Credit Suisse anuncia que tomará empréstimos de até US$ 54 bilhões do Banco Central da Suíça para fortalecer liquidez

Mais cedo, o banco central da Suíça, ou Banco Nacional Suíço, se comprometeu a financiar o Credit com liquidez "se necessário".

Equipe InfoMoney

Prédio do Credit Suisse em Londres (Dan Kitwood/Getty Images)
Prédio do Credit Suisse em Londres (Dan Kitwood/Getty Images)

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O Credit Suisse anunciou na noite desta quarta-feira (15) que pretende exercer a sua opção de tomar empréstimos de até 50 bilhões de francos suíços (US$ 53,68 bilhões) do Banco Nacional Suíço por meio de uma linha de empréstimo coberta e uma linha de liquidez de curto prazo.

As medidas “apoiarão os principais negócios e clientes do Credit Suisse, à medida que o Credit Suisse toma as medidas necessárias para criar um banco mais simples e focado nas necessidades do cliente”, disse a empresa em um anúncio.

O Credit informou ainda que vai comprar de detentores uma parcela de sua dívida, em uma oferta que expira em 22 de março.

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Uma parte serão de títulos emitidos em dólar, no valor de até US$ 2,5 bilhões, e outra, de papéis emitidos em euros, no montante de até 500 milhões de euros.

“As transações são consistentes com nossa abordagem proativa para administrar nossa composição geral de passivos e otimizar despesas com juros e nos permitem aproveitar os níveis atuais de negociação para recomprar dívidas a preços atraentes”, afirma o banco.

Mais cedo, o banco central da Suíça, ou Banco Nacional Suíço, se comprometeu a financiar o Credit com liquidez “se necessário”.

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Em declaração conjunta com o regulador suíço Finma, os órgãos anunciaram o radical movimento, mas insistiram que o Credit Suisse era sólido e “atende às exigências de capital e liquidez impostas aos bancos sistemicamente importantes”.

O movimento para apoiar o Credit Suisse foi concebido para conter uma crise de confiança no segundo maior banco da Suíça.

A ação do Credit Suisse fechou em queda de 24% nesta quarta-feira, após meses de turbulência. O banco central suíço e o Finma procuraram sustentar a confiança no Credit Suisse, dizendo que “não há indicações de um risco direto de contágio para as instituições suíças devido à atual turbulência no mercado bancário dos Estados Unidos”.

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As ações do Credit Suisse, que está lutando para se recuperar de uma série de escândalos nos últimos anos, desabaram nos últimos 12 meses. Os papéis, que valiam cerca de 80 francos suíços em 2008, fecharam a 1,70 franco nesta quarta-feira.

O impacto mais recente foi desencadeado após o maior acionista do Credit Suisse, o Saudi National Bank, dizer que não poderia fornecer mais ajuda financeira ao banco.

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