companhias reagiram aos balanços, com queda no caso de HBR (HBRE3, R$ 4,02, -2,66%) e outras (a maioria) com alta, como CSU (CSUD3, R$ 9,94, +4,52%), Copasa (CSMG3, R$ 16,06, +5,17%), Allied (ALLD3, R$ 4,80, +3,23%), Copel (CPLE6, R$ 6,66, +1,22%) e Santos Brasil (STBP3, R$ 7,76, +4,16%).
Já Hidrovias do Brasil (HBSA3, R$ 2,02, +5,76%) e Taurus (TASA4, R$ 14,67, +1,73%) fecharam com ganhos após uma sessão volátil. TASA4 chegou a cair 6,03% na mínima e subir 5,62% na máxima do dia, enquanto HBSA3 operou próxima à estabilidade até o começo da tarde e depois chegou a subir 10,99% na máxima da sessão.
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Confira a análise dos principais resultados do dia:
Positivo (POSI3)
A Positivo Tecnologia reportou lucro líquido de R$ 136,9 milhões no quarto trimestre de 2022. O valor representa alta de 227,1% ante igual intervalo de 2021. Entre janeiro e dezembro, a cifra alcançou R$ 306 milhões, subindo 51% em relação ao acumulado do ano anterior e 76% na base ajustada.
Entre outubro e dezembro do ano passado, o Ebitda somou R$ 241,5 milhões, avanço anual de 161,8%. O resultado foi impulsionado pelos projetos de maior complexidade com margens elevadas, assim como as vendas de commercial, segmento que engloba vendas para empresas e instituições públicas. Nesse cenário, a margem Ebitda saltou 10,5 pontos porcentuais ante um ano antes, para 19,1%.
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O segmento commercial e projetos especiais também impulsionaram a receita líquida. No trimestre, a cifra somou R$ 1,074 bilhão, 17,9% acima do resultado reportado no mesmo intervalo do ano anterior. No acumulado de 2022, a receita líquida ficou em R$ 4,993 bilhões, alta anual de 48,4%.
Conforme destaca a XP, a empresa reportou boa dinâmica operacional no 4º trimestre, ainda que ofuscada pela deterioração no capital de giro e tímido guidance. A empresa continua a se beneficiar de sua crescente diversificação, compensando a desaceleração do segmento de consumo.
A receita líquida ficou em linha com a estimativa da casa, entregando um forte crescimento. “Surpreendentemente, a empresa reportou uma margem Ebitda ajustada de 19,1%, 7,1 pontos percentuais acima das nossas estimativas, dada a entrega de projetos de margem alta para instituições públicas que foram adiados ao longo do ano”, avalia.
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Contudo, os analistas veem a relação dívida líquida sobre Ebitda de 1,6 vez como ainda uma preocupação, juntamente com a deterioração do capital de giro. A XP segue com recomendação de compra e o preço-alvo de R$ 16 por ação para o final de 2023 para POSI3.
O Bradesco BBI também tem recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra) para as ações POSI3, com preço-alvo de R$ 12 (ou potencial de valorização de 82% frente o fechamento da véspera).
Os analistas do banco ressaltam que a principal surpresa positiva veio das receitas de projetos especiais, que aumentaram significativamente de R$ 55,5 milhões para R$ 168 milhões. A empresa também divulgou projeções para receita bruta em 2023 entre R$ 5,5-6,5 bilhões.
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“Acreditamos que o mercado deve receber um forte 4T22 e um guidance de receitas para 2023, que deve ser positivo para as ações da companhia”, avaliou o BBI, em relatório antes da abertura do mercado.
Vibra (VBBR3)
A Vibra (VBBR3) registrou um lucro líquido de R$ 566 milhões no quarto trimestre de 2022 (4T22), uma retração de 44,8% sobre a mesma etapa de 2021. O Ebitda ajustado totalizou R$ 1,581 bilhão no 4T22, um recuo de 1,1% em relação ao 4T21.
De acordo com o Credit Suisse, o resultado da Vibra e do setor tem se tornado cada vez mais difícil de sair com uma leitura clara.
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Os números do trimestre indicam um leitura inicial de Ebitda forte, mas com um Ebitda ajustado que fica abaixo das estimativas, avalia. “O Ebitda recorrente parece encorajador com um lucro líquido superando as estimativas, mas repleto de não recorrentes”, apontam os analistas.
“Na nossa opinião, a leitura dos sinais ‘mistos’ deve ser recebida pelo mercado como negativa, mas nosso time está com uma cabeça mais construtiva e tem dado um peso mais relevante para a geração de caixa e Ebitda recorrente como um proxy para os resultados futuros”, afirma o Credit.
O Morgan Stanley vê o resultado como fraco. “A esse ponto, o 4T22 está muito distante à medida que nos aproximamos do fechamento do 1T23, mas os resultados decepcionaram em um trimestre em que o gerenciamento de estoque e o hedge produziu uma pressão de margem significativa. Com a menor volatilidade do preço do combustível à frente, esperamos que as vantagens competitivas da Vibra sejam mais claras”, avaliam os analistas.
O banco destaca que a marcação a mercado dos estoques devido à redução do preço do combustível no final do ano e o aumento da posição de importação da empresa em um trimestre de importante descasamento de preços geraram um efeito negativo de R$ 75 o metro cúbico (m3) no Ebitda.
Os fluxos de caixa foram mais fracos do que o esperado pelo Morgan, pois a empresa ajustou sua estratégia de capital de giro no trimestre. A Vibra entregou um fluxo de caixa livre (FCF) negativo de R$ 147 milhões após os juros, em comparação com a expectativa de um FCF positivo de R$ 2,5 bilhões do Morgan.
O Morgan, contudo, segue com recomendação overweight (exposição acima da média, equivalente à compra) para a ação por conta do valuation e destacando que a Vibra segue executando sua recuperação desde seu IPO, permitindo-lhe entregar margens superiores em relação aos pares na maioria das vezes. “Também achamos que as ações poderiam mais uma vez fornecer uma proposta atraente de remuneração ao acionista, uma vez que a alocação intensiva de capital em negócios de energia renovável (Comerc e Copersucar) foi concluída”, avalia.
Por outro lado, o Itaú BBA vê os números da Vibra como positivos, com Ebitda ajustado de R$ 1,581 bilhão, implicando uma margem de R$ 157/m³ e superando sua estimativa já acima do consenso de R$ 139/m³.
Taurus (TASA4)
A Taurus registrou lucro líquido de R$ 121 milhões no quarto trimestre de 2022 (4T22), queda de 41,5% na comparação com igual período do ano anterior.
No acumulado do ano, a empresa registrou o segundo maior resultado de sua história, com lucro líquido de R$ 520,0 milhões e margem sobre a receita líquida de 20,5%. O resultado representa redução de 18,1% no lucro e de -2,7 pontos percentuais (p.p.) na margem líquida em relação a 2021.
Conforme destaca a Eleven, a Taurus encerrou o ano com mais um trimestre marcado por reduções de produção (-41% ano a ano) e venda (-31% ano a ano), devido principalmente à normalização do mercado americano e ao maior mix de venda com produtos de maior valor agregado. O mercado brasileiro compensou parcialmente esse efeito com uma corrida para aquisições no final do ano por conta da expectativa de maiores restrições na regulamentação do setor em
função da eleição do novo presidente, e lançamento de novos produtos.
Já no mercado americano, o NICS apresentou aumento com a Black Friday, Natal e temporada de caça, porém, as vendas da companhia não acompanharam esse crescimento em função da estratégia adotada pela Taurus de reduzir os estoques dos distribuidores.
A Taurus apresentou uma redução do Custo dos Produtos Vendidos (CPV), porém em menor magnitude frente à receita
(-14% versus 4T21). A menor produção gerou uma menor diluição de custos fixos, e a inflação dos insumos no período também pressionou a margem bruta, mas não impediu de a empresa registrar seu segundo melhor resultado bruto da história, superando o resultado de 2020 quando já tinha uma demanda mais forte.
A Eleven ressalta que a companhia encerrou o ano com um lucro de R$ 520 milhões, acima da estimativa da casa de R$ 480 milhões, mostrando uma resiliência das operações.
“O foco da companhia em inovação e automatização para ampliar margens, a participação de licitações no mercado externo para ampliar os volumes, e baixa alavancagem abrindo espaço para mais investimentos nos faz manter uma visão positiva para os próximos anos, o que deve compensar o mercado interno mais restrito (que não é o mercado principal da Taurus) e o mercado americano mais estável em 2023”, afirmam os analistas.
Adicionalmente, existe o risco de upside da entrada do segmento de law enforcement nos EUA através de fusões ou aquisições (M&A) ou parcerias que pode destravar valor para o papel. Assim, a recomendação segue de compra, com preço-alvo de R$ 17.
Copasa (CSMG3)
A estatal mineira de saneamento Copasa lucrou R$ 268,3 milhões de forma líquida no quarto trimestre de 2022 (4T22), montante 317,2% superior ao reportado no mesmo intervalo de 2021.
O Ebitda ajustado totalizou R$ 530 milhões no 4T22, um crescimento de 16,2% em relação ao 4T21.
A Copasa divulgou seus resultados do 4T22 um pouco acima das estimativas da XP, refletindo o aumento do volume faturado na comparação anual (+5,4% para água e +5,9% para esgoto) e uma disciplina de controle de custos, que mitigou a postergação do reajuste tarifário. A margem Ebitda melhorou na base anual principalmente devido a uma redução de opex (gasto operacional) de -3,9%.
“Temos uma avaliação positiva do resultado da Copasa no 4T22. Ainda assim, continuamos vendo um risco-retorno pouco atrativo e mantemos nossa recomendação de venda, com preço-alvo de R$ 17 por ação”, afirmam os analistas.
A Copasa apresentou resultados acima do esperado também pelo Credit Suisse, principalmente devido a volumes acima do esperado e custo total razoável, apesar de provisões para inadimplência acima do esperado e custos gerenciáveis gerais mais altos.
“A empresa se beneficiou de um aumento de volumes e perfil de consumo diferente, embora tenham sido parcialmente compensados por custos levemente mais altos e redução tarifária devido a sua revisão”, aponta.
No entanto, o banco suíço não enxerga os resultados como um catalisador, pois o afirmam que o mercado deve se concentrar em possíveis perspectivas de privatização. A empresa anunciou na na ultima sexta feira R$ 245,4 milhões em juros sobre capital próprio, negociados ex-dividendos em 23 de março.
Copel (CPLE6)
A companhia paranaense de energia Copel registrou um lucro líquido reportado de R$ 623,5 milhões no quarto trimestre de 2022 (4T22), avanço de 57,4% versus o 4T21.
Considerando itens não recorrentes, o lucro líquido ajustado foi de R$ 1,0314 bilhão no 4T22 ante R$ 460,0 milhões no 4T21, crescimento de 124,2%. No acumulado do ano a companhia registrou lucro líquido ajustado de R$ 2,7517 bilhões. Já o Ebitda ajustado no trimestre foi de R$ 1,427 bilhão, avanço anual de 37,3%.
Para a XP, a Copel apresentou resultados neutros no 4T22, em linha com suas expectativas. O destaque positivo veio da Copel GeT devido ao cenário hidrológico mais favorável na comparação anual e à redução de -49% no ano nos custos com pessoal como resultado de um programa de PDV bem-sucedido. O Ebitda ajustado do braço de distribuição aumentou 10% ano a ano, também refletindo os resultados do PDV parcialmente compensados pela redução de 2,4% na energia faturada.
“Mantemos nossa recomendação de compra na Copel, com preço-alvo de R$ 8 por ação”, afirma.
O Itaú BBA também aponta que o resultado foi neutro, com um Ebitda abaixo do esperado pela casa, impactado por um volume alto de provisão para contingência e impairment de Araucária. Já o Ebitda recorrente veio em linha e 63% acima na base anual, impactado principalmente por resultado mais forte na geração, GSF e preço spot mais baixos, além de entrada em operação de novos projetos.
Um dos pontos observados é sobre o processo de privatização da empresa paranaense. O CEO da elétrica, Daniel Slaviero, disse em tele que prevê que a oferta de ações visando sua privatização deverá ser realizada no segundo semestre deste ano, tendo como base os resultados financeiros da companhia referentes ao segundo trimestre.
Ele destacou que essa operação tem um prazo para acontecer, uma vez que está relacionada à renovação da concessão da hidrelétrica Foz do Areia, com “data limite” para dezembro deste ano. O executivo comentou ainda que a Copel seguirá com venda de sua participação na termelétrica UEGA mesmo se a Petrobras (PETR4), sua sócia no ativo, voltar atrás e resolver não desinvestir.
Santos Brasil (STBP3)
A Santos Brasil Participações (STBP3) registrou lucro líquido de R$ 135,5 milhões no quarto trimestre de 2022, alta de 23,2% ante o mesmo período de 2021.
O Ebitda somou R$ 198,3 milhões entre outubro e dezembro de 2022, crescimento de 24,2% ante o mesmo intervalo do ano anterior. Já a margem Ebitda ficou em 42,3%, 6,3 pontos porcentuais acima do quarto trimestre de 2021.
Conforme aponta o Bradesco BBI, os principais destaques foram: (i) volumes de contêineres nas operações de cais caindo 8% em base anual, devido a uma base de comparação mais forte; (ii) as operações dos dois novos terminais de granéis líquidos em Itaqui começando em novembro de 2022; e (iii) posição de caixa líquido de R$ 278 milhões (resultando em uma relação Dívida Líquida/Ebitda negativa de 0,4 vez), que deve permitir à Santos Brasil buscar novas oportunidades de crescimento e manter a média atraente de rendimento anual de dividendos de 8% entre 2023 e 2025.
A empresa investiu R$ 166 milhões no 4T22, incluindo R$ 85 milhões no Tecon Santos e R$ 58 milhões principalmente na expansão dos dois terminais de granéis líquidos em Itaqui. A empresa encerrou o ano com caixa líquido de R$ 278 milhões, mesmo após R$ 406 milhões em investimentos no ano e R$ 656 milhões em distribuição de dividendos.
“Esperamos que essa tendência continue em 2023, pois a Santos Brasil renegociará os contratos com a Maersk no final de março, o que esperamos pode resultar em aumento do box rate (taxas cobradas dos serviços portuários) em 35%. Este forte balanço deve permitir à empresa: (i) continuar a expansão de capacidade no Tecon Santos e nos dois terminais de Itaqui; (ii) licitação para novos projetos; e (iii) continuar a fornecer um rendimento de dividendos atraente, de 6% para 2023”, afirma o BBI.
Os analistas do banco mantiveram recomendação de Compra, mas ajustaram o preço-alvo para R$ 12,00 (versus R$ 13,00 anteriormente).
Já a XP destacou que a empresa relatou resultados fracos como esperado, devido a um cenário desafiador de volumes (movimentação de contêineres em queda de 8% no ano e armazenagem em baixa de 9%.
Por outro lado, a continuação da dinâmica positiva de preços, com aumentos de tarifas em Operações Portuárias e Logística, compensou os volumes mais fracos. “Reiteramos nossa recomendação de compra para a Santos Brasil, mas continuamos cautelosos com os volumes de curto prazo”, apontam os analistas.
O BBA também aponta os resultados como fracos, com a companhia reportando Ebitda recorrente aproximadamente 10% abaixo do consenso.
“As operações foram afetadas pela sazonalidade e queda de demanda de importações de bens de consumo da China, que começaremos a monitorar. Isto posto, não esperamos reações bruscas do mercado dado que atual foco na companhia é pelas negociações com sua maior cliente, Maersk. Esperamos mais notícias referentes ao reajuste em abril, quando vence o atual contrato”, afirma.
Hidrovias do Brasil (HBSA3)
A Hidrovias Brasil registrou prejuízo líquido de R$ 156,1 milhões no quarto trimestre de 2022 (4T22), montante 16,5% inferior ao reportado no mesmo intervalo de 2021.
O Ebitda ajustado totalizou R$ 110,7 milhões no 4T22, um crescimento de 26,3% em relação ao 4T21.
Para o Itaú BBA, os números foram neutros, com Ebitda ajustado de R$ 111 milhões, alta de 26% em relação ao ano anterior e um pouco abaixo da sua projeção de R$ 120 milhões.
“A empresa avançou ainda mais nas negociações de volume para 2023 e já vendeu 95% de sua capacidade para o ano atual, proporcionando boa visibilidade operacional. Os principais destaques incluem fortes resultados no Corredor Norte (como esperado) e números positivos no Corredor Sul”, apontam.
Olhando para o futuro, o BBA e4spera que essa tendência de normalização continue, com resultados melhorando em todas as divisões ao longo de 2023 e atingindo todo o seu potencial até 2024.
Allied Tecnologia (ALLD3)
A Allied, distribuidora e varejista de eletrônicos, registrou lucro líquido ajustado de R$ 23,4 milhões no quarto trimestre de 2022 (4T22), recuo de 67,6%. O Ebitda ajustado, por sua vez, somou R$ 71,7 milhões, queda de 44,5%.
Conforme destaca a XP, a Allied reportou outro trimestre de resultados fracos. A empresa ainda está enfrentando pressões de margem no curto prazo devido ao aumento da concorrência e da inflação, juntamente com a normalização da margem principalmente no canal de atacado.
“A Allied reportou resultados negativos no quarto trimestre, entregando uma receita de R$ 1,4 milhão (-22% no ano), principalmente devido à queda das vendas de distribuição em 31%. O Ebitda ajustado foi de R$ 72 milhões, uma queda de 44% no ano”, aponta.
Além disso, os níveis de rentabilidade caíram, com as margens diminuindo -2,2 pontos, refletindo despesas operacionais mais altas impactadas por maiores taxas pagas às plataformas de comércio eletrônico. “Com isso, mantemos nossa recomendação Neutra e preço alvo de R$ 7,50 por ação para o final de 2023”, afirma.
O BBI também tem recomendação neutra para a ação, com preço-alvo de R$ 8. “A Allied relatou outro trimestre sem brilho, mas os números fracos eram esperados pelo mercado, já que o cenário macro ainda é um vento contrário para itens discricionários de alto valor, o núcleo dos produtos da empresa”, apontou.
Os analistas acreditam que a tese carece de catalisadores de curto prazo para uma reclassificação, pois veem espaço limitado para acelerar as vendas/melhorar a lucratividade devido à exposição a produtos eletrônicos caros, juntamente com crédito limitado. Além disso, como a ação tem a liquidez mais baixa em sua cobertura de varejo e bens de consumo na América Latina, mantêm a recomendação neutra por enquanto.
HBR (HBRE3)
A HBR registrou lucro líquido de R$ 72,1 milhões no quarto trimestre de 2022 (4T22), montante 61,8% inferior ao reportado no mesmo intervalo de 2021.
O Ebitda ajustado totalizou R$ 24,3 milhões no 4T22, um crescimento de 50,3% em relação ao 4T21.
O BBI ressalta que a taxa de ocupação da ComVem foi de 84% (recuo de 2 pontos no trimestre e no comparativo anual). A HBR 3ª esteve 100% ocupada e apresentou crescimento de receita líquida de 8,6% na leitura anual, a R$ 5,1 milhões. A HBR Malls teve crescimento de 15% em base anual nas vendas (avanço de 20% frente ao 4T19) e um resultado operacional (NOI) de R$ 14,3 milhões.
Para o banco, o impacto do resultado em sua tese para a ação é negativo. Os analistas avaliam que a HBR continua sua ascensão, registrando sólidos progressos nas frentes operacional e financeira.
“Dito isto, a empresa ainda enfrenta um cenário desafiador para cumprir seus planos do IPO, com a taxa Selic de dois dígitos atingindo tanto os resultados financeiros quanto o ambiente para vendas potenciais de ativos, que é uma das principais fontes de financiamento para sustentar os planos de crescimento. Finalmente, a aquisição do Brascan Mall é um dos principais destaques do trimestre, pois acelera a evolução da ComVem”, afirma.
CSU Digital (CSUD3)
A CSU Digital (CSUD3) registrou mais um trimestre de crescimento nas principais linhas de seu balanço, o 14º em sequência, com lucro líquido de R$ 22 milhões no quarto trimestre de 2022, uma alta de 31,5% em relação a igual período do exercício anterior. No ano passado, o lucro foi 21,6% maior que 2021, chegando a R$ 73,6 milhões.
“Apresentamos um resultado sólido e que valida nossa tese em ampliar o modelo de negócios da empresa. Essa solidez financeira traz musculatura para continuar acelerando a geração de caixa”, avaliou ao InfoMoney Pedro Alvarenga, diretor de relações com investidores da CSU.
Neste quesito, a receita líquida cresceu 7,8% no 4T22 em relação ao mesmo período de 2021, para R$ 138,5 milhões. Em todo ano, o faturamento alcançou R$ 537,2 milhões, com alta de 4,5%.
(com Reuters e Estadão Conteúdo)
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